Poemas curtos sobre a Vida
O amor faz nascer
O amor faz morrer
O amor causa dor
O amor torna se senhor
Quem sente o tal sabe se como e fatal
Uma vez sentida, jamais será partida
No peito de quem ama a dor da despedida
Imprevisível para vir imprevisivel para ir
Pois só quem ama sabe ter razão para sorrir.
Na floresta das arvores gigantes eu
caminhava,
imerso em meus pensamentos eu flutuava,
trazendo a paz somente a verdadeira paz,
que minha alma enfim procurava.
Eu quero ficar presente
Na lembrança de quem me importa
Deixar meus bons exemplos ultrapassando gerações
Seguir o meu instinto do que é o bem e o mal
Às vezes a reflexão é séria
Às vezes quem não pensa, as marés o levam
Às vezes quem malda demais, a ignorância o dilacera(Antonio Ferreira)
Flor,
Belo dia,
Regue minha alegria,
Lave minhas vaidades,
Encontre minhas verdades,
Me ajude a descobrir ruindades,
Saudades,
Da horas passadas,
Da vida tempestiva,
Que imperava,
minha alma vagava.
Pelos doces sorriso se encantava.
partido: o que partiu
rumo ao futuro
mas no caminho esqueceu
a razão da partida
(só perdemos
a viagem camaradas
não a estrada
nem a vida)
Declaração de bens
meu deus
minha pátria
minha família
minha casa
meu clube
meu carro
minha mulher
minha escova de dentes
meus calos
minha vida
meu câncer
meus vermes
Meu coração sabe sempre todas as direções e me faz perceber três coisas das quais não posso ter medo:
de tentar, de amar, de ser muito feliz.
Vida, abstrata vida...
Eu vejo o tempo passar...
Quem poderá entendê-la?
Vivo sem compreendê-la,
penso a olhar para o mar.
Até onde irei chegar?
Não sei como resolvê-la...
Um dia desses irei perdê-la,
não tenho como evitar.
Não sei para onde vou,
como encontrar saída?
Mal informado estou...
És viagem só de ida?
A chama já se apagou.
Oh vida! Abstrata vida.
Meses de Namoro
Janeiro de alegrias
Fevereiro de folias
Março de momentos
Abriu de pensamentos
Maio de brigas
Junho de intrigas
Julho de desilusões
Agosto um turbilhão de emoções
Setembro de separação
Outubro de aceitação
Novembro novo alguém eu conheço
Dezembro de Recomeço
Como sorrir, com tudo quebrado e fora do lugar?
Como se firmar e ter estrutura
quando tudo é inconstante e desestruturado?
Aquilo que outrora era barco forte,
É hoje embarcação a deriva?
Como sobreviver a grande tormenta?
Ao mar bravio da existência?
Tudo é incerto
Neste mundo de onde escrevo
Não há nada de sucesso
Para além do pouco
Que escondido e louco
Não deseja ser-lo;
Tudo é falso
E nada o é
Porque se o fosse,
O falso era o tudo
E nada era nada;
Dos poucos que com o nada se contentam,
Porque pouco mais têm
Que o nada,
Não sei se sou,
Porque nada eu tenho
Para saber o que é ter.
Nunca fui bom com palavras
Talvez porque palavras
São para ser sentidas
Coisa que eu não faço
Pouco sinto e menos penso;
E muito minto.
Quem me dera ter desejos
Eu que nem ambições tenho
Porque sem ambições não me decepciono
Ao falhar como tanto faço;
Nunca é diferente
Não mudo, não penso
Pouco sinto;
E muito minto.
Por vezes sinto que nada sou
Por vezes sinto que muitos sou
Só sei que o sou
Porque se não o fosse
Nada seria;
Pouco sei
Não por querer
Mas por desistir
O saber não é algo meu;
E daqueles que sou
Um deles de algo sabe
Eu que eram todo
E agora sou muitos nada
Que dos muitos
Pouco sabem.
Nós somos os do fundo.
Piores do que ser nada,
Somos os que não se aguentam de pé
Pois nem pernas tem
Porque as perderam na queda.
E os que em baixo nos colocam
Os de mente poluída
São os que almejamos ser
Para sermos mais que nada
E sermos tudo.
Quem nos dera ser os outros
Que percebem o que digo
Sendo que nem eu, o nada,
O percebo.
Eu sou nada e eu sou tudo
Porque tudo é nada
E ninguém é algo;
Somos um mundo de nadas
E assim o seremos
Até que tudo acabe
Ou paremos de fingir que já não acabou;
Os outros que vêem a verdade
Não sabem se os ilusionistas a sabem
Pois será que sabe a lua que não brilha
Pois eu sei que sou tudo.
Na vida o que mais me satisfez:
Não foram os ensinamentos que recebi, mas os que transmiti.
Não foram as madeiras que utilizei, mas as árvores que plantei.
Não foram os poemas que li, mas os que criei.
Não foram as páginas que virei, mas as que escrevi.
Não foram as orações que li, mas as que a minha alma ditou.
Hoje o céu não está azul
E nem os meus olhos estão alegres
Quão trite é a solidão
Que aos meus olhos me parecem.
Não consigo entender
Esse meu pobre coração
Que todas as vezes que me encontro
Ele me arrasta para a solidão.
Como é triste ver a vida
De uma forma tão estranha
carregando em um olhar
uma aterrorizante lembrança.