Versos de Solidão
AMOR...
Hei de amar-te até morrer, com toda a intensidade que incendeia meu ser,
Na solidão das noites, penso em ti,
Loucamente dentro da minha desvairada mente sempre estarás presente,,
És tempestade em mim, tormenta,
De todos os amores que tive,
Você permaneceu único,
Não sei se é vício,
Não sei se é virtude este amor guardado, diamante raro...
A ele dediquei todos meus momentos felizes,
Sem nada em troca,
Foi paixão desde a adolescência,
De inquietude, de desejos insanos...amei,
Eu só sei que amei, amei, amei...
Sei que houve cumplicidade da tua parte,
Amantes... sonhos consolidados,
Somente eu a ti não julguei,
Não exigi nada, eras meu!
Silenciosamente amei em todos os momentos,
Só que um dia a morte chega, implacável, impiedosa, fria...
Sem dó me roubou você,
O que importa é que me dedicasse amor,
Até o último suspiro,
Agora distante...por onde andarás???
Alma gêmea da minha alma...
A solidão
Solidão é uma crise de abstinência
Contraria.
As luzes dos céus
Jamais se abrirão
Por completo
Na escuridão da noite.
Constelação noturna
De todos os atritos inesquecíveis,
A constelação mirada
Por dois amores
São estrelas dissidentes
De todas as posições separativas
Dos laços distantes
Que se tornam distinto.
Não é solidão
digo que é solitude
Não é que eu não goste de pessoas
mas sinto que alcancei a plenitude
consegui curar minhas mágoas
sinto-me em boa companhia
e até que gostei muito de ficar atoa
com meus pensamentos
lendo escrevendo,
me amando..
sim, a viver aprendendo
na minha idade isso é fundamental
por que só assim vamos levando
a vida com leveza
e vencendo as incertezas
Já isso é madureza!
A AMIGA
Não sei se te digo ou se não,
Que contigo eu espanto a solidão.
No início, era só amiga; depois, o remédio pro meu coração.
EU EM UM POUCO DE MIM
Todo dia,
Solidão
Reclusão.
Um infinito de mim
Dentro de um espaço
Que não cabe mais ninguém,
Todo dia,
Eu e meu eu.
Nós duas:
A mulher e a menina.
Uma dentro da outra,
Apagadas e nuas
De encantos,
De recantos
E de (en)fins.
Todo dia,
Eu em um pouco de mim!
Nara Minervino.
Diz por que vem
Se no caminho nada mudou
Não quero mais
Da solidão que afoga no tempo
Se o momento é de pensar
quem vai me dar a mão?
Atravessar o vento
Silêncio
No silêncio é que sinto
o quanto é fria a solidão,
o quanto é forte o pensar,
o poder de uma oração
No silêncio é que o caos se apresenta,
a paz se ausenta,
a dor se acalenta
e a poeira se assenta
O silêncio não é, pois, a ausência do barulho
porém, o barulho ensimesmado
é o ruído do nada, o eco da verdade
O silêncio é a voz da possibilidade.
Como num vento tudo acontece,
A chuva vem e escurece,
A alegria do bem entristece,
A solidão vem fácil e engrandece;
O que vale a pena nessa vida?
Viver solto como passarinho,
Indefeso aparentemente no seu ninho,
Ou viver em busca de um caminho;
Sei lá é tudo confuso,
As coisas não tem sentindo,
Sentimentos bons e ruins são tudo parecidos,
Procurei amor e me senti perdido,
Não tem nem um homem ou uma mulher,
Que saiba o valor de um abraço,
As vezes é amor eterno,
Outras vezes é o laceado do acaso;
Me diga o que te faz feliz!
Quem te veio na memória,
Me lembre de tudo nessa hora,
É arriscando que a vida vira história;
Quão duro é se apaixonar,
É abraçar um desafeto do mal,
Alimentando um amor doente e banal,
Ou um amor repentino e real?
Na hora que fechamos os olhos,
Todo mundo passa a ser um boa pessoa,
Desfaz os sonhos de uma vida toda,
Ame de verdade ou perde a vida a toa!
