Versos Com Rima Para Os Dias Dos Pais

Cerca de 47070 versos Com Rima Para Os Dias Dos Pais

⁠Tu, sentimento

Queres fazer sonetos, agitado
Sofrente, insistes em fazê-los
Redize versos de um passado
Tediosa rima, pávidos apelos
Os versos de um vício penado
Que, nos quartetos, só flagelos
E nos tercetos, o vazio ao lado
Todos em concretos pesadelos

Assim, por fim, pobre, estrutura
Põe-se na métrica triste figura
E vai trauteando por aí a esmo
E tu, sentimento ocioso, expele
Vaidades vans, a flor da pele
Dando sensações a ti mesmo!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
25 agosto, 2023, 14’05” – Araguari, MG

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⁠Saiba ser mais...

Se os muitos versos, que criei contente
Foram suspiros para o coração penado
Que pode vir ao sentimento um cuidado
Que acuda, então, da mazela, diferente
O prosar que ao amor, amor consente
Traga poesia e entoado verso ao fado
Deixando cada poema leve, perfumado
Mimando nos detalhes a alma da gente

Poete, pois, estima, sem ter rancores
Traga o olhar, a constância, sensação
Se há de ameigar que seja com flores
Se quer que me não queixe da posição
Saiba rimar com mais oferta, louvores
Ou saiba ser mais cântico com emoção.

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
2 setembro, 2023, 13’55” – Araguari, MG

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⁠Laceração

Muitos versos, por certo, eu redigi
Por certo, muitos versos eu cantei
Devaneei, inspirei, lá, acolá, aqui
E muitos, eu, na saudade guardei
E na poética, aquela solidão, vivi
Recebi afagos, também, afaguei
Olhei em volta, outrora adormeci
O singular instante, de amor falei

Das palavras ao vento, doce ilusão
Dos gestos dados, eterna emoção
Muito senti e quis, e pouco sobrou
Então, o fado, de afiado embaraço
Me lacerei no querer um só abraço
E no teu cheiro que no verso ficou!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
20 setembro, 2023, 19’37” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠Poeta!

Poeta! Sofre nos versos perversos
Suspira aos teus amores sentidos
Nas tuas lágrimas, teus beijos idos
E, sempre, nas sensações imersos
De um coração emocional... fluidos
Sentimentos e, os martírios diversos
Purifica n’alma os sonhos dispersos
Que emana dos enganos... sofridos

É grande o teu pensamento, sonora
A tua imaginação, tens poética afora
Indiferente as ilusões dos caminhos
Poeta! Traz contido toda a tua graça
Tua pureza, tua superação, tua raça
Pois, até a rosa, tem teus espinhos!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
09/10/2023, 21”24” – Araguari, MG

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⁠Inquietude

Meus versos tem estampa de inquietude
Misto de sentimento e treva, pecadores
Pensamentos... de tal poética, tão rude:
Sensações, martírios, tristes amargores
E na eterna busca de uma mansuetude
Me vi poetando os sonetos sonhadores
Com aquelas agridoces rimas que ilude
Nos dando enganos... versos traidores!

Espinhos, flores, sussurros, a vastidão
Cânticos solitários, fracos e cansados
Sobre os ombros a emotiva inspiração
Ah! inquietude, indiferente às cicatrizes
A teimar nos meus versos desafinados
Unhando a alma com sonatas infelizes

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
14/10/2023, 17’31” – Araguari, MG

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⁠SONETO DE AMOR III

Um soneto de amor, enredo, acolhida
E nos gratos versos o sentimento feliz
Uma história de amor, sensação, vida
Na sedutora emoção como eu te quis!
Em cada verso um verso de destemida
Paixão. Pois, a diversa afinidade condiz
Onde deixa a alma da gente... aquecida
Uma fascinação desta atração aprendiz

Pediste, desde então és doce momento
E em nossos lábios um fiel sacramento
Em que, tão sedento, hei de mais viver!
Um soneto de amor, carregado de magia
Que só pensa em ti, e cheio de melodia
Chamando teu nome, cevando meu ser!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
06 novembro, 2023, 19’20” – Araguari, MG

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⁠Resta o versejar para alentar a gente

Escrevo os versos meus, na saudade
E sensação abafante, a cada instante
Meus versos, dum sentimento errante
Suspira, senti, padece e, então, brade
Ando tão descontente, vago no infinito
Um delírio inquieto nos confins da vida
Sangrando na poesia, tão árdua ferida
Da solidão... Ó escrito frenético e aflito

Repiso as dores que em mim fincaram
Levo no canto as notas que deixaram
Porque o poeta é um genuíno sofrente
Pois, cada verso vertente, nele temos
O diário de tudo, o que, então fizemos
Resta o versejar para alentar a gente.

