Versos e poesias
Pronto pra briga, galo de rinha
Vida derramada em cada linha
Versos como lanças,
Separando homens de crianças
Rimas são as alegorias
da escola de esperanças
Acaba bem
.
Todo meu passado
Num recorte de papel
Está contado.
.
A vida em versos vivos
Se vos conta
De um amor que não tem conta.
.
Se era ela a pretendida
Eu já não sei,
Sei apenas não ser eu pretenso dela.
.
Todo meu escrito
Num papel amarelado
Pelo tempo mal tradado!!!
.
Minha vida numa fábula
Se vos conta...
A história não acaba bem.
.
Edney Valentim Araújo
1994...
Escritos no viés
Versos, notas, palavras
Poemas, cartas, cordéis
Fiz versos sem encontrar palavras
Com notas em tiras de viés
Compus poemas e coloquei em cartas
Rimadas como os cordéis
Versos tão gostosos
Com palavras jogadas aos seus pés
Seu sorriso foi tão solto
Que faltou só um pouco
Para chegar ao céu
Pena que foram só cartas
Rimadas como um cordel
As respostas das suas cartas
Chegaram para encher de graça
E me levar para conhecer o céu.
Daniel B. Souza
ÚLTIMOS VERSOS (soneto)
Na poesia luzente, hoje triste e fria
Onde os versos eram para a gente
Na poesia feliz, que ti trovei um dia
Para sonhar, já perece, eternamente
Achei (ia perpetuá-la) à nossa valeria
Intocada a rima de amor contundente
Aquele olhar, sussurrado em melodia
Que nos fez delirar a alma ferozmente
E doravante, chora, a prosa na solidão
Que, outrora, era de convivo tão leve
Agora, cheias de rancor e de embraço
Aquele abraço que escrevia emoção
Que trazia sintonia, e hoje tão breve
Ó inolvidável amor, desatou-se o laço!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
27/03/2020, 10’57” – Cerrado goiano
Versos de aflição
Se afugenta dentro do peito,
o vazio deixado pela ilusão.
Não sei mais o que fazer,
para acabar com essa aflição.
Sentimento meu,
sofrimento que e teu.
Se fosses capaz de amar,
o moído interno,
não seria tao eterno.
Escreveria tudo num pedaço de papel.
Mas do que adianta te entregar uma canção
frustrando assim, meu coração?
AMOR IMENSO AMOR
No teu corpo, meu corpo verbaliza, passeia
Recitando versos, desejos ternos confessos
Na doçura do toque que minha pele anseia
Na beleza do amor _luz de todo universo!
E ainda que se cale no cume do monte a brisa
E os frutos da figueira sequem ao anoitecer
Ainda serás da minha poesia a razão consiza
Com a qual translado a dor do viver. ..
Pois quando vens enches meu tempo de gozo
Na gargalhada límpida _águas do ribeirinho
Nos braços, todo o remanso e repouso.
Portanto, toma meus delírios _sonho fecundo
Beija me a boca, sente o gosto doce do mel
Pois o amo agora e até o findar do mundo!
Elisa Salles
Direitos autorais reservados
ODISSEIA (soneto)
Minha saudade de querer-te, ideia
Meus dias poetam versos em te ter
Pois vives no meu viver sem tu crer
Numa saudade de vida em odisseia
Não é só uma razão no meu querer
És o enamorar em noite de lua cheia
Mistérios pra que minh'alma te reteia
E contos de amor escritos pra eu ler
Já tantas vezes lidos, no céu, na areia
Relidos nos sonhos do meu entardecer
É tão presente numa clássica epopeia
És o meu amor, a aurora no amanhecer
Quem no meu palco encenou a estreia
Enlouquecendo por inteiro o meu ser
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
16/06/2016, 17'26"
Cerrado goiano
Nesta noite escrevi...
Os versos mais tristes...
Escrevi seu nome...
Nas chamas...
Escrevi seu sobrenome...
Nas cinzas...
Escrevi seu número de telefone...
Nos cacos de Vidro...
Escrevi seu endereço...
No nó da corda...
Mas seu "te amo"
Esse escrevi no ponto final.
Poeta Solitário
Amor com pimenta
Tantos poemas
Chorados
Tantos versos
Acabrunhados
Feitos nos proveitos
Da imaginação
Agora aqui estou
Imergido
Em pleno voo
De letras servido
Esperando
Uma nova emoção
Chega de vazio
Vazio leito
Peito vazio
Solidão como sujeito
Eu só queria
Poder compor
Afeto na caligrafia
Sem os rabiscos de dor
E nem porfia na teoria
E assim, uma canção
Que fale
Que ouça
Não cale
Respire
Suspire e esbouça
As videiras do coração
Compassivamente
Servindo-me de poesia
Verdadeiramente...