Deutes Oliveira (18 de Dezembro de 2020)
Por mais forte
que seja a rocha, a dor da solidão a destrói. Mesmo a água sendo vida e
que com ela traga vidas, quando onda não tem nenhuma consideração.
Além de bater no rochedo diuturnamente, não é capaz de em um único momento de mansidão, dar um beijo carinhoso ou uma simples lambida na rocha.
A rocha, solitária, sofrida e sem afeto, não tem como não ser dura.
Oh pobre e triste rocha.
A solidão arrasa até mesmo com a própria brasa.
Estando esta só, não mais sentindo o calor da madeira que antes ardia, esmorece e esfria.
SONETO SÓ
Eu tenho pena da solidão
Tão só, tão falta, tão “inha”
Coitadinha, vive sozinha
Chorando na submissão
E tal como a erva daninha
Arrasta o ventre pelo chão
Em uma triste e nua ilusão
Que revés, catástrofe tinha
Ai nessa pesada frustração
Tem tristura na entrelinha
E um vazio oco no coração
Então, ô aflição, pobrezinha
Contigo pranteia a emoção
Soluçando a solidão minha
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Dezembro, 2016 - Cerrado goiano
Pequenino -
Ninguém encara a solidão
de um chão de banheiro
sujo e frio, e finge
chorar.
Já interrompi um banho
porque havia um pequenino inseto
se afogando naquela água
de lágrimas e sabão.
Só queria que os meus problemas ficassem do tamanho que eles realmente são.
E não do tamanho que eu os transformo e eles transformam-me.
Hoje me despeço da relação junto à solidão... Que sempre falou mais alto em minha vida!
Pois o amor próprio decidiu se impor e retomar as regias para que pudesse falar suavemente ao coração;
INSATISFEITO
Cerrado, vivo tão só, na solidão
Aflige o peito, o peito em pranto
Distante ide o tempo, o encanto
Preso na tristura e na desilusão
Tão longe ando de ti, ó emoção
De ter-te no fado meu, no canto
Da prosa, amando tanto e tanto
Multiplicando, assim, a sensação
Ando calado, e inquieta a poesia
Desses desejos de mim ausente
Pelejo com o silêncio de cor fria
E nada me diz, nem o sol poente
Tudo é cinza e apagada a fantasia
Se sente querer, a força não sente.
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
22/12/2020, 17’54” – Triângulo Mineiro
SONETO ANÔNIMO
Solidão, vivo tão só, numa bruteza
Onde o meu fado escoa em pranto
Longe do entusiasmo e do encanto
Numa prosa transvazando tristeza
Tão oca a poesia, cheia de incerteza
Num revés ensurdecedor, portanto
O sussurro da dor, dói tanto e tanto
Que o sentir ferido me faz ter viveza
Ando estonteado, perdido na ilusão
Calado, as noites de alvoroço ativado
E ausentes de sensação e de emoção
E me perco no gadanho do passado
Que esgatanha a afável recordação
Que arfa o falto, daqui do cerrado...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
23/12/2020, 21’38” – Triângulo Mineiro
Não tenho medo da solidão
Tenho receio da falta de compaixão
Da inveja disfarçada e dos venenos escondidos no coração;
E se a lua fosse a base da solidão?
Mostrando a sociedade, q mesmo sozinha, ela brilha.
E se ela não existisse, a noite também séria a mesma coisa?
A lua brilha, e por trás desse brilho, terá uma tristeza,ela é apenas a base de uma pessoa.
Se ela pedisse ajuda, quem iria salva-la?
Não seria ninguém, pq quando vc mais precisa todos viram as Costas.
Sempre romantizei a tristeza, assim como, a solidão. Talvez, porque faça tanto sentido pra mim.
Há lugares Inabitáveis por tolos, acha-se territórios onde não sentimos necessidade, em sentir-se necessário. É tão livre a solidão, intelecto pode ser associado a melancolia, de uma forma tão plausível, que chega a ser comovente.
São tempos de informações inúteis e, aglomerações virtuais, sedentas por algo inexistente.
É impossível não amar o que todos nós nos tornamos.
Hoje parei para pensar
Amigos escorregaram sobre os dedos
E a solidão a pareceu sobre meus olhos,
E fiquei apenas com minhas poesias
Com rimas vazias