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
28 novembro, 2023, 16’02” – Araguari, MG

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⁠SONETO CANTANDO O PERDÃO

Deixa Senhor que eu cante estes versos
Sofrentes, mesmo que seja, duro e triste
Mas que trove o remorso que nele existe
Ó culpa... nos meus sentimentos imersos
O meu solfejar o desencanto, pelourinho
Do sentir, que vive a penar nesta vaidade
Suspiroso, inquieto... Cruciante realidade
De quem feri uma rosa com seu espinho

Deixe cantar quem quer indulto neste canto
E seja acorde de compreensão e acalanto
Ó Senhor, é o cântico de um acre coração
Que traz amargor e roga pelo sacramento
De alívio, dum efeito, um distinto advento
E, então, deixa o soneto cantar o perdão!

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
06 dezembro, 2023, 20’28” – Araguari, MG

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⁠Soneto do amor e seu epílogo

Eram versos de amor, poética apaixonada
Ensombrada de paixão, eram meus e teus
Sussurros d’alma, atado, eram teus gestos
De um acalanto, ou zelo, eram teus gestos
De um amor, doce instante, tão exagerado
Eram os teus gestos de afago, de emoção
Como só num raro sentimento poderia ser
De agrado, encontro, eram os teus gestos

E eis que ainda escreve poemas, ó amor
Este, que sempre, sugerido na inspiração
Saudoso e idêntico a narração nostálgica
Que invade aquela lembrança extraviada
Chamada recordação, um ardor profundo
Trovado no soneto do amor e seu epílogo.

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
16 fevereiro, 2024, 21’25” – Araguari, MG

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⁠NÃO MAIS O VERSO TRISTE...

Aqueles versos que em pranto soavam
Rasgando a alma em poética convulsão
E as toadas e os acordes já imaginavam
Que vinham do mal do partido coração
No carecido verso, desagrados estavam
Pedintes, largados, vãos, ali pelo chão
Os cânticos de outrora, escalpelizavam
O sentimento... Dedilhando a emoção!

Chegou ao fim! Não mais o verso triste
À espera duma inspiração que ensecou
Cada afiada sensação, que, no entanto,
Não mais, no palpitante encanto, existe
Então, a satisfação o versar encontrou
Antes agoniado, agora, glória e canto...

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
22 fevereiro, 2024, 16’53” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠TENEBROSO CANTO

Meus versos vão seguindo fantasista
Debaixo da poética farta de emoção
A toada de minha sanha cancionista
Compassa a métrica com sensação
Cada sentimento na prosa, conquista
As ideias, tão apaixonada inspiração
E cá dentro do peito o furor bucolista
Expande pelos poemas com ambição

E a aflição, está triste companheira
Levou a dita da poesia quase inteira
Do amor, ó duro fardo e desencanto
E em cada verso que seria contente
O pranto, tal o dia num triste poente
Dando à prosa um tenebroso canto.

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
23 fevereiro, 2024, 10’05” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠NAS ASAS DA SAUDADE

Foi em vão os versos para me serenar
Na treva afiada do sombrio sentimento
Cada rima tentou, assim, desencontrar
De ti... e mais e mais, se fez momento
A prosa insisti em versos para te amar
Na poética somente pesar e tormento
Pois, cada estrofe escreve o teu olhar
E cada suspiro aquele sonoro lamento

Pranto, sussurros, sensação e agonia
Foi-se sonhos sonhados com paixão
E agora somente está sentida poesia
Que pronuncia, tão cheia de vontade
Em um momento referto de emoção
E, tudo, então, nas asas da saudade!

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
23 fevereiro, 2024, 18’35” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠TEMPO DE ENCANTOS

Mostram-se belos versos com exaltação
Cá no soneto de afeto e aura dourada
Cheio de canção e de perfumada toada
Que compassa o agrado e a sensação
A prosa se veste de esplendor e paixão
E em derradeira sedução, fica gravada
No sentimento, no tempo, pela estrada
Bailando na alma em graciosa emoção

Inesquecíveis poéticas, tão atraentes
Divinamente, às lembranças vertentes
Prozando excessivas distintas alegrias
Enquanto o ardor dorme sua realeza
Tempo de encantos, cordial singeleza
Ornando com amor a desejada poesia.

