Versos de Rosa
Se não mandei você embora, enfim, foi porque me faltou a
coragem
Mas se você vai dar o fora, então, passe bem, boa viagem!
Se não mandei você embora, enfim, foi porque me faltou a
coragem
Mas se você vai dar o fora, então, passe bem, boa viagem!
O amor é como a chama, tem princípio, meio e fim
Se você já não me ama, para que fingir assim?
Não mandei você embora porque sou benevolente
Para que você agora quer sair ocultamente
Se não mandei você embora, enfim, foi porque me faltou a
coragem
Mas se você vai dar o fora, então, passe bem, boa viagem!
Seu desejo não me assombra, ofereço o meu auxílio
Passa bem, vá pela sombra, acabou-se o nosso idílio
Seu amor e o seu nome, eu também vou esquecer
Desta vez juntou-se a fome com a vontade de comer!
M e T a M o R f O s E
Em um segundo,
Fui de herói a moribundo,
Perdi meu sorriso nas esquinas
E chorei até não poder mais.
Num outro segundo,
Alcancei-me fugindo de mim mesma,
perdida feito bêbado na madrugada,
calçando botinas para chutar a vida.
Fui capaz de atravessar as avenidas da loucura,
amar tudo e não amar ninguém,
ser infeliz na minha felicidade
e incapaz de me reconhecer na minha identidade.
Embebedei-me no fel de meus sentimentos
Fui megera de minha própria alma
Tornei-me ruína, fiz-me pó, evaporei.
Mas com tantos segundos nessa guerra,
fui capaz de acordar a minha fera
e ressurgir para vida que me espera.
EXPLICAÇÃO NECESSÁRIA:
DIETA NÃO É REGIME. DIETA É ALIMENTAÇÃO ADEQUADA.
DIETA LITERÁRIA
Compro livros.
Livros têm palavras.
COMO palavras.
Palavras são comidas.
Livro - refeição.
REFLEXOS
De frente ao espelho,
“eu e meus eus”,
meus olhos e eu
observando
os reflexos ampliados
das marcas do tempo,
no corpo e na alma
Você apostou alto
Você apostou alto
Suas apostas estão na mesa
E por enquanto vc está ganhando
Me surpreenda!
Quero beber o néctar de sua inteligência
Venha
Viaje nas palavras
Por que o romantismo não conhece dificuldade
Gosto de ficar quieta...
Gosto de olhar o vazio
Parada... olhando fixo.
Me agrada.
A quietude junto aos pensamentos
me traz serenidade.
Algo bom... Difícil explicar.
No azul profundo as estrelas eram cintilantemente esverdeadas, amarelas, brancas, cor-de-rosa, de um brilhante mais vítreo do que em casa – mesmo em Paris: chame-se-lhes opalas, esmeraldas, lapis lazuli, rubis, safiras. Certas estrelas são amarelo-limão, outras têm um rubor rosa, ou um verde ou azul ou um brilho que não se esquece. E sem querer alargar-me neste assunto torna-se suficientemente claro que colocar pequenos pontos brancos numa superfície azul-preta não basta.
E Julieta disse a Romeu: De que vale um nome, se o que chamamos rosa, sob outra designação teria igual perfume?
O primeiro homem a comparar as maçãs do rosto de uma jovem a uma rosa era obviamente um poeta; o primeiro a repetir isso era possivelmente um idiota.
Dói, um pouco. Não mais uma ferida recente, apenas um pequeno espinho de rosa, coisa assim, que você tenta arrancar da palma da mão com a ponta de uma agulha. Mas, se você não consegue extirpá-lo, o pequeno espinho pode deixar de ser uma pequena dor para transformar-se numa grande chaga.
Alguém que tem uma linda rosa no jardim e chora porque um dia ela irá murchar, não conhece a beleza da rosa, apenas conhece o seu medo.
Se você caminha por uma rua e vê uma rosa crescendo do concreto, mesmo se tiver pétalas danificadas e tiver meia caída, você vai achar maravilhoso ver uma rosa crescer do concreto. É a mesma coisa quando você vê uma criança do gueto crescendo no meio das piores circunstâncias, e ele pode falar, ele pode sentar ao redor de uma mesa e fazer você chorar, fazer você rir, mas tudo que você consegue ver é a sujeira que caiu na minha rosa, meu caule sujo, e como sou meio torto, mas não percebe por tudo que passei até conseguir nascer do concreto.
A sociedade nos impulsiona a escolher entre o azul e o rosa, mas qual seria mesmo o problema de escolher o amarelo?