Versos de Solidão
Hoje o dia foi triste!
Céu nublado, chuva e frio,
e eu sozinho.
Lágrimas no rosto,
e a solidão de encosto.
chuva que cai sobre as minhas mãos
trazendo a sensação de eterna solidão
me mantenha vivo até o próximo verso
com sua paixão pelo incompreendido.
Há palavras que tornam momentos de solidão em revoar de estrelas. Palavras que trazem carinho e aconchego de ninho onde há o pouso do repouso. Palavras que tocam em pianíssimo aos ouvidos ávidos de sons que harmonizem o coração, estremecendo o corpo em êxtase. Palavras que abastecem e alimentam as horas, em que apenas o vento acompanha a viagem dos ponteiros no ranço do tempo que não para.
Suas palavras são cura para a alma, para as quais não tenho outras lindas e iguais. Apenas isso ...
Na semana é o primeiro dia
Nela os cristãos buscam perdão
Ninguém fica na solidão
Nosso Deus faz-nos confraria
Nutre nossas mentes com alegria.
mestrado na solidão...
passos secretos no momento de dor e angustia.
plenamente na escuridão...
até esquecer que existe um mundo,
porem mundo insiste...
em lembrar que existo,
horas se passam tudo que tenho é desejo,
bem tudo tem um desfrute.
escuto seus passos na solidão
ninguém compreende...
perfeito... silencio
tantas vozes te dizem o que fazer,
tudo que quero esta no vento,
quando paira sobre alma...
mais nada parece importar.
As pessoas não entendem sua dor, sua mudança de humor, sua solidão e carência já que todos partiram e resolvem ir também já que se pode escolher ser feliz, escolhe não ficar.
Então desejo felicidades.
Se não queres ficar, não vou implorar amor.
Bloqueia mesmo,assim sua vida fica sem notícias minhas. Não esquece do adeus.
Rara Maria...
Olha, Maria
Chegara em minha solidão
Desnuda da latência do pudor
Sem lamentos, sem sonhos, sem dor
Bela Maria
De alma tecida em retalhos de verdades
Estrela no olhar de muitas idades
Encanto que canta rimas e sã poesia
Pura Maria
Menina airosa, flor a desabrochar
Que no tempo lapidou e findou em alegria
Heroína num inverso de sorte que não merecia
Assim, Maria
Sendo seus atos e dias, magia renascida
Restou sincero, um caminho vivente
Não de interesses, mas de imensa valia
Uma estrada, Maria
Sem cercas, claras avenidas coloridas
Para abraçar o destino rogado
Iluminando o futuro, sanando o passado
ASSOMBRAÇÃO
Tenho uma solidão, tapera sombria
Assombrada, de sonhos penitentes
Onde anda a ilusão tristonha e fria
Na saudade, poetando os ausentes
E no vazio, a alma sem doce poesia
Tal paz duma sepultura, os poentes
Sois, num entardecer de melancolia
Tatalam as mãos, olhar e os dentes
No silêncio o ranger da imaginação
Pelos cantos os vultos em prantos
Das lembranças, tal qual fiel serva
Que invadem as órbitas da emoção
Soturnos fantasmas e, quebrantos
Segregando o espírito na tênia treva
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Novembro de 2018
Cerrado goiano
Olavobilaquiando
"Hoje eu descobri o quanto é penoso a solidão, ela deixa cicatrizes incuráveis, impedindo de ter uma nova chance de sobrevida. Infelizmente é a regra, aceitar e entender como desculpa do seu próprio erro!"
Demetrio Mota
Solidão
Oh solidão, tu que encistes em ficar,
Sabes o coração que o amor por minha amada,
Do começo ao fim, me preenche toda a alma...
Oh lágrimas sem fim, tu que turvas o meu olhar,
Se me deixarem os olhos por um instante
Mais formosa eu verei a minha amada...
Oh meu desamor, a tua ausência é a minha dor,
Meu pranto e meu lamento.
O ardor que me dói hoje não põe fim ao meu amor...
Oh timidez, tu que me calastes num suspiro.
Não me impedistes declamar a ela o meu amor,
Apenas me fizeste eterniza-los em versos tão singelos...
A menininha amada minha
Se fez moça dos meus sonhos
E mulher dos meus encantos...
Edney Valentim Araújo
CONTRIÇÃO (soneto)
Às vezes, uma saudade me silencia
Nesta solidão e um vazio que ando.
Sofro e cismo, no cerrado, quando
As lembranças do mar são teimosia
Dores e saudades sufoquei calando
Desespera!... uma explosão, todavia
Ah! Como eu quisera, uma outra via
Porém, sorte, é fator não um mando
Percebo que naufraguei na solitude
Revolto, neste princípio de velhice
Choro e rio, brado, farsa ou atitude
As venturas que não tive por asnice
Meu remorso, o que viver não pude
E os amores, o amor que não disse!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2018, novembro
Cerrado goiano
Olavobilaquiando
Troquei.
Troquei os meus versos de poemas pelos teus lábios.
Troquei minha dor e solidão pelo teu afago.
Troquei meu esquecimento pelo teu abraço.
Troquei o rancor e a dor pelo sorriso que é só teu e é o meu amparo.
Troquei tudo isso porque sei que tu és meu esconderijo onde a escuridão ou a ferrugem.Jamais conseguirão me encontrar pois elas não entendem o que é amar.
Sei que nem em cem bilhões de anos,poderia me completar por si só.Pois eu te digo e reafirmo você é justamente a metade que eu estava custando a encontrar.Sinta-se disposto a ser o meu novo lar....
Será a dor da alma o vazio mais profundo.
Será a Solidão o castigo mais Perverso.
Será a certeza do fim o único caminho.
Será o abandono a trágica verdade.
Será a coincidência uma surpresa ou talvez o destino seja o inimigo, que dirá o choro incessante na madrugada da alma que clama que com gemidos inexprimíveis suplica a redenção!
Será a Humanidade fruto de seu próprio Egoísmo
Sera a solidão o presente dos tolos, ou a ignorância dos irracionais?
Sera a liberdade a felicidade de uma vida, ou a essência do egoismo?
mundo de luzes sentimento frio,
domingo sem cores
sem abitantes apenas a solidão.
par tais contrastes são falhas
tão presentes que esqueço
que passou dentro do dia,
apenas a noite que se perde.