Versos de Flor
"Se as flores pudessem dar um conselho, diriam: 'Apenas florir!'
Quanta bravura das flores!
Suportam o frio congelante, o sol escaldante, as tempestades e ventos;
E ao cair, renascem, ainda mais belas e fortes.
Quisera eu também ser flor!
Florir e sempre renascer."
Enquanto não chega
O tempo de desabrochar
Curto minhas etapas
Nada deixo passar
Momentos só folhas
Alguns momentos de dor
Vou regando a esperança
Um dia vislumbro a flor
.
“Primavere-se”
Pensando em você
Agora me fizestes viajar,
levando-me em teus braços.
Senti teu perfume em mim,
tenho o calor dessa boca
colada à minha.
Nossas mãos ora juntas,
ora separadas, ficam em
busca de uma parte quente
e macia dos nossos corpos.
Corpos agora colados e
pelo amor unidos.
Te quero minha flor linda.
Brotastes dentro de um
vaso de amor feito.
Com amor foste regada, e só
para o amor és voltada.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista de Letras Artes e Ciências
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil
Membro da U.B.E
Enquanto alguns botões não abriram,
outras flores já se foram.
Cada um a seu tempo.
Todos igualmente dignos.
Quando é Amor
Quando é Amor,
Coração dispara.
Quando é aquela mulher
Que você espera.
Se esquece o mundo,
Cada segundo junto
É tão profundo.
Quando é Amor,
Tudo muda de repente.
E o nome dela
Não sai da sua mente.
Quando é Amor,
Não há uma flor
Mais bela do que ela.
A te esperar
Na sua janela,
Pronta pra te amar.
ANTÚRIO
Se belo, o teu belo á alguns é espúrio
no murmúrio da vaidade de um olhar
és tu, variada cor, ó flor do antúrio
no vermelho da paixão a celebrar
é natureza em esplendor purpúreo
flor do antúrio como não poetar!!!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
outubro de 2020 – Triângulo Mineiro
Inteira
Vem pro abate
Embate
Qualquer não-querer
Não é você
Arranca essa força
Floresce que de tanto
Estufa o concreto
Te faz aparecer
A vida ali que carrega
Mesmo abaixo de uns paralelepípedos
Deu certo
A alma de um poeta
Poetas, um nome um tanto quanto estranho para quem vê mundos diferentes.
Diz-se poeta aquele que escreve coisas assaz românticas. Mas, a alma do poeta vai além.
Ela é incansável, pois ultrapassar as barreiras postas é um trabalho árduo.
Ela é vigilante, pois até no fechar dos olhos ela está atenta.
Ela também tem seus encantos e mistérios.
Realmente é um mundo à parte, onde são gestadas suas fantasias internas e externas, trazendo à lume, em papéis e tintas, letras escritas com o palpitar de um coração sonhador.
Também é um peso escrever…
Mas, usa-se o peso para esmagar e extrair o melhor de tudo que se vê, tanto com olhos, quanto coração.
A alma também é muito leve. Semelhante a isso, poderei usar como exemplo a flor dente de leão, que voa lépido e fagueiro ao sabor do vento, tendo apenas um local de partida, mas, muitos destinos.
Caminhando me deparo
com flores,
Aquelas me fez lembrar
das que ganhei
Veio a tona Saudades
Sentimentos
Teu olhar
Teu cheio
E a Vontade te
te Reencontrar
E Reviver
Aquele encontro
Com aquela
Flor
Aquela Delicada Flor
Que é Você
Ventinho
Eu vejo
O tímido vento que segreda sua admiração
Pelas pálidas flores de laranjeira
Que se soltam e flutuam até o chão
Trocando carícias com o vento
Eu imagino
Leves flocos de neve que marcam a estação
Viajando pelos caminhos secretos do vento
Pelas curvas tempestivas de seu turbilhão
Até pousarem como um tapete de marfim
Eu lembro
Do vento desenhando ondas no mar de verão
Descabelando palhas dos pendulantes coqueiros
Esculpindo em nuvens as tempestades que virão
Vento nômade que cativou os que ficaram
Me seduz
O uivo do vento que parece uma canção
Seus cheiros que contam histórias escondidas
Serei sereno ao receber a concessão
Irei morar no vento com suas magias
Perfume ao vento
No chão do jardim,
dormem pétalas de Magnólia,
que o vento atirou pra dançar...!
