Versos de Solidão
respirei sua pele no ador do amor,
almeje um sonho...
acorrentado por sentir...
a noite se embriaga...
em diluvio desdem se
desastre no intimo do ser.
até as estrelas caem e morrem...
sua luz chega atravessar o universo...
metáfora, sem união do teor o sonho é o amor...
quando se acorda morremos um pouco.
um café expresso...
o sangue ferve...
o sono desperta...
tentei juro...
mais um expresso...
com doce da teus lábios...
e trago de cigarro...
cai a madrugada mais uma dose
de seus lábios...
tristeza evidente
nessa evidência te compreendo
quando vejo meu vazio expresso que te amo
meramente a solidão que clama arder
pois bem então absoluto.
obra de arte
denota se o ar que dá
puramente até o fim da inocência...
resoluta sob o carma
que desvenda o doce prazer.
aonde esteja o vento que a carrega,
num sentimento algoz
até altruísta,
bem querer que seja.
amas como amo
error é amar até morrer...
amar por amar e esquecer a vida,
amei enquanto pode amar...
ame e tenha certeza de ser amado.
Vivendo você em mim
Se pensares em mim
E te lembres de que passei,
Recorde apenas onde em ti eu fiquei,
E se encontrar-me, encontre a nós dois.
Eu que nunca te esqueci
Dei-te o melhor de mim,
Guardei-te no meu coração
E lhe entreguei o meu amor.
Sou agora parte deste tempo
Que ficou no vento de momento
Aflorando os teus pensamentos,
Estou eu vivendo você em mim.
Edney Valentim Araújo
sois encantadora...
toda noite quero te ver...
tudo desmorona quando outra noite termina.
tantos sentimentos guardados...
que assim tudo passa o coração ainda sangra...
sendo singular a lua chora... por amor...
seus olhos azuis se contrastam com a noite.
na sedução de seus lábios esqueço a vida.
entre esses dogmas da vida...
muitas vezes o amor não basta...
noite de desejo...
sentimentos que desvenda alma
em tantas imagens que diluem no coração,
sob a ilusão teus olhos,
sobre o teto as estrelas
sob mar seu espirito
que paira por cada luz.
do infinitos ao teus lábios.
Posso te amar um pouco mais...
mesmo que morte deseje tanto,
vejo a noite chegar num sonho,
nunca sonhei... e de repente
paira pela minha vida...
estou curtindo suas aparições...
até quando chove perde a importância...
o frio queima como fogo do seu corpo,
em chamas, devora minha alma.
Coração que inspira o ar que respiro.
diante momentos que me delicio...
no profundo do teu ser,
abdico a me abster do mundo...
para obter teu olhar sob a imensidão
dessa vida teu amor perfeito.
Verei você
Deixe o meu coração de bater
Se não for ele por você,
Ele que lhe deu a minha vida
E se entregou ao teu amor.
Já não desejo mais da vida
De que estar no teu amor,
Ele me faz querer-te em mim
Mesmo ausente de você.
Muda o mundo ao meu redor
Sem mudar o que você mudou em mim
Quando em ti eu me procurei
Nesse amor que eu sonhei.
O tempo e distância entre nós dois
Me aproxima o indesejado fim,
Nesta curta estrada de uma vida
Sem minha vida em tua vida.
Se me verei no teu amor um dia
Eu não sei,
Sei apenas que em mim
Amar-te-ei a cada novo amanhecer.
Edney Valentim Araújo
SOLITÁRIO
Um solitário dirige-se a algum lugar,
Está tão taciturno em seu caminhar,
Que parece perdido em pensamentos,
Fico um breve instante a imaginar,
O peso de seus tormentos.
O semblante dele tão carregado,
Que esqueço de meus sofrimentos,
Ainda que por um breve momento,
Me deixa de certo modo aliviado.
A rua deserta o torna mais solitário,
E nesse imaginário,
Me pus a divagar,
Quais planos está a sonhar?
Nunca vi antes esse homem,
Mas me lembrou alguém,
Talvez a mim mesmo em outro lugar.
Não sei se passado ou futuro,
Mas neste caos do presente,
Prefiro estar ausente,
Do meu eu inseguro.
O solitário a esta altura,
Já dobrou a esquina,
E encerro essa rima.
