Versos de Rosa

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chuva e sol,
olhos fitando os céus -
arco-íris ausente.

Raio de sol
nos louros cabelos -
verão chegando.

sombras pelo muro:
a borboleta passa
seguindo a anciã...

comendo caqui
pensamento nele -
ternas mordidas.

por entre as vinhas,
ele abraça mais forte
e beija mais doce...

Você pode conquistar uma ‘rosa’ fazendo muitos elogios.
Pode até sentir teu inigualável perfume.
Mas, só tocará nela sem se machucar,
Se aprender lidar com seus espinhos.

Gosto da rosa branca por ser uma linda flor,
Gosto da minha sogra por ser mãe do meu amor.

Uma rosa vermelha absorve todas as cores,
menos a vermelha;
Vermelha, portanto, é a única cor que ela não é.
Essa Lei, Razão, Tempo, Espaço,
toda Limitação, cega-nos à Verdade
Tudo o que sabemos sobre o Homem, Natureza, Deus,
é apenas aquilo que eles não são;
é aquilo que rejeitam como repugnante.

A mulher é como uma rosa!
se você tratar com desprezo
recebera os espinhos
mais se tratar com carinho
recebera o aroma do amor!

ME ATRAI.

Os espinhos não me afastaram da rosa.
Ainda que ferido, dilacerado
coração sangrando.
ainda que pareça distante
o alto do caule,
ataviado com tão sublime cor.
A atração do seu perfume era maior.

Se uma rosa guardaste, no teu coração,
Se a um Deus supremo e justo endereçastes
Tua humilde oração, se com a taça erguida
Contaste um dia o teu louvor à vida:
Tu não viveste em vão!

Soneto XVII

No te amo como se fueras rosa de sal, topacio
o flecha de claveles que propagan el fuego:
te amo como se aman ciertas cosas oscuras,
secretamente, entre la sombra y el alma.

Te amo como la planta que no florece y lleva
dentro de sí, escondida, la luz de aquellas flores,
y gracias a tu amor vive oscuro en mi cuerpo
el apretado aroma que ascendió de la tierra.

Te amo sin saber cómo, ni cuándo, ni de dónde,
te amo directamente sin problemas ni orgullo:
así te amo porque no sé amar de otra manera,

sino así de este modo en que no soy ni eres,
tan cerca que tu mano sobre mi pecho es mía,
tan cerca que se cierran tu ojos con mi sueño.

Pablo Neruda
NERUDA, P. Cien Sonetos de Amor. Barcelona: Seix Barral, 2011.

Nota: Versão espanhola de "Soneto XVII"

...Mais

Viva a rosa que cresceu a partir do
concreto, quando ninguém se importava mesmo !

ROSA... ESPINHO

Pago a impaciência
desta paixão ansiosa
por te querer
em meu caminho..

quis colher a rosa
feriu-me o espinho.

Sou verde. amarelo, sou cor de rosa,
nao me venha com essa prosa.
Deixe as pessoas se amarem,
nao me venham com detalhes.
Homem com homem, mulher com mulher,
não se deve meter a colher.
O que importa é o coração,
não me venha com sermão.´
A única verdade é que eles
merecem a felicidade.
Já sofreram humilhações,
por muitas gerações.
Só querem ser amados
e por todos respeitados.
Apenas querem casar
e dos preconceitos se libertar!

A rosa
não buscava a aurora:
quase eterna no ramo
buscava outra coisa.

A rosa
não buscava ciência nem sombra:
confim de carne e sonho,
buscava outra coisa.

A rosa
não buscava a rosa:
imóvel pelo céu
buscava outra coisa.

Fala pra ele que ele é um sonho bom que mudou o tom da tua vida comprida.

o coqueiro coqueirando
as manobras do vermelho
no branqueado do azul

tênue tecido alaranjado
passando em fundo preto
da noite à luz

Nuvem vaidosa
Pra se despedir do sol
Se vestiu de rosa.