Versos de Solidão

Cerca de 17808 versos de Solidão

Ir-se

Escandalizo a tal sorte
Afetação cruel e triste
Espera, alma e morte
Do gabo nada existe

Mesmice reescrevo
E o passo aí, passa
Na saudade relevo
Nos olhos fumaça

Nasci pra renascer
Das cinzas ressurgir
Morro e tento viver
Afeito. Outro partir!

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2017, maio
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Criança

Queria eu ser assim
Como dantes éramos,
Estarmos perto da inocência
Absolvidos pelo amor...
Porque deixar de ser criança
Onde sonhar é tão real?
Pudesse eu, como eu quero,
Eu voltaria novamente
Nesse tempo de criança
Onde os olhares se revelam,
Eu me veria em nosso mundo
Bem juntinho a minha bela
Se transformando em donzela...
Mas por que tem que ser assim?
Nossos sonhos lá pequenos
Muitas vezes crescem tanto
Que não cabem em nosso mundo,
Só agiganta o coração...
Agora ela é uma dama
Mui mais bela que outrora
Longe do mundo grande que sonhei.
Por que deixar de ser criança
Pra não estar ao lado dela?

Edney Valentim Araújo
1994...

Inserida por edney_valentim_araujo

Sobre sono da morte,
se tem sonhos e desejos,
além da liberdade,
se lamenta há poluição do óleo
ou acidente, ou até um crime
que povo e a natureza paga com a tristeza,
magoas que num país de contrastes
se vê o marco da ganancia...
a natureza sofre com lagrimas e gritos no silencio
o estado critico é abafado pela formas agressivas
ditos em vão o que fazer entre as balelas,
o engodo que é o descaso da autoridades...
pouco caso meras palavras meias verdades...
se expõe a real verdade estamos abandonados.
o mundo vê a destruição nada é feito...
podia ser diferente o mundo deveria ser mais unido...
as eco soluções são a hipocrisia de tais.
é ato da morte da vida.

Inserida por celsonadilo

Ausência

Hoje eu permitirei que a saudade morra em mim
Os teus olhos, agridoce, me engulam de solidão
Porque nada te poderei dar, senão, está dor sem fim
Exausto me vejo na janela, e o quarto na escuridão
Ao fundo, uma melodia ao som de bandolim
Assim, me sinto na tua lembrança e tu na minha emoção
Não te quero ter por apenas te ter, quero ir além
Porém, cada gesto, palavras, suspiros, a alma em convulsão
Então, não diz nada porque o teu silêncio me convém
Os teus abraços em outros braços enlaçaram
Sinto que estas distante e sem uma tal essência
Eu deixarei... tu irás, e as madrugadas companhias serão
E assim, eu serei e você será... ausência!

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Junho de 2018
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

_Viver é morrer aos poucos
sentimentos ilusórios
no limite o é morte da natureza,
o espirito ainda vive nas tradições
o lixo para o lixo
a natureza respira,
o calor e chuva demasiada denuncia o descaso,
o ser humano tenta ser melhor mais talvez seja tarde,
tornados e queimadas a destruição das floresta...
são um marco para humanidade...
se boas ações num triunfo do renascer,
tem se plenitude do se autorista,
no vulto da alma se desdem nas obras do acaso,
mero ato de devoção a vida tem esperança...
nas sombras reluz o caos deixado pelo óleo
todos tentam amenizar a vergonha
exposta pelo deleite da ganancia...

Inserida por celsonadilo

DENTRO DA NOITE (soneto)

A luz da lua no quarto me banha
No canto do sonho a noite palpita
As estrelas, no céu no breu agita
O silêncio na escuridão entranha

O cerrado se cala, a treva vomita
Quimeras na imaginação, manha
No ouvido e no olhar, e barganha
Com as ilusões, vestida de chita

E a sombra continua a jornada
Como que, o sossego que canta
A caminho da alta madrugada...

Baralha, mistura na cor prateada
Encantada, que então se agiganta
Dentro da noite, a lua enamorada

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Outubro de 2018
Cerrado goiano
Olavobilaquiando

Inserida por LucianoSpagnol

Espere o desperta de uma nova esperança.
pois o somos sempre seremos,
na soma o que somos diante opiniões?
advertimos aqueles desrespeitam a verdade...
caminhamos na escuridão,
lutamos por um mundo melhor...
ideias são a prova de balas e nunca são esquecidas...
pensar e pensar
protele o futuro está suas mãos,
o passados nos pertence
sem destino do amanhã há temos esperança...
e refletimos o porquê dessa verdade que não se cala..
palavras mortas sem qualquer valor somos esquecidos embora não esquecemos...
nem tudo está perdido pois ainda estamos vivos.

Inserida por celsonadilo

Tive medo de escrever.
Medo de não o saber;
Medo de não querer;
Medo do poeta não nascer;
Medo de que ele viesse a morrer.
Mas agora eu entendo, e ele não precisou nascer. Sempre esteve aqui, sempre a escrever.

