Versos e poesias
A MORTE NÃO MATA A VIDA
Ausculta com a alma
o som que vibra nestes versos:
o medo de viver é o que mata a vida,
não sendo a morte física, realmente, o seu inverso.
POEMINHA DA ALEGRIA
De quantos versos preciso
para compor meu poema
sobre a força revolucionária da alegria?
Apenas um: “a mim basta que você sorria.”
*Para meus filhos Isabele e Rodrigo.
Não sou de escrever versos
Mas quando se trata do amor sou versátil
Falo a verdade de muitas maneiras
"O universo é belo, cheio de versos,
versos que criam belas canções, canções que não há perfeição
mas assim mesmo cada oração nós trás uma revelação,
cada revelação que tem sua descrição, cada uma mais bela que a anterior
que nós trás a admiração, uma pena é que, não são todos que tem a condição
para se usufruir de uma bela canção, ficando presos somente em sua imaginação,
desconheço o por quê, mas isto me trás enorme decepção, saber que alguns não
podem desfrutar da "curtição" de uma bela canção, mas o que posso fazer? se é assim
que o universo dos versos funciona."
De noite ou de dia
Como nos versos daquela canção
Tu me trazes alegria
Então se vê quão forte bate o coração
Paz é o que permanece
E ao cessar a garoa
Teus olhos de beleza se enaltece
Aprisionando o foco de qualquer pessoa
E quando penso em sorrir
O que me lembro é de ti
E vem à mente a imagem do teu corpo quente
Que me faz como um cantador querer fazer um repente
QUANTAS VEZES...
Escrevemos a vida
Numa bela poesia
Nos versos declaramos
A nossa covardia.
Falamos apenas de dor
Esquecemos a beleza da alma
Do encanto da luz do Sol
Da importância do amor.
Mas é só pisar nesse chão
Que tudo se acalma
Lembrar da magia da Lua
E volta a inspiração.
E não tem como segurar
Logo a poesia desabrocha
Daquele jeito que gosta
Voar nos versos e saber amar.
Autoria-Irá Rodrigues
Santo Estevão BA
MANANCIAIS DOS VERSOS
No infinito da inspiração há quimeras
Há olhares, lágrimas, poética, emoção
Em versos que buscam certa direção
Aquele sentido, fervilhante, deveras!
E, vem em sensações da imaginação
Ornando a poesia tais as primaveras
Multicor, também, apertos e esperas
A caçar, a montante, tinos e paixão
No infinito dum ’alma, murmurante
Os desejos, os ensejos, tudo adiante
Sempre em junção... não dispersos!
Que juntados, aos poetas, a valeria
Ádito dum sentimento em travessia
Ilusão... nos mananciais dos versos!
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
Julho de 2022, 14’38” - Cerrado goiano
Os versos fluíram de mim
como água que brota
da nascente que alimenta o rio...
Enquanto olhava para ela
a minha mão movia a caneta
que desenhava o papel
e expunha o meu coração.
Enquanto ela sorria
os meus desejos eclodiam
o meu corpo umedecia
e os meus sonhos se encantavam...
Estou cansado de ser tão julgado
Às vezes acordo e me sinto o próprio diabo
Pelos versos e formas que eu tenho conjugado
E quanto mais me vejo triste, mais me vejo tatuado
A dor em mim voltou.
Em poucos versos digo sou perdedor.
É como se meu coração de repente parou.
Saudade e a tristeza em mim já dominou.
Não se preocupe comigo já não tenho valor.
Vou embora não chores por favor.
Cada lágrimas que derramar aumentaráminha dor.
Me perdoa pequena flor.
Apreços como o teu
nutrem os meus versos,
onde expresso o que penso,
exponho o que sinto,
externo em palavras o que vejo
em pessoas, em momentos,
tanto por fora, quanto por dentro, indo além do óbvio,
seguindo por várias linhas de pensamentos.
Portanto, a poesia tenha ganhado cada vez mais relevância,
tem sido uma constância
de inspiração,
sinto uma satisfação grande
em criar versos
e ainda conquistar atenção
e apreço.
SAUDADE SUPREMA
Silêncio, tarar, ideia envolta na solidão, murmura
Nos versos sussurrantes do meu versejar sombrio
Eu, agoniado, privado, numa poética de amargura
Velo a minha angústia com cântico insosso e frio
De onde? quem? Essa sensação de uma clausura
E está dor, um acaso demente, um talvez doentio
Que deixa meu sabor com aquela amarga doçura
Apertando o peito, e a emoção sem o suave feitio
E vai a madrugada a meio, nostálgica, importuna
Nos rogos de minh’alma, e tão repleto de lacuna
Divagando falta no pesar de outrora, triste tema!
E eu quisera, outro ponto, nesta pontual sofrência
Na aflição de cada rima ter aquela muita existência
Na suprema ausência de uma saudade suprema! ...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
30, julho de 2022, 03’23’ – Araguari, MG
ATÉ O FIM, TE AMAREI
Nossa entrelinha vamos criando
Versos traçando
E amor demonstrando
Um mar a vagar
E águas a compartilhar
Denso seja o mar
Que tentar me parar
Pois até o fim irei
Até o fim, te amarei
Inspiração dos meus versos
Você me mantém acordada
Quando penso triste, lembro de você
E bons pensamentos me vêm.
Houve um tempo
em que todos os versos eram de esperança,
a mostrar um caminho por fazer
Mesmo que a noite fosse escura e fria,
havia sempre um jeito de poesia
prá se aguardar o amanhecer.
Mesmo em tempos de fome, de tristeza
de guerra fria,de dor e de incerteza,
havia sempre um sol na consciência,
havia sempre luz no fim do túnel,
a marcha da História,a curva do horizonte,
para acalmar a santa impaciência.
Houve um tempo
em que todos os jovens eram proletários
construindo seus versos libertários
e fabricando um amanhã mais justo.
E já se via até um novo dia
de sol,de amor, de pão e de alegria,
a compensar todo trabalho e susto.
Houve um tempo
Esse tempo passou, era tudo bobagem
era tudo mentira,engodo vil
A História se enganou, voltou prá trás,
não existe amanhã,nem pão,nem paz
nem fim do túnel,nem sonho,nem miragem.
Enganamos um bobo. Primeiro de Abril !...
Se lembras de mim
e dos meus versos,
é sinal de que nunca partir
e que o teu apreço por mim,
é sincero.
27 versos mais três
Poeto para ti...
E nunca me canso
Hora aqui, hora ali
Pouco o descanso
Só quero lhe mimar
E um abrigo manso
Pra apoiar meu olhar
Dizer-te o que senti
Sinto. Poder te cuidar
Amar com cuidado
Numa só sensação
Estar apaixonado
Feliz o coração
Ter-te ao meu lado
É doce razão
Tão do agrado
Paixão!
Ao desejo apreciado
Ao carinho feição
Não quero vaidade
Nem só diversão
Quero o todo, não a metade
Te quero! nunca em vão!
Tens meu sentido
A minha admiração
Tudo se faz colorido
E com diversão...
Assim, nunca é um talvez
E tão pouco um perdigo
Para ti, 27 versos mais três...
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
19’13”, 17/10/2021 – Araguari, MG
Paráfrase Affonso Gallo