Versos de 6 Linhas
"Vida, um filme em minha cabeça, uma página de linhas escritas em branco em papel branco...Só que nós lemos!
Tempo, uma corrida que você nunca ganha...
Olhe atrás para onde nós estivemos.
Olhe nunca será a mesma coisa.
Esperança, uma vela brilhante queimando e acabando aos poucos.
... Uma luz temporária.
Amor, é como uma droga poderosa que nós almejamos.
Eu não sei o que sentir.
Não sei o que dizer.
Não sei o que fazer
Eu não sei onde ir.
Não sei quem devo ser.
Não sei o que saber...
A vida nunca é o que parece!
Esqueça tudo aquilo que eu disse...
São só palavras jogadas na linha do tempo."
Posso até compreender as entrelinhas do universo.
Algumas linhas mostram-se incompreensíveis ,
outras claras demais,outras indecifráveis.
Queria não ousar saber sobre as linhas que me algemam neste enredo.
Tampouco, gostaria de entender o desânimo frente aos pequenos desencontros dos passos.
Queria, apenas, saber se o meu amor incomoda o seu coração!
Como é que se escreve sem antes rabiscar o papel? Essas linhas todas tortas que me peseguem. Será que eu te assustei com essas minhas letras todas garafadas?
Esses rabiscos que escrevo ao mundo, tentando de forma quase que inutil traduzir o que se passa aqui dentro, pergunto se elas tem chegado ao destino desejado, ou estacionaram no caminho e por alí ficaram com a esperança que alguém o leia, será?
Quero amadurecer as idéias, essas que no momento me parecem insanas, construir um novo roteiro, sem vírgulas, sem pausas e paragrafos. Sem as mesmas brigas repetidas em cômodos da casa diferentes.
Por um ponto final nessa tua ausência, continuar nossa história, com infinitas reticências e se ainda for possível com o pra sempre juntos até o fim.
Como um cântico cancioneiro, a sorte de um galdério
que se põe mastro a frente das linhas dos seus mistérios
contempla querência amada
que de suas prendas tanto ouviu falar
Na puxada da relva adiante
o delirio da história enaltecida em suas andanças
Presbítero em conhecimentos
o apache de seu chão, coroando a velha entoada
da consequente revolução
Sopro da escotilha farroupilha
em mananciais heróicos de vilarejos eternizados.
Na cruz de seu batalhão, a revoada dos passaros no céu de Viamão
em que o último dos seus ancestrais ainda pisa firme
nesta terra de tão renomado brasão.
No Vale dos Sinos montei minha estância
da erva do chimarrão, o churrasco e a congada
tão peculiar estendi meu rincão.
Certa vez alguém me disse :"...Mais
proveitoso seria se a mente fosse as linhas
ja escritas do meu papel ..."E não é que ele
tinha razão?! Lá se vai um texto perdido...
Negras linhas,
Corredores da memória
Teimando em revelar ...
Tão minhas
As sombras dessa estória
De uma noite de luar,
Que começou por adivinhas
De forma tão simplória
Para assim, me desenhar!
(Negras Linhas)
Desenho meus traços em folhas velhas
Descrevo-me em linhas silenciosas
mas
em
novos passos, novos laços e novas sílabas
Se-pa-ra-da-men-te
...
De forma delicada
Como um anjo
Que joga letras ao vento
Esperando que protegerá a si mesmo
de sua poesia funesta
e
dos estragos de uma ventania
causada
por suas próprias asas
Segue-se linhas do céu até o mar, um barco a remar. céu azul, nuvem, azul, terra, mar, rede, mar. barco. luz e sol. só faltou o som.
B.
Encontre-se, primeiro, nas linhas da sua história.
Depois, então, quem sabe, poderá tentar entender as minhas.
Nos pararelos
Por todas as linhas
Paralelos estamos
Do trem que não chega
Ao celular que chama
Da pipa que empina
À vida que prossegue
Do destino, do porvir
Da palma da mão
Que em outra descansa
Do contorno facial
Que remoça, envelhece
Minhas linhas tão suas
Retas, tortas, sinuosas
Ao seu lado traço
Uma vida toda em duas
Seus rabiscos, meus riscos
Entrelinhas o que somos
Por desejos sublinhados
Desígnos alinhavados
Talvez viremos distância
Talvez circulos viciosos
Ou triângulos amorosos
Por agora nos pararelos
Dos universos nos encontramos
"Linhas e Entrelinhas"
Quem sabe um dia eu seja livre....
Livre pra seguir em frente,
pra seguir meus sonhos,
pra ser feliz, sem fronteiras, sem barreiras,
sem um passado a passar a minha frente,
andando entre minhas entrelinhas,
as entrelinhas que só eu poderia estar,
só eu poderia andar,
mas sempre vai estar lá,
para me impedir de seguir em frente,
de seguir meus sonhos,
de ser feliz....
Por enquanto, sem tu não conseguirei...
Você sempre estará presente,
no meu coração,
ao meu lado,
e quem sabe um dias nossas linhas se encontrem,
e assim poderemos andar entre as nossas entrelinhas juntas....
TE AMO...
Não deixe as linhas desencontradas da sua vida algemarem suas asas.
Podemos flanar sempre.
Pensar é o alívio para as aflições que emperram o sorriso.
Vou e volto, mas, muitas vezes, fico... talvez, por isso, o lenitivo é não voar demais.
25.04.12
Quem sabe ou na certeza de sermos obra Dele...cruzamos as linhas do destino para sorrirmos enfim.
Arquiteto ímpar das nossas vidas...desenha as nossas asas para flanar novos ares e para velejarmos novos mares.
Nele coloco as minhas mais puras convicções de fé, de perseverança, pois sem a caridade não há obra edificada.
Dizem que Deus escreve certo por linhas tortas...
Eu acho que Ele escreve certo por linhas retas. O problema é que Deus escreve muito e tem letra de médico...
GRITO CALADO
Escrevo por linhas tortas
Os meus desamores
Do verso
Sou o inverso.
Nos rastros do poema
Silencio as frases não ditas
Escritas na areia
Soltas no ar.
Sou poeta sem nexo
Um dilema complexo
Derrota na rota
Vitória em ação.
No eco dos meus rabiscos
Grito sem preconceito
Por acaso
Desabafo.
Fugindo a inspiração
Embriago-me nas letras
Ressaca
Liberdade.
Grafando rimas e desejos
Aborto o que me escraviza
Rotina
Estricnina.
Linhas e Entrelinhas
Anseio-te,
Imagino-te,
Desejo-te,
E uma infinitude de verbos acompanhados de “te”, de ti.
Muitas palavras desimportantes, que rascunham o que pode vir a ser,
O que não se sabe se de fato é
Uma obra completa ou meramente ou um bilhete pregado na geladeira
Sobram linhas e faltam certezas
Sobram poesias e faltam carícias.
O óbvio se esconde
Entre sorrisos cordiais,
O que de tão óbvio é passível de ser desacreditado,
“Deixa para depois, amores platônicos são sempre tão impossíveis mesmo...”
Somos o reflexo um do outro,
Iguais até no medo
E se...?
E se só eu for igual a você?
E se for um espelho de reflexo único?
Refletirá o nada? O vazio de nós...