Inserida por SouKais

_Na escuridão caminhamos sobre suas cinzas,
lembranças notamos o glorioso instante que nos amamos...
assim tudo parece parte do passado...

Inserida por celsonadilo

revelações que se dão na dignidade da imensidão...
sendo prospera alma que desdenha...
num poder que atravessa a vida...
dando para si a riqueza do amor.

Inserida por celsonadilo

_Nas sombras revelas a derradeira alma_
_O somos e vivemos faz parte do destino_
para mais ou menos vivemos.
existimos num paradoxo qualquer.
ainda assim existimos,
na flor do esquecimento somos poeira,
para tantos do pó para o pó...

Inserida por celsonadilo

me diga se me amas?
me ensina a amar?
me diga o que amor?
diante os atos da vida
tantos contrastes,
te amar é uma sina...
viver para te amar,
sob ar das estrelas...

Inserida por celsonadilo

nas trevas
ando com se fosse um deles,
represento a noite,
enfureço o dia
no regaço a harmonia,
desfruto do sentido
acrônico bem ser,
se foi em outras auroras
fruto do seu ventre,
bem com filho do luar,
sentado sobre uma rocha reflito
a questão do existir,
se logo vejo que é mero capricho,
entre nuvens reflito sob sol ardente,
um pouco de água me faz delirar
nas sombra seres pujantes
na linha do horizonte um marco de desejo,
para o qual o paradoxo se da por perfeito,
sendo sonso madrugada,
singular o desejo,
frutos dos temperes do destino,
repleto de fogo de uma paixão...
aflorada sob os céus...

Inserida por celsonadilo

Entregar

Quando minh’alma
Em abandono
Me afastar do seu amor...

Quando o sopro
Do meu fôlego se perder
Sem encontrar o suspiro do teu beijo...

Quando o brilho
Da luz translucida
Ofuscar-se em meu olhar...

Eu saberei
Que já não estou mais aqui
Pra te amar...

Mas deixarei contigo
Meu coração e o amor
Que nunca pude lhe entregar...

Edney Valentim Araújo
1994...

Inserida por edney_valentim_araujo

Encontro de alma e paisagem

Como uma tela pintada em tarde de verão comtemplo a vida, brindo amantes e fujo da solidão.

O azul de um céu plana nuvens doces de algodão acalmando como sol que derrama licor de maracujá em minha confusão.

O mar insiste e afronta fantasmas que se aglomeram ali na feia e frágil construção. A fera verde se faz " Forte" como praia, suave feito brisa e intensa como maré de março transbordando a revirar.

Nem céu, nem sol, nem forte e nem mar, Sou navio a deriva sempre pronto a navegar.

Inserida por Lilianjtba

Um universo dentro de uma mente...
Só um ser habita lá...
Só um ser...
Só um..
Só!

Guerreiro da Solidão

Inserida por escoffeir

Eu não quero mais migalhas
palavras ao vento
sentimento inventado

quero carinho
abraço apertado
vontade de ficar

dizem que aprendemos com o tempo,
mas o tempo pra mim
parece nunca passar

deixo aqui
todo sentimento em palavras
para que eu possa andar
sem o peso das mágoas
e noites mal dormidas

lágrimas derramadas
transformada em poesias
choros contidos
disfarçados de alegria

que seja para ir e não voltar
desejando a hora do relógio passar
levando o tempo
e torcendo para que ele perceba
que já é hora de me acompanhar.

Inserida por brunagp

Trem da vida

Encontrei-te amada minha
Na estação do meu amor,
Onde o trem da vida passa
E só nos leva o coração...

Sigo vendo a vida finda
Que me passa tão ligeira e solitária
Da janela deste trem
Em que não atenho o teu amor.

E tão distante vão os trilhos
Se perdendo no infinito
Do horizonte dos meus dias
Em que te afastas assim de mim...

Pra embarcar-me em teu amor
De súbito tomaria esse trem
Em qualquer que fosse o tempo ou estação...

Mas se o trem da vida
Não me traz teu coração
Vai contigo o meu amor
Pra que me tenhas como queres.

Edney Valentim Araújo
1994...

Inserida por edney_valentim_araujo

"Morri onde o nasce sol.
Passei por mais de um farol,
Até chegar aqui.
Estive muito mal,
Em meio as minhas más intenções.
Aonde chegarei?
Esta resposta não tenho,
Mas enfim, toquei as areias da praia.
O mau deste percurso, foi tudo o que aprendi."

Inserida por Akira02

Se eu fechar meus olhos agora
Sou capaz de te ver
- que vontade de chorar
Quando dormimos juntos,
Você estava há trezentos quilômetros
Acordou de manhã com sua cara de sono
E satisfação
Me sorriu, se trocou e foi embora
- eu só queria ser feliz
Será que você também ?
Será que fomos?

Inserida por cucaly