Versos e poesias
Versos de um lobo apaixonado
Eu era sozinho;
Não tinha ninguem;
Não tinha nada além dos meus poemas.
Eu procurava a felicidade;
Eu procurava a razão dos meus poemas.
Eu sempre estive a sua procura;
Sempre pensava em você sem notar.
Você é a razão dos meus poemas;
Você é minha razão para escreve-los;
Você é minha inspiração.
Você é a verdadeira razão para escreve-los;
Eu sou um lobo apaixonado.
Apaixonado por você;
Que sempre me faz sorrir.
Há versos que se escrevem e fazem sentido,
Há versos que fazem sentido ao escreve-los.,
Mas, tem versos que é poema nascido,
Do amor que aprisiona a alma ao cocebe-lo.
E desse amor faz-se anjos de liberdade,
Qua cantam canção de paixão e tentação,
Se faz pura sedução a felicidade,
Faz faz felcidade e vale a pena essa prisão.
(Sócrates Di Lima) ...
EGO POÉTICO.
Enquanto todos dormem,
O poeta está acordado,
Faz os seus versos,
As suas canções,
Seu andar ritmado.
Como quem deixou o seu barco,
No mar ancorado,
Como quem já se encontrou,
O sonho de ter amado,
Como quem já se esqueceu,
Do seu passado assustado.
Como alguém que resgatou do mar,
Os que estavam afogados,
Como alguém que abrigou,
Aos que estavam desabrigados,
Como alguém que sarou as feridas,
Dos que sangravam machucados,
Como alguém que voltou para casa,
Depois de ter ficado ilhado,
Como alguém que já amou,
E por muito já foi amado.
(Extraído do livro:Noções do silêncio.
Vivo assim,
Deslizando em versos
a procura de mim.
Desejos guardados,
sentimentos sondados,
e se fazendo enfim.
Menina mulher,
tecendo a alma em sonhos,
sendo em linhas o contorno,
que te desenha em mim.
Delicadamente sou em você,
como flor,em colcha de cetim.
"Sou o avesso do meu próprio caminho,
mais sutil do que meus versos,
olhar pouco traiçoeiro,
sou reticências.
Meu ímpeto coloca - se á frente da razão,
meu riso mantém - se solto e vermelho.
Nasci subjetiva e talvez eu morra assim;
com as mentiras mais deleitosas,
o copo derramando verdades impróprias,
coração repleto de amor pra esquecer.
Mergulhei no egoísmo de me amar apenas
e mais do que qualquer outro.
É preferível morrer no seu próprio mar a
ser mais um sobrevivente da falta de consciência daqueles
que nasceram apenas pra ocupar espaço.
De vazio cheio de dúvida já me basta esse que me foi designado.
Não me vacinei contra os mal intencionados e indecisos como eu,
me vacinei contra a tristeza prolongada,
contra o jeito grotesco de viver.
Só não quero morrer sem ao menos saber
por que motivo me colocaram aqui.
Não quero a vida imperativa,
quero a não definida, a infinita
- se possível."
De cinza se vestiu a manha, relutando em despertar.
De melancolia, se vestiram meus versos, vendo a chuva passar...Longa e triste.
Parafasia Indefinível
Quando as moscas entram na sala
As luzes se apagam
Os versos não rimam
As letras embaralham-se através dos dedos que soluçam o medo
Não há tempo no presente
O futuro que se estagnou no passado
É imediato à fome, ao lixo, ao humano
Distante da verdade
Essa verdade mundana e inconsciente.
Amor versos Ódio
Andei por muitos caminhos nublados,
Quem sabe um dia sairei desta tempestande,
E você um dia irá dizer que tive razão,
E enfim poderei viver feliz!
Quem disse que para amar
precisa de tanto saber,
O Coração sente,
O Coração Age,
finca na mente como raiz!
Percebi que de tanto amar
acabei odiando,
Odiando te olhar,
Odiando te encontrar,
E me vi em plena solidão!
Será que por entre as nuvens
eu hei de encontar o sol?
Voar em meus pensamentos ocultos,
redescobrir o mundo,
essa dor não há de persistir!
Vou colorir o meu céu de azul,
e o dia não será mais o mesmo,
serei eu e eu, em busca de mim!
5 - Meus versos livres
Perco a alma para conquistar o mundo
Para que o mundo conquistado me veja
Olhe para mim!
Grito e me finjo calado
Sou simples, mas me mostro complexo
Sou estranho como você
Tenho medos mas não os quero agora
Me falta notar amores
Não que eu não os tenha
Mas os que quero ter e não posso
Por estes realizo os primeiros versos
Faço de tudo para que estes não sejam eles mesmos
Mas sem eles o que eu seria?
Eu seria normal
Mas sou estranho como você
E como você eu quero amores
Os amores que eu não tenho
Mas por eles daria a alma
Para que no fim o mundo conquistado veja
Que não há amor que eu não possa ter
E então o mundo me amaria.
Resumo
Entre as cordas do seu violão
E os versos perdidos de um livro
Existe a nossa brevidade
Entre os sussurros apaixonados
E um abraço apertado
Reside o que poderíamos ter sido
O nunca saber,
O nunca ver,
O nunca mais sentir,
Transformou-se no resumo de nós dois
Um poeta nunca morre
Apenas adormece
Entre palavras e versos escritos
Seu coração está sempre aflito
Um poeta nunca morre
Apenas adormece
Entre amores mal resolvidos
Seu coração está sempre em prece.
Meus versos são vômito de indignação
Contra um país onde ninguém é racista
Mas a todo instante ouve-se o arroto da escravidão
A favela é preta!
O presídio é preto!
As calçadas e cozinhas seguem o mesmo padrão.
E na escola do Eurocentrismo
Só há espaço para o Cristianismo.
E aos negros: sobra o arroto da escravidão!
TENTEI ESCREVER MEUS VERSOS
Numa forma de cordel
Falava do homem valente
Do tipo do coronel
Que amedronta muita gente...
De um povo sofrido
Daquele homem disposto
A enfrentar a chuva e o sol quente
Trazendo a marca no rosto
Orgulho em se olhar de frente...
Que mesmo passando fome
Encantam seus amores
Plantando no chão as esperanças
Num emaranhado de cores
Para colher o futuro pensando nas crianças...
Na maioria dos versos que faço...
Existe um pouco da minha trajetória...
Enfrentando vitória e fracasso...
Vou construindo minha história.
Você foi inesquecível
Meus versos são para você
Meu coração sempre vai te pertencer
Eu ainda choro por você
Tento te ver
Mas acho eu vou enlouquecer
Você me faz tremer
Sem ti não sei viver
Sinta-me com todo prazer
Estou a sua espera meu bem querer.