Versos de Solidão
Se eu tivesse meu violão,
Sobre a solidão cantaria,
Como uma noite escura,
Candieiro apagado,
O frio invade o coração,
O corpo,
A Alma,
Meu sobrenome se torna vazio,
O interruptor das idéias,
Foi interrompido,
Não tenho controle,
Apenas derreto,
Em lágrimas,
Em saudade,
Sem chances e sem possibilidades,
A incerteza toma conta,
É uma conta a ser cobrada,
Num mundo sem destino,
Sou clandestino,
Peito aberto,
Tiro da vida,
Sem saída,
Buraco negro,
Solidão.
DÓI-ME O TEMPO ESQUECIDO
Dói-me a alma de saudade
Dói-me o coração de amor
Dói-me esta solidão imposta
Dói-me a sede desta límpida água
Dói-me o musgo nas fragas da serra
Dói-me a memória de ontem
Dói-me os inimigos de hoje
Sem medo dos inimigos de amanhã
Inimigos eu não tenho
Tenho apenas amigos invejosos
Na erva daninha que cresce entre as flores
Rosas que choram de tanta saudade
Dói-me o corpo florido de esperança
Dói-me o tempo esquecido
Desta vida de tantos leves sentimentos
Solidão, para boa parte das pessoas, é algo ruim...
Mas também pode ser coisa que cura, que renova.
Tudo depende do momento de vida em que você se encontra, de como você a encara, dos recursos que busca para enfrentá-la.
Um barco ancorado, expõe uma solidão não contida, na alma viajante do meu ser.
É como se os meus sonhos dormidos, quisessem acordar, já estando em alto mar.
Wall de Souza
Duas Vezes Você
Se a saudade não doesse assim
Nem tão grande fosse a solidão
Se eu pudesse gostar só de mim
Te expulsava do meu coração
Se eu pudesse não ser como sou
E aprendesse como te odiar
Mas só sei sentir amor, você sabe que ganhou
Mas não vou me entregar
Todos os meus sonhos são teus
Pois comigo você sempre está
Mesmo quando eu penso em Deus
Eu só sei te lembrar
Te lembrar
E se fosse preciso escolher
Em te amar ou poder te esquecer
Sei que o meu coração pediria duas vezes você
Ai é paixão demais
Buteco Raiz, Bruno e Barreto
Todos os meus sonhos são teus
Pois comigo você sempre está
Mesmo quando eu penso em Deus
Eu só sei te lembrar
Te lembrar
E se fosse preciso escolher
Em te amar ou poder te esquecer
Sei que o meu coração pediria duas vezes você
Na quietude do vazio, eu sinto a solidão,
Um eco solitário, uma sombra na escuridão.
Palavras ecoam sem resposta, o coração anseia,
Um anseio por conexão, uma busca pela ideia.
Caminho solitário pelas estradas do pensamento,
A solidão me envolve, um sentimento lento.
No silêncio das horas, meu ser busca companhia,
Um toque de empatia, uma luz que me guia.
Mas na solidão também encontro espaço para crescer,
Explorando meu mundo interior, aprendendo a compreender.
É uma jornada solitária, mas não sem valor,
Pois é na solidão que descubro meu próprio clamor.
Assim, abraço a solidão como parte do meu ser,
Uma oportunidade de reflexão, de me conhecer.
E enquanto busco conexões que possam me abraçar,
A solidão continua a me ensinar e a me transformar.
A solidão faz presença a meu lado
De olhos cansados, animada a vejo cantar
É insensível, de tanto que me faz sentir
Desesperado, iludido. Mas não abandonado
Não, solitário. Solidão inquieta espreita
Calma, volátil, às vezes dançarina
Traz consigo o desejo, e a aspirina
Semeia o desinteresse, e vai embora.
Vai porque é covarde, tal como eu
Vem porque tem saudade, até do que não é seu
A solidão ambiciosa me quer, mas não pode ficar
Porque quando me tiver, mais nada terá
Sou solitário, não esquecido
Do sentir arbitrário, de sofrer desmedido
Sou hoje fruto de quem não quis me livrar
Sou hoje a semente, tão descontente, a solidão semear
No Silêncio da Solidão
No silêncio profundo da solidão,
Ecoa uma melodia sombria,
O coração solitário busca em vão,
Por uma luz que o guie noite e dia.
