Versos de Saudade
A sinfonia e as luzes dessa cidade
Me fazem lembrar de voce
Me trazem também a saudade
Me lembram de um dia ter
Um amor que me deixava feliz
E que agora ficou pra traz
Me causa lagrimas e felicidade
De tudo que vivemos e mais
Era tudo tão bom e fácil
Não demos tanta importância
Vivemos então amargurados
Mas agora são apenas lembranças
Saudade...
... Em mim é o que não falta
Daquele tempo de criança
Que brincava de gangorra
Sem ter medo do perigo
Voava tão alto queria tocar o céu.
Subir no umbuzeiro
Chupar a frutinha madura,
Rapar o tacho de doce de leite
Ainda quente queimando a língua
E nem tinha medo de dar dor de barriga,
Que delícia era comer bolo quente
Melhor ainda quando comia escondido...
Quem não gostava de correr pelos campos
Andar de pé no chão
Para no lago beber água
Usar as mãos para pegar
Depois não tinha como evitar
A brincadeira de se molhar,
Que delícia era pegar o barro
Amassar era tão bom
Ver escorregando entre os dedos
E modelar bonecos e cavalos
E deixar no para secar,
No dia seguinte corria para pegar
O gado tinha pisado
Só restava o barro amassado,
Tudo era tão simples
E tão bom...
Saudade que invade
A saudade que me invade,
Chama pelo seu nome.
Ela rouba a minha alegria,
E entristece o meu coração,
Ah, como sinto a sua falta!
Como preciso lhe ter bem junto mim...
Sonho com o seu retorno,
Para voltar na vida a sorrir...
Vejo que esta dor que me assola,
Vai se dissipar com a sua volta.
Dará lugar a mais pura alegria,
Lembrando o tempo da escola.
Preciso que volte depressa,
Preciso senti-la em minhas mãos,
Evite que eu sofra ainda mais,
Acabe logo com a minha agonia...
Então!
Lua cheia de saudade!
Eu estou sofrendo assim,
porque não me amas mais?
Eu sinto um grande frio,
porque não me aquece mais?
Sem ter você tudo fica cinza,
porque sem ti o sol não brilha!
Não estou vendo mais o céu,
porque de saudade enchi a lua!
Marta Gouvêa
Saudade do seu corpo me aquecendo nos dias de frio...
Você me fazendo sorrir das coisas sem sentido...
Até quando descobri, que meu sentido pra viver é você!
Marta Gouvêa
Não vejo saída nesse labirinto da saudade, a não ser que você grite bem alto, pra eu seguir o som da sua voz!
Marta Gouvêa
Lágrimas da saudade!
Ah, como eu queria estar deitada ao seu lado agora...
Ganhando aquele carinho, que você não se cansa de fazer e nem se cansa de me mimar...
Tô sentindo tanto sua falta!
Tanta saudade, que mal cabe em mim, fazendo com que dos meus olhos, caiam lágrimas até mesmo sem eu sentir...
São as lágrimas da minha saudade!
Marta Gouvêa
Saudade é um sentimento, que faz doer por dentro...
É uma palavra forte com inúmeros significados...
Com grandes consequências, ferida que causa sofrimento!
Marta Gouvêa
Onde está você?
Felicidade onde está você?
Aqui só encontro saudade
Eu preciso encontrar você
Felicidade vou te procurar!
Partiu, levando meu amor,
Tão distante está meu bem,
Tudo fica frio sem teu calor
E alegria sem você não vêm!
Marta Gouvêa
Saudade...
Sinto da tua boca,
Daquele amor tão grande
Que quase me deixa louca!
Saudade...
Daquele imenso amor
De promessas e mentiras
Que tão cedo se acabou!
Saudade...
Daquele beijo
Que tanto me fez sonhar
Saudades de um grande amor
Que jamais voltará!
Saudade...
Daquele beijo
Dado com tanta emoção
Meu amor não volta mais
Deixa-me em paz com a solidão!
Saudade é uma coisa que sentirei nos primeiros meses, depois só será lembranças, depois esquecimento!
Mas o destino brinca com a gente, quando menos espero vejo lugares que me fazem lembrar de você!
E aquela saudade que foi esquecida começa a voltar à tona.
Sinto frialdade
Lembrar de sua presença me perturba,
Assim vou curtindo uma imensa saudade...
Encantou-me e não mais me acalenta,
Após inesquecíveis dias de felicidades.
Lindos momentos nós passamos juntos,
Hoje eu vivo sem um amor de verdade...
Penso muito em seus beijos e carinhos,
Mas quando estou só, sinto frialdade...
Não esperava que fosse terminar assim,
Vendo-lhe de longe, sinto infelicidade...
Quero-te e não consigo viver sem você,
Jamais pensei viver essa impossibilidade...
Emergiu no que não disse;
Bebeu tequila e
misturou com saudade.
Secou na ressaca
na pior das ressacas.
Ressaca que a sacou
feito arma...
Misturou saudade
com tequila
vomitou amor.
Ainda bem que o ontem se foi
Ninguém suportaria revivê-lo
O ontem que se foi, deixou saudade
Mas é só isso
Meu compromisso é com o presente
E nem assim posso cumpri-lo
da maneira eficiente
Que o momento merece
Esperei anos e anos
Pra chegar ao presente instante
E ele passou correndo
Invisível
Bem diante dos meus olhos
indiferente ao fato
de nenhum de nós haver se preparado
convenientemente para aguardá-lo
Mas o tempo é assim
Passa
e parece indulgente
mas não o é
ele sempre nos aguarda
Um pouco mais adiante
Até que, num instante qualquer
realmente
Haverá de ser
Aquele momento para o qual
Você jamais se preparou
e passaste a vida vivendo à esmo
Quer saber?
Não faz mal.
Vai sem preparo mesmo.
Edson Ricardo Paiva
BATEU A SAUDADE
Da vida na fazenda daquele tempo criança
Subia em árvores livre como pássaro
Tirava frutas chupava ali mesmo
Assanhava os passarinhos
Espantando dos seus ninhos...
Brincava de esconde, esconde.
Colecionava formigas andando nos troncos
Pareciam fileirinhas de carros
Com pressa de chegar a algum lugar
Ou com medo que pudesse lhes pegar...
Bateu a saudade das travessuras
Quando pulava a cerquinha brincava na rua
Sentava na praça tomava sorvete
Lambuzava-se comia pipoca
Voltava pra casa fingia ser inocente...
Ralhavam-me, nem ligava,
Dormia tranquila parecia carente
E logo que o sol raiva tudo voltava
A gente esticava as horas
Assim o dia não acabava apressado...
SAUDADE (soneto)
Um segundo, não mais que um segundo
o andamento já vivido, num tal lampejo
derretido na lembrança, passado mundo
do tempo no tempo num sucinto cortejo
E neste breve segundo, e tão profundo
o antigo tornou-se não mais que desejo
duma tal recordação, em que me inundo
numa saudade que fala e na alma arpejo
Neste minuto conciso o suspiro oriundo
traz agridoce eternidade... num ensejo
pra amenizar o ser em ser moribundo
E ao final, nesta saudade em manejo
o que teve de valor foi o amor fecundo
que no sentimento... - palpito e adejo!
Luciano Spagnol
Outubro, 2016
Cerrado goiano