-- josecerejeirafontes
Correm os rios, nasce o sol que aquece e ilumina...
Sopra o vento que atenua o calor do meio dia.
Hora cai a chuva, noutra hora ela cessa e faz germinar a semente.
A vida é um ciclo... É brisa que sopra,
é flor que desabrocha. É gente que chega, é gente que vai.
É paixão que surge, amores que vem, outro dia se vão...
Ei! Há dias de choros e sorrisos.
Contudo não percamos a fé.
Pois cada dia uma esperança se renova. Vivanos!
(Carlos Figueredo)
Mulher,
Bela como um girassol
Faz floresce o amor,
Bailando no ritmo do Sol,
És graciosa como a linda flor.
Certa vez, o mal me quis,
esqueci do meu bem querer,
demorei, mas percebi
que tinha muito a perder
como uma flor
que injustamente tem
suas pétalas arrancadas,
meu amor foi desprezado,
minha alma desgastada,
meu ser sacrificado
por eu não ter aceitado
o que já me cercava,
Hoje, finalmente,sinto mais liberdade,
Conquistei um valioso aprendizado,
Aprendi a me amar de verdade
por tudo vivenciado.
Querido amor
Hoje acordei cedinho
Ouvi os cantos dos passarinhos
Não é qualquer manhã de outono
O café me aqueceu de um jeito
Como se estivesse me dizendo;
Não há tempo perdido
Tudo vem pra ensinar
O tempo é todo vestido
De sonhos para gente escalar
Às flores que enfeitam a vida
Também enfeitam o funeral
Amores que se diziam eternos
Escapam dos dedos como vendaval
Feliz aquele que em meio tantas incertezas
Sabe que é preciso recomeçar
Então, tome seu café com gosto
E deixa a vida levar
Faça de cada sol
A oportunidade de colorir o dia
Faça de cada chuva
A oportunidade de ser florida
Porque quando tiramos o (V)
Só resta o ida
Poema autoria #Andrea_Domingues ©️
Todos os direitos autorais reservados 26/03/2021 às 12:45
Manter créditos de autoria original _Andrea Domingues
IRIS
[...] a admiração
não cessa
até que se esgote a temporada...
eterna paixão!
Íris, flor encantada
pássaro em ascensão
singelo feitio
poesia e ilusão
da cor azul anil...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
2020, julho - Triângulo Mineiro
A MORTE DAS VIOLETAS (soneto)
No vaso floreado de variada cor
De suave frescor e delicada trama
Cheias de viço e aveludada rama
Desabrocham as violetas em flor
Pouco estar, e de fugaz esplendor
No seu breve e infortunado drama
Enlanguescida, ela, curva e acama
Tal aos pés da sofrência a fatal dor
E vai perdendo o regalo a violeta
Aos amuos do tempo, ali funesto
Num despojo final, e última reta
E, desbotada e então tombada
Épica, em um derradeiro gesto
Mortal, a violeta se vê imolada
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
02 de agosto, 2016 – Triângulo Mineiro
Os apaixonados não morrem, não veem a morte, não tem começo e não tem fim.
Eternos amantes assim como a natureza sempre floresce.
Dente de Leão
"Com os lábios lacrados, nariz em riste e cílios em convulsão estufou o peito e seguiu em frente de cabeça erguida, rasgando o vento. E como se não fizesse questão de coisa alguma, lambeu o sal da testa e sentiu a dor do medo tomar todo o seu corpo. Antes que pudesse se lamentar quedou de sua própria altura, quedou de sua bravura, não resistiu aos encantos do vento soprando suave e lento ao pé de seu ouvido".