Versos de Solidão
Labirinto
Eu me perdi em mim mesma
Em um labirinto de solidão e defeitos...
Eu não consigo enxergar a luz do futuro apenas os vultos do passado...
No final do labirinto não há uma saída,
Não há uma porta,
Há apenas um espelho.
_Solidão_
Apropriação de sentimentos obscuros,
por instantes o algoz desdem
a interrupta voz num profundo sentimento.
no abraço da mais pura dor do infinito.
O que sei de solidão...
Palavras não ditas
O Tempo se esvai...
Saiba o silencio Fala
Lágrimas vem e vai
Um soluço cala a voz
E não sufoca a paixão
O coração sabe tudo
Que sei de solidão...
Faço coisas sem sentido
No meu porto de ilusão
Te procurando me invento
Tento enganar meu coração
Cada instante eu vivo
Te refaço no meu desejo
Você sorri me olhando
anima meu desespero...
Por ter você em mim
Exausta me apaixonei
Por tantos planetas em ti
Todos com meu beijo batizei ..
.
Hoje me perco neles
Tentando me convencer
Estrelas são para o céu
Ainda que viva por te querer
Pois já é tempo de descortinar a alma, que escape a solidão!
Que eu continue tendo lucidez para ouvir e quietude para proferir.
Se você olhar direito vai perceber que na alma nao há filtros
Ojeriza
A solidão me aflora, os dias contados esfolam cada fio de cabelo.
O tempo se limita...
Por que o cheiro do cabelo dela está no meu travesseiro? Eu deveria ficar alegre?
Pois estou.
As lágrimas secas escorrem rio abaixo enquanto tento segurá-las o máximo que posso,
Surgem possibilidades, sinto aversão de encontro a elas.
Só
Serei só solidão
Serei só um acorde sol
Só poesias
Em meus versos próprios
Farei a própria música.
---
Kaike Machado
Só prefiro, pois o mundo é cheio de miséria
A solidão é algo suportável
com momentos bons e ruins
onde se aprender a conviver com a miserabilidade
A vida nos deixa tão sozinho que aprendemos a viver
sem ninguém
nesse mundo de tanta miséria.
- Teus olhos na Noite -
Meu amor de madrugada
na solidão dos cansaços
só vejo dor e mais nada
sem o calor dos teus braços.
Mas de ti não me aparto!
E da cama, por instantes,
p'la janela do quarto
vejo duas estrelas brilhantes.
São teus olhos na noite
duas velas num altar
e fosse lá p'lo que fosse
vi-as tão juntas ao luar.
E pedi-lhes dois desejos
ao vê-las do Céu cair
senti depois os teus beijos
vi-te de novo a partir.
Laços
O que direi eu ao coração?
Se me falta o teu amor
E me sobra à solidão.
A quem mais daria eu o coração?
Se no amor que eu lhe tenho
Está ele em tuas mãos.
Para onde elevo os pensamentos?
Se a razão que outrora eu tinha,
Por ti, se torna em sentimentos de emoção.
Aonde irei eu?
Se não encontro o caminho
Que me conduza ao teu amor.
No tempo
E no espaço...
Nada vejo que estreite nossos laços.
Edney Valentim Araújo
1994 / 1996
_Passos pela solidão,
marco sem sentimento,
apenas a dor que acompanha.
dentro de um mundo ausente,
preludio na vastidão...
horizonte sem medo,
fato ao infinito,
clamor que morre a cada instante.
lagrimas secas,
desejo morto.
aparência no desatino,
repente que tanto denota o vazio.
te amar no deflagração do altar,
da se num ato para sempre te amar,
como entanto na tristeza e na alegria,
fato que tudo seja ligação do eterno.
a separação seja algo tão demorado e sofrido,
mas, sempre com consequências para os quais sonha...
se deixa o máximo e minimo,
então se entra num lugar estranho sem vida.
aonde pode semear uma semente que germina com tempo,
novas ações que te dão um novo começo.
Metáforas surgem na solidão...
lagrimas comprimem o coração,
muitos vezes sinto ouvir o sentimento,
mais que paira longo caminha dos sonhos,
pode ser teu olhar atravesse as janelas dos céus,
enquanto a tinta da arte seca... tudo se reduz...
subitamente se desdem num ar no apogeu...
Indesejada solidão
O que me invade de saudades
Se não meus pensamentos em você...
Eu que sou um pouquinho só
Do muito que me torno com você.
Muitos são os ventos que me assolam
Na ilusão de afastar a solidão,
Um só é meu desejo...
Me entregar inteiro em tuas mãos.
Se por afeto ou por carinho
Seja para ti o meu amor como for,
De corpo, alma e coração no teu querer...
Que padeça em mim só a indesejada solidão.
Edney Valentim Araújo
A solidão é uma porta fechada com chave.
Se você a fechou, é porque você tem as chaves para abrí-la.
Quem és tu que minhas dores tirou, quem és tu que a minha solidão enfrentou.
Conhece meus defeitos ? devo sentir medo? porque me amas-tês então!
Sabe tudo que acontece em minha vida, e mesmo assim, me amas.
Afinal de conta, quem és tu que me ama? O que tu sentes é loucura, amar alguém tao falho.
Então é isso, achaste uma fissura em meu peito e adentraste sem que eu percebe-se.
Mas do que me servira a minha mascara para ti, que conheces cada fio de minha cabeça, a tirarei então, não há nada que eu possa esconder de ti.
Me escondo nas chagas de adonai, e me renovo no amor de meu pai.
Obrigado por ter discretamente adentrado a minha escuridão e iluminado cada pedaço do meu coração, obrigado fazer morada em meu peito, fico ate sem jeito de saber que um deus tão grande, mora aqui dentro.
Nos momentos de desespero
tenho uma luz que é teu amor,
e ganho um estante na solidão
torna se profundo e
quando estou na escuridão,
o trafico de almas tornas o teu amor,
trágico como um sonho que acabou...
e quando acordo apenas a luz da vida.
fantasmas que atormentam a solidão,
bem vindo a um sonho eterno,
tudo que saiba que se foi para sempre.
o nunca se tornou algo tão comum
quanto brisa que balança seus cabelos,
e viaja pelo teu rosto...
caminhando pelas sombras sem saber quem sois,
apenas acompanha ate o abismo do teu ser.