Versos de Solidão

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Estamos envolvidos
não basta ter oportunidades,
até precisamos enganar o destino,
enquanto contamos com sorte,
tudo contara contra as probabilidades,
afortunados num golpe todos um dia é uma guerra,
olhar a vida esperar que mais dia seja favorável,
apenas olhar para os céus ter a certeza de mais dia passado,
a vida sempre é uma vertente nas minhas memorias.
a gerra recomeça sem saber porquê...?
se está num labirinto de ratos apenas á uma saída,
ninguém compreende que para eles os poderosos,
não tem nada mesmo que tenha não significa nada...

Às vezes eu fecho meus olhos e choro

choro de morrer

afinal

é isso que eu quero.

Aqui contemplando uma linda paisagem, mas paisagem qualquer é um estado de espírito.

Uma paisagem é para todos, para os amigos para quem tu amas. Mas estou aqui sozinha.

Mas eu, ao contrario de uma paisagem nunca fui de todos.
Nunca tive muitos amigos
Nunca fui favorita

Já tive quem me amasse
Já tive quem não me amasse

Mas a única certeza é que tenho somente a mim.
A minha pura verdade, os meus profundos pensamentos.
Pensamentos que são a minha derrota e a minha salvação.

Não estou sozinha porque gosto
e sim porque aprendi a ser só e nesta solidão me renovo. E sempre com a esperança de um dia ser um 'tudo' para alguém.

'SONHOS'

'Há sonhos que duram pouco. Outros décadas. Outros duram o suficiente para serem chamados de vida. Nela tudo passa. Coisas boas e ruins. Prefiro as lembranças daquelas que sorri.'

lances derradeiros
seus lábios frios
a imensidão é pequena
diante teu amor.
cada instante supera tudo
e qualquer circunstância...
se aderi a notória gravidade,
o espaço e tempo perdem o sentindo.
quando o imenso amor se nota até nas estrelas.

Por favor seja real....
neste mundo irreal,
por favor tenha...
momento de lucidez,
quando todos dorme,
em suas ilusões somos verdadeiros,
em meio desbravamento alcanço suas lagrimas,
no que é proposito de tantos arrependimentos...

Quando o amor encontra a morte,
o destino transmigra para eternidade,
sendo seu julgo proferido numa ilusão...

alma sem destino,
nas luzes do caos
o destino único...
para quem vive ou já viveu,
num mar da madrugada
o pleno ador do teu amor...
em tantos resquícios,
deslumbre apenas num momento,
tantos gostos apenas um delírios.

E será que você ainda pensa um pouco em mim?
Será que só eu que estou sofrendo assim?
Não teve pena do fim e o nosso tempo acabou
E a solidão eu mandei vir

Aos dezessete anos, eu comecei a passar fome
Eu pensei que o amor era uma espécie de vazio
E, pelo menos, eu entendi então a fome que senti
E eu não tive que chamá-la de solidão

Eu não quero ficar sozinho esta noite
Está bem óbvio que eu ainda não te superei
Continuo pensando nas coisas que você faz
Então eu não quero ficar sozinho esta noite

boa noite esperança
que reuni a extrema
vontade de amar
em momentos de desespero...
no olhar perdido da vida.

O faria

Quão linda és tu amada minha...
Se eu soubesse descrevê-la,
Eu assim o faria.

Mas no meu silêncio
Sei apenas que me quero
Nos teus dias a cada dia.

Sei que tua pele
É rosa branca aveludada
Pra ser sempre acariciada...

Sei que nos teus olhos
Brilha forte e reluzente
A menininha que me encanta...

Sei que o teu sorriso radiante
Desperta em mim sonhos tão secretos
Que só a ti são revelados...

Sei que o teu cheiro
É a flagrância preciosa
Desse amor que eu respiro...

Sei que o teu corpo
É a fonte do calor
Que me aquece o coração...

Não sei te descrever...
Eu apenas sei dizer
O que meu coração sente o por você.

Edney Valentim Araújo
1994...

Rosa

Ela entra pelos meus olhos
E graciosamente me encanta,
Sabe bem os caminhos encobertos
Que conduzem ao meu coração.

Quando dela eu me lembro
Tudo em mim me falta...
Falta fôlego, falta razão.
Só me sobra emoção.

Eu me vejo tão perdido
Se não me prendo em tuas mãos...
Sou menino sem brigo
Se não tenho o seu carinho.

O tempo passa tão gentil
Para a minha amada,
Cada primavera que se finda
Lhe acrescenta mais beleza.

Ente todas que te cercam
És a rosa mais perfeita
Que perfuma de amor
O jardim do meu coração.

Edney Valentim Araújo
1994 /1196

Negar

Quando tudo que se faz
É pouco pra se dar a alguém
Do muito que se quer lhe entregar,
Melhor é dar tudo
Que se pode oferecer...
Um carinho,
Um abrigo,
O coração...
Só não se pode
Negar a ela
Todo o amor que se lhe tem.

Edney Valentim Araújo
1994...

É que a grande chave da vida é estar bem quando você não depende de qualquer recurso de distração, de nada exterior ou de ninguém.
É quando você pode ouvir sua voz interior e sentir que já adora a quietude da própria alma.
É naquele momento do encontro de luz apagada que você percebe o quanto gosta das verdades que ouve.
É o estado de conversar consigo, sem espectadores, de maneira franca, e experimentar a leveza de estar realizado sem nem lembrar na existência alheia. Sentir que nada tem peso para impedir a iniciativa e a gana de buscar aquilo que te faz melhor.
É saber você atingiu seu próprio estado de buda: Ser aquilo que te faz bem.
Finalmente, mais importante que tudo isso, é entender que as oscilações e interferências externas fazem parte do jogo, mas já não interferem em nada disso.
Aquilo que se faz prolongando os momentos felizes, depende, apenas, de você.
Na verdade, sempre foi, e sempre será, só você.

“Minha boca chama pela tua, minhas mãos por teu corpo, meu peito por teu rosto reclinado a disposição de terno carinho.

Os momentos que passo contigo, quero te servir por abrigo; descansa menina meiga e cheirosa.”

dias atormentados
dias de sol.
por tais momentos descompassados
como as vitimas inocentes
objetos de de culpa
pela extrema luz que encobri
fatos derradeiros,
se debruçam em momentos,
secos dias que penso solto entre as imagens da minha mente.

TALVEZ ILUSÃO, QUANDO SENTI (soneto)

Talvez ilusão, quando senti, mas sentia
Que, ao desânimo da alma nela enleada
Entre a dor, o fôlego, pelos poros subia
Numa preamar de esperança prateada

E eu a via no olhar, olhava-a... Ferroada
Assim em cada raio, aí então eu resistia
E construía degraus nesta dura escada
Mesmo que se risco corria... ou se feria...

Tu, alegria sagrada! E também, capital
Sede das sedes!... que venha por nós
Tal reticências, e não como ponto final

E, ó desejada! E tão buscada, aporte
Como um emaranhado de um retrós
Súbito. Vi que rompe na medida sorte!

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Novembro de 2018
Cerrado goiano
Olavobilaquiando

oposição

agora,
que a distância virou saudade
os amigos viraram outrora
e o cerrado extremidade
das bandas do meu poetar
a solidão tornou-se traição
na enzima
na inspiração
da trova, sem estima
de uma rima menor...
Em opor,
pude encontrar na poesia
iguaria, suor, rubor
e companhia...

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
maio, 2016 – Cerrado goiano