Versos de Praia
Se eu fizesse despertar
a beleza contida no teu riso
no jeito, na fala
achado ouro, eu teria
se fizesse despertar a paz
a fé, a graça
o ponto de chegada
teu destino eu seria
se fizesse mais
pouco atreveria
porém teria a raridade da tua beleza
plena, despertada e viva
exaltada no amor
no belo amor
que sinto por ti...
O índio, vindo lá de Itanhaém, desce o rio até chegar ao que hoje conhecemos como Portinho, e área da ponte do mar pequeno....De volta a sua aldeia o cacique lhe pergunta: Dauá por onde você andou?
E ele ainda extasiado responde ao Cacique:
- Eu desci o PEAÇABUÇU e encontrei Paranaguá(Tradução...Eu desci pelo Caminho das Palmeiras Grande e fui parar na enseada do mar grande").
Este índio, falava de algo que se transformou na cidade de Praia Grande-Litoral Sul de São Paulo.
E quem achar que deve, que conte outra...
Eu já vi um coração
Refletir a luz do sol
Irradiando emoção
Como se fosse um farol
Também vi a luz da lua
Nos olhos encandecendo
Como uma sereia nua
Na praia se aquecendo
E segue sem editar
Toda luz que recebemos
A vida só vai nos dar
A luz que nós merecemos
Um simples enseada
Pé na areia, linda vista
Bem pequena, escondida
Encanta todo turista
A península pro mar
A baía de encantar
Qualquer um ela conquista
PORTO DE GALINHAS
Os recifes de corais
têm fauna exuberante,
com peixe de todo tipo,
de cores muito vibrantes.
Grande riqueza marinha,
lá em Porto de Galinhas,
das jangadas navegantes.
O COQUEIRO
Ele fugiu dos irmãos
para conhecer o mar.
Numa pedra encravou
e não conseguiu voltar.
Por toda eternidade,
na areia da saudade,
o coqueiro irá ficar.
LITORAL
Logo cedo de manhã,
andei na beira do mar.
Vento é leve feito brisa,
muito bom pra respirar.
Eu amo passar o ano
ao lado do oceano,
vendo a onda renovar.
TUBARÃO
Se for visitar Recife,
tenha muita atenção.
Se quiser banhar no mar,
cuidado com o tubarão.
Tem um tal cabeça-chata,
e do tigre não escapa,
ele é bom de natação.
CRISTALINA
Pintei de azul marinho
um pedacinho do mar,
e dois seios desenhei,
livres ao frescor do ar.
Guardei na minha retina,
a imagem cristalina
de um encanto de lugar.
FERNANDO DE NORONHA
Vi o pôr do Sol no mar
Lá no Morro Dois Irmãos
Em Fernando de Noronha
Cenário pintado a mão
Como ano que anoitece
E vem outro, amanhece
Numa nova geração
CAPELA DE SÃO BENEDITO
A igreja e o mar
O padre vem bronzeado
Não esquece de orar
Pra nosso Jesus amado
Depois da benção final
Vira pessoa normal
Vai surfar despreocupado
Todo dia se repete
Jangada lançada ao mar
Vento soprando na costa
Jangadeiro vai pescar
O sustento da sua casa
Um peixe na maré rasa
Pra poder se alimentar
SONETO NAS ONDAS DO MAR
De todos os cantos, o encanto é pro mar
É atração mais forte, encontro profundo
Do vento, praia, do sol, de modo singular
Onde minh'alma se une ao querer rotundo
O cheiro da maresia me leva num segundo
Me tira lá do fundo da saudade a apertar
Poeto com afeto, donde o verso é oriundo
Me rapta nas ondas e, que me faz sonhar
A arrebentação é meditação a contemplar
Onde a lua nua torna estórias pra contar
E nas tuas areias eu me enfarinho jucundo
Neste amor, um amor robusto, de amar
Onde no teu horizonte muito fui segredar
És querido de todos as quinas do mundo (o mar) ...
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Novembro, 2016
Cerrado goiano
O mar é um encanto!
Que canta uma melodia ao amanhecer, ao som das ondas.
Anunciando de forma harmoniosa e alegre:
O nascer do sol.
Nas águas um espelho, que reflete a sua luz.
Na praia as ondas fazem uma dança esplêndida.
Com o vento a espalhar a espuma branca.
Nas areias macias que forma um caminho…
Os Rios encantam
O Mar é inspirador
A água doce dos Rios acalma
A água salgada do Mar renova, e aquela areia monazítica de Guarapari é saúde.
Registro do Pôr do Sol
Saco a câmera ao ver a luz se desfazendo em farelos no horizonte,
o poente repartido entre folhas e ondas.
Cada grão dourado adere à pele do vento,
como se o tempo, feito metal antigo,
cedesse, também, à força invisível da maresia.
O sol desce como quem desaprendeu o caminho,
tropeça nos galhos secos,
tateia as frestas com dedos queimados,
num gesto quase humano de hesitação.
Não há pressa — o mar perdoa seus atrasos.
O céu não é só azul:
é um tecido remendado com prismas de luz,
um bordado delicado, feito de calor e calma.
Distraído, vejo o dia escorrer pelos cantos da tarde,
sem saber se é crepúsculo ou despedida.
Tudo o que resta
é essa teimosia de, em registro, pôr o sol no bolso,
como se o infinito coubesse na palma da mão.