As sombras dançam em torno, frias,
A alma anseia por uma mão amiga,
Mas na vastidão das horas vazias,
A solidão persiste, triste e antiga.
Solidão Silenciosa
Em quartos vazios, a solidão reside,
Um eco vazio nas paredes canta,
Um coração solitário bate em segredo,
Nas madrugadas longas e malditas.
Palavras não ditas, pensamentos sós,
Um vazio profundo em cada olhar,
Na solidão silenciosa, a alma chora,
Por um abraço, por alguém a amar.
Lágrimas da Solidão
Lágrimas da solidão, salgadas e puras,
Escorrem silenciosas pela face marcada,
A alma solitária vagueia pelas ruas,
Buscando uma luz na noite enluarada.
Um coração solitário anseia por abrigo,
Em um mundo de rostos desconhecidos,
A dor da solidão é um grito perdido,
Um eco de tristeza em sonhos adormecidos.
Solidão no Peito
No peito, a solidão tece sua teia,
Uma sensação de vazio e desamparo,
Como uma sombra que nunca se esvanece,
A solidão se torna um constante amparo.
Nas páginas da vida, um capítulo solitário,
Caminhando por estradas desconhecidas,
A solidão é um verso triste no diário,
Um eco de saudade em noites esquecidas.
Das Sombras à Graça Divina
Nas sombras da alma, a solidão se instalou,
A ansiedade teceu uma teia de agonia,
Mas no horizonte da fé uma luz brilhou,
Cristo, a esperança, trazendo melodia.
A dor insuportável da alma ferida,
A ansiedade como tempestade a assolar,
Mas Cristo, com amor, a dor desvanecida,
E da escuridão, uma nova aurora a despertar.
Do abismo da solidão, surgiu a mão divina,
A graça de Deus, como bálsamo a curar,
A ansiedade, enfim, perdeu sua sina,
Na fé em Cristo, a alma se pôs a caminhar.
Encontro de Alma e Graça
Na escuridão da solidão, o coração chorou,
A ansiedade como uma névoa densa,
Mas a graça de Cristo, como um sol, brilhou,
A alma encontrou paz, ganhou nova crença.
A ansiedade, como tempestade avassaladora,
Cedeu ao poder da fé e do amor divino,
Cristo, a esperança eterna e redentora,
Trouxe libertação, fez-se o caminho.
Das profundezas da solidão, surgiu um louvor,
A ansiedade, em Cristo, se dissolveu,
Na graça e no amor, a alma encontrou valor,
E em Cristo, a paz eterna, alegremente floresceu.
Solidão, por que fizeste isso?
Que mal fiz a ti, para me torturares dentro de minh'alma,
Torturas-me com teu estrondo silencioso;
Roubaste a luz dos meus olhos;
Sem abrigo para me esconder de ti;
Pois estás a cada passo meu,
O silêncio em mim é devastador,
Corvos rodeiam-me;
Eles sentem minha alma apodrecendo;
Não resta mais nada além de aceitar a morte..
Navegar pelas águas do tempo
Um manto de tristezas convida a alma
Onde a solidão flui ao longo desses rios
Eu espero por ela vir
- Starry Queen
a casa
cheia de silêncio
recheada de solidão
a casa
não é a mesma sem você aqui.
eu
coberto de silêncio
vagando na solidão
do quarto pra cozinha
nunca mais fui o mesmo sem você!
Sonatina
É mau que eu viva areado, e sem prumo
Posto numa solidão daquele que não crê
Que já está acostumado, ao léu, à mercê
Prosando lembranças, poesia sem rumo
Mas, lá no fundo, a esperança, presumo
Tenha a compaixão deste pobre crupiê
Do amor, sem sorte, e cheio de porque
Pois, a boa sonatina a paixão é insumo
E, se insistir com a poética nesta saga
Deixando a poesia com a emoção vaga
Não serão somente versos de soledade
Será também a alma cheia de lamento
Porque no vazio há sempre sofrimento
E a dor o verso imerso numa saudade!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
29 agosto, 2023, 15’56” – Araguari, MG
Sob chuva forte a solidão se esconde,
Gotas tristes ecoam, coração responde.
Na tempestade, lágrimas se misturam,
Almas molhadas, memórias perduram.