Sedenta!
De amor com pimenta.
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
23/04/2016, 09'09"
Cerrado goiano
SONETO À DEUS
Louvor, Senhor, meus versos são pra ti
Ainda que os homens te vejam ausente
E os olhos mortais, no pecado pendente
O meu crer te demanda por toda a parte
Tu que habitas o amor, nos céus assente
Tenhas compaixão de mim, ó Pai baluarte
Alveje a minha razão pra assim adorar-te
Evitando coração perverso, vorazmente
Que és necessário pra eu ser comparte?
Nos ensinamentos e, assim, cabalmente
Envolvendo de luz numa fé que me farte
Oh! Dá-me conselho ao corpo e a mente
Pra a alma, que não morre, o céu dessarte
E me conduz à Tua vontade, integralmente
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
31/03/2017
Cerrado goiano
Em agradecimento
ALGUNS VERSOS (soneto)
Alguns versos vazios, diáfano, me espiam
Atrás da luz natural do cerrado afogueado
Inquietos no quase nada do olhar fustigado
Em pé ao fundo da vastidão que os afaziam
Vejo o sol avermelhado, ali tão angustiado
Entre as quaresmeiras que no clarão, cerziam
Criando ilusões que nas saudades doeriam
Em silêncio, que um dia no peito foi tatuado
São letras ocas de um entardecer perverso
Que tenta brotar de um devaneio imerso
À tona em trova de lágrima da recordação
De fora do presente, tão vário é o universo
E eu pareço apenas durar no meu reverso
De cujo alguns versos escorrem da solidão
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2017, abril. 05'40"
Cerrado goiano
queria poder escrever os versos mais bonitos. mas você já é uma poesia inteira e não faz sentido reinventa-la.
Você é a beleza dos pés a cabeça, é obra de arte que a gente admira por anos a fio.
Continuo... sim
Continuum
Nunca fui ponto final.
Continuo…
Se leres os versos meus
verás que continuo…
um continuuum constante.
Constantemente.
Acordo cada manhã.
Escrevo mil linhas… em cada linha não te quero mais sozinha…
digo o quanto quero que voltes a ser minha.
Lês tu ao menos uma linha?
Meu eterno pode ser um fantástico segundo.
O segundo que teus olhos cruzam meus escritos…
Um segundo bendito.
Teço na minha alma este eterno segundo…
como se fosse todo o tempo do mundo.
São as lágrimas que como
penas caem após não mais
aguentar.
São os versos que escrevo
e que do nada se perdem no
olhar.
São as nuvens que voando
me despem a mente e a
alma.
São as forças que tinha que
não tendo mais me levam a
chorar.
Seja tristeza ou não é assim
que triste danço em vão no
palco da vida.
Poema uivante em plena noite de penumbra ambulante
de onde tiro meus versos instigantes
que para minha alma já parece cada vez mais distantes
frios e pálidos como a corações não pulsantes.
Mas algo ainda me diz que em meio a tanta névoa
tenderei a escrever a nosso modo
mesmo que doa o ato de voar
não desistirei do meu singelo sonho das estrelas tocar.
Só um único sorriso já despedaça o coração poeta
mesmo que a alma não o deixe aprender a amar
a vida tende aos poucos a lhe ensinar
que nas mais escuras das noites
sua pureza sempre tende a no fim ainda brilhar.
"escrevo versos de amor ..
escrevo estrelas luar e romance..
escrevo mil palavras e canções ..
mas o que esta escrito nas entrelinhas do meu coração é mais lindo que mil poemas de amor e todas as rosas do jardim do amor!!
Está escrito a fogo paixão e magia ...
marcado pelo brilho do seu olhar e o sorriso mais encantador que uma noite de luar pode me brindar..."
Versos entrelinhas e rosas.
Jeran Del'Luna - O Gitano
Eu sou o rascunho dos meus versos incertos
Eu sou aquela vírgula, tentando encaixar em algum lugar
Eu sou o tempo, a chuva
a tempestade, o vento, o sol
Eu sou filha da Terra
O pó que amanhã, talvez seespelhe por aí
Eu sou o conjunto da obra Divina
Sou a poesia misturada na coletânea de Deus
Poetisa Azul 💙☔
14/03/23