Versos de Solidão
FRIO
Banhei a alma desnuda,
calada e muda,
no rio da solidão!
Quem sabe era um mar!
Onde me aconcheguei
nas ondas de ímpeto
do meu amar.
E me afoguei
ao acreditar nas tuas mãos!
Me deixou na solidão
Machucou meu coração
Se tu me deixar pra trás
Vou dizer que tanto faz
E seguir minha vida em paz
Sede de carinho que é notória porque a solidão não demora
Porém quando desejo ter você agora, tu me dizes pra ser outrora
É urgente tocar, respirar no teu fôlego e aquecer no calor da tua pele
É intenso a sensação de querer que me zele
Porque meu corpo se acalma no teu
e entre nós precisa haver mais tempo.
Tempo de uma distância equidistante, de duas vidas engolidas a todo instante.
Reclamando um passado de paixão urgente, esperando por um futuro que nunca veio
Deixando passar todos esses segundos de devaneio
Porque ainda há tempo de amar.
Existindo uma vontade de nos reinventar
Porque ame enquanto puderes e que não seja preciso ser urgente.
palavras nos meados semiárido da solidão...
cântico que povoa os cantos da alma,
o resquício involuntário se engole na verdade...
no hospedeiro esquecido sua voz ecoa,
por aonde ande e esperei amar,
nas noções do destino a tenho por esperança,
unicamente o deslumbre do céus,
na fé o silencio que se espera melhores momentos,
sensações na ultima gota de amor,
diria sois dia o momento da paixão,
a tentação do querer amar...
dia apos dia até depois da morte...
o medo de perder transcende num minuto.
seja verdade o dom da razão...
espalhado pelo sentimento da paixão...
de repete se tem goles de agonia,
entre as sombras alma nas profundezas...
uni se em adversidades num ato do apogeu...
contos do prologo se amam como amantes...
se vive o que profere o sentimento do destino...
Vivo só e a solidão é parceira
Quando quero fazer besteira
Tenho toda a facilidade
De buscar felicidade
No ambiente que me convêm
Por isso que vivo bem
Sem explicação à ninguém,
Devido a minha LIBERDADE.
“NAVEGO
Navego por nuvens da solidão
Que me dão apenas ilusão
Soneto singelo sinónimo de paixão
Num eterno lamento
História em conto especial
Memória de coisas inúmeras
De pálidas luzes entre os cílios
No incerto movimento meu à chuva
Musgo em veludo num oceano
Sombra de malvas floridas
Entre os afagos doa anjos sem asas
Coroada de nuvens por onde navego”
A arte dispensa comentários no senso da solidão,
lagrimas secas se dissipam na fumaça do cigarro,
a sinto em um momento perdido
tudo que pensei que fosse verdade era apenas a fumaça,
mais que luz se perdendo na escuridão,
os pensamentos somem
a vontade de gritar tornas agonia,
a volta do amanhã tornar a visão do apocalipse...
“A solidão pode ser superada.
A raiva pode acabar.
A dor passa.
Mas ngm deixa de lembrar que elas existem.”
Aprendiz da Solidão
Sou aprendiz da solidão
Nestes montes altivos
Pudera ser ti, minha paixão
A tira-me desta prisão
Cavalgue a eternidade
Lá irá me encontrar
No balanço contínuo
Ao fim irei me lançar
3 Espinhos ao Nascer -
Trouxe 3 espinhos ao nascer:
dor, silêncio e solidão
e quem haveria de dizer
que me ficariam no coração?!
No lado esquerdo da vida
levei a dor por companheira
e foi em cada despedida
que a senti ser mais inteira.
Do silêncio, a horas mortas,
fiz a cama dos meus dias
mudei coisas, fechei portas,
sempre triste, mas sorria.
Do Poeta trouxe a Alma
no meu punho, em minha mão
nunca soube o que é ter calma
nasci filho da solidão.
Não adianta estar perfeito no espelho e por dentro, solidão.
Você não precisa provar nada.
A sua vida não é um produto na prateleira.
Não viva de fachada.
A ilusão pode ser bonita, mas não é verdadeira.
Um novo amor
Tudo era triste solidão
Chorava por um alguém
Que machucou meu coração.
Triste ilusão
De repente percebi
Meu coração feliz
Era você meu anjo
Vindo pra mim
Tão machucada eu estava
Que não queria te receber
Você veio suavemente
Tocou meu coração de repente.
Hoje eu posso dizer
Que já amo você
Posso simplesmente falar
Eu só quero é te amar.
É tudo tão novo diferente
Que me faz sorrir e levitar
És meu novo amor
Pra sempre Eu irei te amar.
Meire Perola Santos
26/10/2019
00:30
Os Cantos dos pássaros, os murmúrios das matas, percebi a solidão no meu silêncio.
Atenta, busquei entender a Vida. Sou um sopro de respiração gigante, e um nada perto de um pulmão de um pássaro.
Mesmo tremendo
De frio ou de solidão
Não tem mais segredo
Nenhuma luta será em vão
Mesmo com mais medo
Da vida do que da morte
Em um mundo tão hostil
a noite chega com desejo dos amigos,
normalmente sou pura solidão,
dentro da minha alienação
vultos ganham formas,
e palavras tomam formas de seres pujantes,
num mar de solidão o sentimento mais profundo,
como o canto de uma sereia me encanto por teu amor.
ninguém compreende o amor,
apenas amam sem querer viver,
num momento que atuação
é unica coisa que deixa feliz,
sem sensação da perdição ouve a evolução,
no movimento sexy tudo ganha forma na derradeira forma de amar....
Enquanto você se resolve, eu me afogo em meio essa solidão
Enquanto você se descobre, eu descubro que o sim, o não, talvez
Nem seja a solução
Oh, meu peito vazio
Que se alastra a solidão
Oh, devaneio poético
Que imunda o coração
O devaneio de poeta
Torna tudo confusão
Me sinto despertencido
Pertencendo à mim
Somente à mim
Como uma estrada de um mão
Esse meu devaneio
Me deixa louco
Com o fato de despertencer
Vou seguindo em frente
Por aí
Buscando me reconhecer
RONDA SILENCIOSA
Solidão cerrada, aquietada, escura
Afora a janela, o cerrado tão calado
Na imensidade do céu não fulgura
Um só brado, um ermo imaculado
Cá dentro, a mudez flébil murmura
E a melancolia no vento é fustigado
Escoriando a alma, áspera candura
Em um rasgar do silêncio denodado
Ecoa surdamente sôfrega bofetada
De escora frouxa, completamente
Aflando ali a apertura tão abafada
E, a letargia, assim, vorazmente
Faz tácitos claustros de morada
Em ronda silenciosa, lentamente
© Luciano Spagnol- poeta do cerrado
Cerrado goiano, 5 de dezembro, 2019
Olavobilaquiando