Versos de Desilusão
O amor são fontes
donde brotam águas
no seu mais alto grau de pureza.
As relações são correntes
que ao longo do seu curso
poluem-se
até se desiludirem e desaguarem no mar
se salgarem
se evaporarem
e renovarem o seu ciclo.
Você pode não me amar, mas
Sei que quer ficar o tempo todo me abraçando.
Você pode não me amar, mas
Quer o tempo topo está cheirando meu cangote.
Você pode não me amar, mas
Ao me ver doente quer me cuidar.
Você pode não me amar, mas
Mas tem pressa em me ter dentro de você.
Você pode não me amar, mas
Adora ficar fazendo carinho nos meus dedos.
Você pode não me amar, mas
Mas tem ciúme de qualquer pessoa nova que entre na minha vida.
Você pode não me amar, mas
Fica evitando me olhar na frente de outras pessoas.
Você pode não me amar, mas tem saudade das nossas longas conversas.
Você pode até não me amar, mas eu amo tudo isso.
Eu tô destroçado.
Como se cada pedaço do que eu acreditava ser estivesse se desintegrando.
Esvaindo-se das minhas mãos enquanto tento recolocá-los de volta.
Não sei mais se sou o que eu achava. Se quero o que eu queria.
Eu não sei mais quem eu sou, e nem pra onde ir.
Estou apenas existindo.
Chão que nada dá
Estou em pétadas
Caída no chão
E machucada por tantos espinhos
A angústia me sufoca
A tensão supera o meu sono
Acordada tenho mais pés nos chão
Como rosa em pedaços que sou
O que restou foram os pés
Até o aroma eu perdi
Hoje estou em luto
Em luto pela esperança
Não há mais luta!
Ex-pero
Só desespero
E me lembro que nada posso esperar!
Como ter forças se minhas pétalas secaram, verão?
O que verão?
Não verão a chegada da primavera
Nem a colheita dos frutos
Vamos sofrer a secura como um deserto
Com um jardim sem flor
A tristeza de um pé doente
A lembrança de uma rosa branca
Que você não ajudou a brotar
Espere na negação do cuidar!
Experimente a amargura de uma verdura
Que não teve o seu aguar
Encha seu vaso de flores
Com as flores de um jardim que não cuidou
Saboreie do néctar da fruta que você também não plantou
E dê de presente uma rosa
Que nunca pôde viver!
Vazio...
Sua sombra não mais me atravessa
Arrastou-se ao nada consta
Não há mais passo em falso
E nem mesmo gravidade
Em cima do muro, não há mais mandato.
A festa acabou e o céu já clareou
Terra firme, avante oxalá.
Aleluia, imunizei-me!
Praga pestilenta, o fogo queimou.
Fumaça da peste, o mar arrastou.
Afundou-se nos quintos dos infernos
Tudo que te faz mal, certamente morre.
Tempo, senhor dos destinos.
Memória se tem ,até o último suspiro
Tempo do meu tempo
Há tempo para consertar
Quando tudo está errado
Aliviada... Mãos se acenam !
Sobrou-me um vazio, nada mais.
A lápide do amor - Foi lindo enquanto durou. Foi lindo, feito com leveza e maestria. Sabe aquela frase que diz: "Se quiser algo bem feito, faça você mesmo"? Eu sei que foi lindo porque fui eu quem fez, quem criou. Eu criei você, que só existiu em mim.
Vivi em um sonho que sonhei só. E mesmo que tenha tido um pouco de verdade, eu guardo com respeito. Respeito que se tem a quem já se foi. E durmo tranquilo, porque mesmo sendo seu criador, sei que não fui responsável pelo o seu fim.
Não se preocupe em
arrumar desculpas,
sei que não se lembra.
Vai dizer que tudo deu errado.
Que precisou, que ouve uma
urgência.
Mas são sempre as mesmas desculpas
e dessas eu já estou cheia.
Então diga a verdade!
Diga que não se lembra.
Tristeza teima
Não se afasta de mim
Ronda minh'alma
Eterno spleen
Corro, fujo, escondo-me
Tentativa festim
Fatigado indago
o que me aguarda por fim
À madrugada desperto
por um instante febril
E um silvo anuncia:
Futuro nanquim!
( Me apaixono... Só que não! )
Muito cedo eu aprendi;
Não entregar demais para uma pessoa só, o meu coração.
Porque quando ela me deixar;
Eu vou sofrer,
Vou ficar sem chão.
Por isso eu decidi;
Se for pra me entregar,
Já me apaixono de vez pela multidão.
Assim quando alguém quiser me abandonar,
Quase nem vou sentir o efeito.
Pois, eu não suporto a solidão!
Encontrei em minha vida quem me ama, quer e valoriza.
Por isso não preciso de MIGALHAS.
Me sentir " de vez em quando" querida e desejada, logo após; ser esquecida, torturada.
É isso que faz comigo e sou eu quem permito.
Mas pra mim já deu, quem dita a regra aqui sou eu, não um coração tolo que se alegra com tão POUCO.
POUCO pra mim não basta, pra mim é MUITO, TUDO, OU NADA.
nos mistérios dessa noite virginal
as máscaras que escondia aquela dor
nessa noite especial
caíram entre beijos de amor
enquanto sozinho vi passar o carnaval.
Autor: Geraldo Neto
Intempestivo Epílogo
Os raios de sol que outrora iluminavam minha vida e aqueciam meu coração se transformaram em raios de tempestade com chuva de lágrimas gélida e triste...
O deleitoso gosto que antes adoçava minha boca converteu-se em sabor amargo de desgosto...
As cores vivas e fortes que antes coloriam a paisagem hoje deram lugar a palidez da névoa...
A música que soava harmoniosa como uma sinfonia celestial perdeu seu ritmo...
O brilho que trazia vida e esperança a cada novo dia agora é uma sombria desilusão...
A luz que aclarava o caminho até o destino desejado apagou, doravante o horizonte é incógnito.
fechando os olhos
molhados de lágrimas
batendo o coração
parando com minha alma
em uma noite de horror
perdi meu grande amor
subjuguei meu coração
em doses sondadas
com lágrimas caladas.
A felicidade só está ao alcance...
De quem sabe fazer outra pessoa feliz...
Do fundo do coração... Seja muito feliz...
Dizer adeus com o coração...
Dói muito mais do que faze-lo com palavras...
Porque é o nosso coração que se tenta afastar...
De outro que nunca nos quis...
Você procurou, no meu canto fiquei.
Você insistiu, acabei cedendo.
Você me conquistou, eu gostei.
Você conseguiu, me entreguei.
Você deixou a toa, continuei a me iludir.
Você se afastou, a espera estive.
Você não se importou, eu acreditava.
Você foi embora, desisti.
Você tentará mais uma vez, talvez, não sei.
Mas eu saberei o que fazer.
Você me fez acreditar que podia ser diferente, mas agora vejo que tudo se repete novamente.
Burra fui eu que teimei em acreditar que a seu lado iria ficar.
Só me resta esperar e um novo amor encontrar.
Sigamos separados, mas com a certeza de que fomos entrelaçados.