Versos de Solidão
Eu não sou a sua felicidade, apenas quero seu beijo e sentir sua respiração, não me olhe, apenas me toque, e as ruas viram me buscar outra vez, esqueça tudo que foi dito, adeus, eu te amei como amo todas as minhas noites, minhas noites perdidas nas ruas desertas e escuras, talvez você possa me encontrar ainda lá, ou apenas minhas lembranças.
Sabe o meu coração? É, ele não é feito de papel. Ele é vidro. Frágil, e se quebrar, dificilmente dá pra consertar. Mas o vidro, ele é blindado, porque eu aguento e já aguentei muita coisa.
Lá está ele, em uma casa solitária, com luzes acesas. Na estante, fotografias antigas, pessoas importantes, momentos que o fazem lembrar do que passou e se perguntando onde estão aquelas pessoas. Não há ninguém ao seu lado, com exceção de seu fiel animal que o olhava, deitado naquele chão, ele sempre ficava naquele canto da sala quando chegavam, ficava lá até o cair da noite, o qual acontecia minutos depois da chegada deles. Não vejo ninguém ir lá há tempos. Não consigo ver com nitidez o que ele está fazendo por conta da janela embaçada, devido aos pingos de chuva, a tarde estava escura, diferente de seus cabelos. Mas parece que estava sentado, na velha poltrona, de olhos fechados, com seu amigo, o qual recebia carinho. Com a outra mão segurava aquele retrato, como sempre fizera. Depois de alguns instantes, um barulho, seguido de um latido, semelhante a um uivo. -Finalmente as luzes foram apagadas. -
Na maioria das vezes somos mais solitários quando circulamos entre os homens do que quando permanecemos em nosso quarto.
É bem isso .. Você encontra uma pessoa, para você ele é perfeita, ao poucos ela te faz sé apaixonar, preenche o vazio do coração, te faz ser único e insubstituível, faz planos para o futuro, promessas, e quando tudo esta perfeitamente bem, ela vem, sé torna a pessoa que disse que nunca ia sé torna, te dar a costa e vai embora ..
Quem insiste em culpar os outros, só tende a repetir para si mesmo e para os outros que é incapaz de ser feliz.
Observando uma imensa cidade, percebe-se quão solitária uma pessoa pode ser no meio de uma multidão.
A ausência de Deus, deixando o homem responsável por si mesmo, o condena a se revoltar. “Do absurdo à revolta”, dizia Camus.
Eu fui… Amei, submeti-me a muita coisa, amei, lutei pra continuar, amei, tentei de todas as formas e continuei amando… Chegou ao ponto que eu não existia, mas ali. A minha intensidade foi tão grande e eu sumir. O meu erro foi querer reciprocidade…
Todos viam; todos percebiam. Menos nós. Risadas, momentos, um doce dividido, as almas desnudadas e sem máscaras. Não era óbvio?! Era amor. Hoje é arrependimento.
Amar é o que o sol faz com a lua, que reside na escuridão e é solitária, mas reluz entre os astros graças a ele.
Nada posso trazer ao mundo, porque a minha caminhada é solitária: a da agonia.
Fui leal sozinha, fui amiga sozinha, fui companheira sozinha, amei sozinha, e no fim, continuei e continuo sozinha.