Versos de Solidão
Tem coisas que a gente não consegue explicar, só sentir, e sentir já é uma explicação para si mesmo.
Chega um dia em que você simplesmente cansa, tudo para de fazer sentido, vc vive uma vida vazia, onde a única saída e fingir, e continuar tentando, para mim pode ser que eu desista, já que eu desisto fácil das coisas, por isso já perdi muitas coisas nessa vida, muitas pessoas, o que me resta e tentar mais uma vez, ou desistir de uma vez de tudo, vou fazer oque for mais fácil, pois o cansaço mental, já me "matou" por dentro, única coisa que me vem a mente é "desista". Oque ainda me move é a empatia, oque me faz suportar tudo isso.
Só percebe o valor da boa companhia o viajante solitário, que sempre conversa consigo e ora baixinho, ao longo dos mesmos caminhos.
E às vezes me vinha a mente uns pensamentos tão profundos, que na hora me perguntava: por que não os escrevo? Mas não tinha naquele lampejo de luz caneta e papel em mãos, então, como minha mente trabalhava tão rápido, logo os esquecia. E ficava só a vaga memória, do momento em que recitava só aqueles pensamentos que até eu me surpreendia do quanto pareciam ser dito por aqueles considerados verdadeiros sábios.
"Muitas vezes nos sentimos a sós e abandonados, mas devemos nos lembrar que sempre estaremos acompanhados pela nossa consciência e o subconsciente. A consciência podemos acessar a qualquer momento ao contrário do subconsciente, ele que nos acessar a qualquer momento!"
Ainda que ninguém venha me ver eu nunca estou sozinho. Toda vez que chego em casa, eu o ouço ladrar atrás da porta.
Um copo de vinho e alguma coisa para escrever e nada mais alem dessa deusa maravilhosa chamada solidão.
Às vezes tudo que eu queria era está em alguma caverna perdida no Arizona. Com um gerador de luz, uma geladeira, um bom estoque de comidas para gatos, vinho, café e um computador ou uma máquina de escrever. Longe e distante desse hospício a céu aberto que é esse monte de pó e lixo que chamamos de mundo ou de sociedade.
Eu detestava todo tipo de grandes metrópoles. Eu preferia as matas, as florestas, a natureza; nada mais além disso. Minha ambição era simplesmente o mundo. Eu queria o mundo. Eu queria a liberdade de viver longe de todas aquelas obrigações. Tão irritantes quanto tediantes que tanto me fazia fugir de cada uma delas. Tudo aquilo bloqueava minha criatividade. Então eu precisava da solidão para fluir. Eu precisava da natureza para viver. Eu precisava ter um grande; verdadeiro amor para crescer. E isso eu tinha. E então numa solidão eremítica longe de tudo eu me recolhi. Para colher o êxtase que era viver em plena natureza.