Versos de Paixão
Pule
De cometa em cometa
De paixão em paixão
Estrelas cadentes
Realizam desejos
Dos que se aventuram
No compasso de um pulsar
"Ela tem um jeito só dela....
Ela é de virgem e apaixonada..
É solta e descolada....
É marenta e esquentada..
É paz é guerra...
É a felicidade usando tênis comendo chocolate e sorrindo pra mim"
Anseios do coração
tenho diversas paixões
mais só uma delas me encanta
tenho diversas caricias mais nenhuma e tanta mais guardo uma em especial
pois para mim outra não há
por onde passei muitas coisas eu vi
por diversas coisas chorei
por diversas coisas sorri
cada caminho levo a certeza
guardo contigo meu coração
levo no peito essa saudade
a saudade de você
passam se os dias passam se as horas
eu a pensar em você
coração fica apertado quando
não posso te ver
felicidade e tamanha quando vejo você chegar
coração explode no peito
quando você venho a abraçar
Eu não me apaixonei por você...
Não teve aquele frio na barriga
Não teve aquela urgência dos encontros
Não teve a necessidade de te ter a todo momento
Mas tem amor
Tem o carinho de te olhar e saber que é exatamente ali que eu quero estar
Tem a melhor sensação ao te ver chegar
Tem o melhor aconchego nos seus braços
Tem o desejo de por alguns instantes sermos um só
Tem a tentação o fogo que arde mas não queima
Tem Eu
Tem Você
E tem nós.
Amor e Paixão
Foi tudo tão ligeiro
Como escrita a profecia
nas asas da harmonia
o leito foi certeiro
O coração verdadeiro
logo se embriagou
diante o seu agitou
querendo correr alado
Meu ser ficou encantado
perto do seu ser vibrou
(Nay Harrison de Lucena)
Angustiado coração
Ainda sinto o cheiro
O toque, o beijo
Embriagado de paixão
Latente desejo
Melodia de arpejo
Dependente compulsão
Lascivo e imoderado
Anseia o ser amado
Sestrosa condição
Noite fria
Cama vazia
Enfim sós, melancolia.
Me apaixonei e olha no que deu
Agora você é problema meu
E eu também também sou problema seu
Nós juntinho vira solução
AQUELAS MÃOS
Mãos tão gentis, ternas e apaixonadas
Aquelas mãos que tanto agrado faziam
Tão cheias de doçura e tão aveludadas
Pelo atraente amor que as consumiam
O carinho na doce habilidade, candura
Cursos calmos e de uma delicada linha
E que bem raramente tinham a tristura
Ou um avesso agravo no maneio tinha
Eram mãos que se davam com apego
Ameigando o afeto no seu aconchego
Tanto ao atrito quanto a sorte da vida
As mãos daquela afeição, ó saudade!
Suspiros na sensação, pura felicidade
Que hoje é gesto de dorida despedida...
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
07/11/2021, 16'58" – Araguari, MG
DESCOBRI QUE TE AMAVA
Descobri que te amava,
Quando você me beijava de paixão,
Como se eu fosse o ar que você respirava,
O oxigênio que dá vida ao teu coração.
Descobri que te amava,
Quando você saia,
Desaparecendo na rua.
Quando não queria outra companhia...
Além da tua.
Descobri que te amava,
Quando você indagava se eu te queria,
E antes que eu pudesse te responder,
Você me dizia:
- É com voce que eu quero viver.
Descobri que te amava,
Quando deixei de pensar em mim mesmo,
Vivendo das tuas migalhas,
E ignorando teus erros.
Descobri que te amava,
Quando sem dizer nada me afastei,
Com a voz embargada e os olhos entre lágrimas,
Da tua vida, naquele dia, me retirei.
Rodivaldo Brito em 23.05.2019
Minha vida, Meu amor!
Você é minha inspiração,
É um exemplo, É paixão;
Você me ensina, me incentiva, me acalma, me fascina e me faz feliz;
Eu te amo ❤
Não olha assim pra mim não
Senão vou me apaixonar
Senão vai me adivinhar
Tá fácil ler na cara que eu
Não canso de te procurar
Carinho faz arrepiar
Sozinha tu não vai ficar
Será que cabe eu aí
E eu só estava querendo me apaixonar
Fiquei rebelde com causa
Pisei no chão como mártir
E comecei a gritar
Multidões de gargalhadas
Enfrentei uma corrente de raiva
Desnudei minhas canções
Com a carne dos meus versos
E beijei todas as bocas e mãos
Que pensaram num dia me abandonar
Meus amigos me avisavam que você não presta
Mas pra um apaixonado só o que interessa
É viver esse amor, foi falso enquanto durou
PAIXÃO
Do latim:"passio": sofrer, ato de suportar.
Do grego: "pathos ou path": excesso, catástofre, passividade, sofrimento, assujeitamento, sentimento e doença.
Aparece subitamente num turbilhão de inconseqüência,
transgredindo o sentimento e a razão.
E assim como apareceu, se vai.
Deixando atrás de si um rastro de dor, de loucura.
Um som ensurdecedor de raiva e frustração,
Pois o que parecia belo já não existe mais.
E o que sobrou?
Algo disforme, sem vida, sem cor.
Algo que se embrenha na angústia e na dor.
Algo que destrói, no peito, qualquer moradia pro amor.
Querido amor.
Quando te vi, admirei.
Mal percebi e me apaixonei.
Quando estava tudo bem, se tornou passado.
Eu tinha te amado.
Essa confusão pareceu atropelo.
Me adoeci por causa desse amor.
Por causa disso, você se afastou.
O amor é brisa passageira.
Aproveite enquanto está fresco.
Mal estou, mal ficarei.
Adeus amor.
Obrigado por tudo e por isso te amarei.
Até a próxima vida, meu bem.
A lente do amor grudou na retina e trouxe a realidade
para a paixão.
Agora, nela, vê-se poros abertos, veias desconcertantes
e azuis ao lado das narinas, que inspiram e expiram
o cansaço enfisêmico dos pulmões que já inflaram de
êxtase e susto
espera e dor.
Como é engraçada a miopia dos amantes histéricos.
Mas os olhos podem descansar do criativo,
as lentes revelam o cabelo debaixo da peruca e,
abaixo do cabelo, o couro. Que por vezes
escama e coça e dá vontade de escalpelar.
Como é engraçada a verdade que ninguém quer ouvir.
E aqueles, antes cegos, quase idiotas, reconhecem
primeiro a sombra, depois os relevos,
enfim as cores e as texturas.
E as lentes preenchem a transparência, entupindo-a
de estômagos, pâncreas, fígados e intestinos;
não dando mais para ver-se – vê-se o outro.
Então há o horror, e por fim, que é começo, o amor.
Como é engraçada a vida, posto que é só isso.