Prologo da alma,
rebento da perdição,
dores que se aprofundam
para unica sombras de um sonho,
folgaz as opera da vida que debate...
de tantas formalidades,
magoas que o ar benéfica.
até mais simples dadiva do teu amor.
Sagas confinamento,
desdenho o atroz sentimento...
esconderijo que tão bem aconchegante...
no teu colo tens teu carinho e amor...
parador aos céus se desprende...
no ato maior de benevolência,
clamor tão de repente voa entre pensamentos,
o dia se passa a tua esperança...
da tua graça desejos que são interpretados por sonhos,
ao longe teus olhos que choram...
sendo sutil ate distorção do horizonte foge a mente.
sois a noite e o dia...
entre o vento que sopra
angustia desesperada...
a fome que mata,
desses a mais que ressoam
na tristeza amarga,
se vende o amor,
em tantas madrugas
o desespero e angustia
que reluta no frio tardio
muitas vezes tente acordar,
mais era tarde em um breve estante,
tudo aconteceu,
mesmo ar de solidão se quebrou,
no raiar dado o sentimento vespertino
foi a fragrância da sua essência
que remanesceu diante a tempestade de intrigas,
foi acida tanto quando o beijo que transformou,
numa bela espectadora de ato impensado.
sendo levado brando da escurido
ouvi tão bela quando musica de seu coração,
perpetuo momento que se dissipou...
ao ar da sombras devendo um mundo...
reciproco nas centelhas do fogo que a consome,
passos curtos que se tornam pó entre margens do caminho,
são memorias que se arrastam mera certeza que esvoaça
entre as linhas da vida se esparrama no teu coração.
Retornar
O amor quando chega,
Chega sempre pra ficar.
No coração ou na saudade
Ele vem nos transformar,
Se for saudade, parte.
Fica sempre alguém a esperar.
Sem você, sou folha seca levada ao vento,
Noite escura aguardando o luar,
Céu descoberto esperando as estrelas,
Um dia cinzento desabando em pranto,
Mas a luz do teu amor,
No tempo oportuno, há de me encontrar.
Por quanto te espero...
Darei o meu corpo ao castigo,
Serei açoitado pela solidão,
A minh’alma lançarei ao exílio,
Vagar-me-ei entregue ao desamor
Até que eu encontre meu amor dentro de ti...
E nos caminhos que a vi partir
Ei de vê-la retornar...
Edney Valentim Araújo
cadáver
soneto profundo
que mergulha
no profundo
do seu ser
necrofilia
te amei ate morrer
coloque seu corpo
numa estante que queimou
quando lhe disse meu amor.
estava bêbado
lendo destino tortuoso
e deu boas vindas
a teu fim quando se deu
num abraço,
e ouviu o catar da cotovia
se deu conta que musica que tocava
terminou quebrando o disco,
de tantas vaidades
o refresco foi deixado ate moscas morrerem...
sob luz de velas morre um pouco cada dia,
tantas parcelas de culpas,
que noite tem tantos sentidos.
morte em tantas madrugadas,
sonso afio em tuas mortalhas,
morre quando dia parece ser único,
balelas sono profundo que decompõem...
musica chorosa que ilude e magoa,
o frio do teu corpo, deixa me viajar
tão zonzo em beira de mar,
morte estivadores de livros queimados,
sórdidos sejam por pernoitar,
lábios roxos embora morta
respira o sonhos dos deuses,
noite a fora sendo forasteiro,
bem com gargalho de corvos
que revoam teu corpo inerte...
ao mel que escorre sobre sua sombras
dando ao mármore um novo tom,
os cinquenta tons de cinza devastaram sua vida,
lhe deram motivos para amar...
embora seja cruel a realiza sempre te amei.
Homem feito
Quando querer-te assim
Tornou-se maior de que eu,
O amor em mim floresceu.
Tão pequeno... tão menino,
Sem saber o que fazer.
Tudo se torna pouco,
O muito que eu quero
É estar com você...
Viver no teu amor
E me acordar no teu calor.
E se o mundo nos encontrar
Morando em um só coração
Não nos tire ele de lá.
Um lugar melhor
Pra se viver não há.
E o menino que eu fui
No teu colo de menina,
Tão perto está...
Nos meus dias de homem feito
Eu nunca deixei de te amar.
Edney Valentim Araújo