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
24 fevereiro, 2024, 09’58” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠NADA

Se penso em fazer voltar-te a rosa dada
Converto em dor os versos de lembrança
Sinto em mim uma sensação angustiada
Percebendo que já não mais é a aliança
Tua citação é mais nada, d’alma retirada
E, no meu cantar não mais a esperança
A outrora melodia, no meu peito, calada
Por ser mais nada, então, nada avança

Como eu posso devolver-te o mais nada
Se nada mais, tenho, nem nada a te dar
O meu versejar me serve como espada
Um escudo, a deter a lágrima a derramar
Pois, um dia se choradas, hoje enxugada
Rasurando os datados versos por te amar!

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
05 março, 2024, 15’51” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠LIBERDADE

Entre os versos sedentos de saudade
Uma sensação que estava prisioneira
Por toda a métrica, pela poesia inteira
Pra, então, ter o teu voo em liberdade
Adeja em caça, daquela prosa faceira
Plaina, alça voo pra sentir tua vontade
Na imensidão do sentimento que brade
Terno, superando sua poética fronteira

Canta, versa, solta o trinar pelo vento
Compõe aquele clima de doce alegria
Livre na vastidão do belo pensamento
Sê emotivo, enche o poema de magia
Do teu âmago o novo em nascimento
E dos teus versos muito mais sintonia.

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
12 março, 2024, 10’55” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠PASSOU...

Os versos para ti, cheios do teu cheiro
Que me faziam sentir teu doce palpitar
Não mais estão na prosa como roteiro
Nem a tua privação faz o verso chorar
O soneto restaurado, canta por inteiro
Sem se interessar com o árduo pesar
De outrora, e não mais um prisioneiro
Do poema doloroso, o sofrente poetar

Passou... e hoje, refeito, tão satisfeito
Com a tal alegria que faz a gente crer
Que aquela paixão, já não dói no peito
A sensação do tempo parar, acabou
Ser teu já não mais tem algo para ter
Fica a certeza do amor por ti, passou!

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
18 março, 2024, 16’42” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠Vão-se-me

Dos versos para ti, dantes, nada existe
A lembrança é algo de um pouco valor
A poesia, vazia, está sem aquele amor
Que um dia foi certo, da poética saíste
Porque assim como chegaste, partiste
Cessando o peito que batia com ardor
Sangrando n’alma, criando tom de dor
Na prosa, chorosa, suspirante e triste

O tempo anda, a emoção sai do cais
E a sofrência apenas lesão no sentir
E o coração atrelado em outras elos
De quanto foi outrora, nada tem, mais
Nada, daquela sensação, só o resistir
Vão-se-me uns após uns, dos flagelos.

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
14 abril, 2024, 12’04” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠FADO

Poeto triste cansado, inspiração vazia
Os versos sangrando de muito sentir
Atrás duma atração dentro da poesia
E que não pude na poética conseguir
Na ilusão, imaginei, ideei noite e dia
Sem nunca da rima sentimental fugir
Fraquejar, não, pois a fé o meu guia
Na narração a melancolia vem residir

Poema exausto, sussurrante, lento
Cheio de censura, dor, de lamento
Saem da prosa em soturna fornada
Assim o desengano grifa o conteúdo
Cutucando a alma com canto agudo
E em um talvez, não encontrei nada!

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
15 abril, 2024, 19’44” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠VERSOS MURCHADOS

Pelo soneto saudoso vou versejando
Verso choroso de emoção carregado
E pela poética a agonia vai passando
Suspira, sussurra, ah! sentir danado!
Trova e canta o canto, assim, rimando
Com a rudeza do vazio, tão atordoado
E a alma do sentimento vai murchando
Deixando sem comando o ritmo do fado

Guarda escondido dentro desta poesia
Um tesouro de amor, outrora de alegria
E, a paixão de um romântico coração...
Nem se compara os dias tão elevados
Versados aqui sem reação, despejados
Murchados e, sem qualquer percepção.

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
23 abril, 2024, 19’45” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠ERRO NOS SENTIDOS

Enfim, posso suspirar! Eu já chorei
Os versos chorados de quem sente
Com poética amargurada, presente
No sentimento do amor que tentei
Se tudo foi só ilusão. Eu já nem sei
Se foi minha, ou da sina. A cadente
Emoção, que doravante é ausente
E, que dói no coração. Não ansiei!

É assim, meu aperto, eu, que vivera
No engano da possibilidade perdida.
Do afeto, o erro nos sentidos impera
Então, minha sensação, vive ferida
Que, pra não amargar, antes valera
Estar no querer por toda uma vida!

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
05 maio, 2024, 17’25” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol