Versos Com Rima Para Os Dias Dos Pais

Cerca de 47055 versos Com Rima Para Os Dias Dos Pais

Teus
versos
em
vertical,
não
caem:
Crescem,
posto que
O
tempo
é
espiral

Sinceridade em versos

É muita simpatia
Para pouco sentimento
Me deixa com a minha grosseria
Porque o que eu sinto eu não invento

É muita delicadeza
Para pouca sensibilidade
Me deixa com a minha franqueza
Porque no meu expressar não há falsidade

É muita amizade
Para pouca parceria
Me deixa com a minha individualidade
Porque na nossa relação haverá pouca fotografia

É muito sorriso e evento
Pra pouca manga arregaçada
Me deixa com o meu argumento
Porque ele vai além da companhia na balada

É muita doutrina religiosa
Pra poucas relações verdadeiras
Me deixa com a minha dedicação silenciosa
Porque ela vai além de algumas bandeiras

Pra finalizar com os meus versos
Vou dizer-lhes mais uma verdade
Sentimentos, garanto-lhes, tenho diversos
Porém todos abusam da espontaneidade

Graça Leal

⁠Dos versos meus um pouco de você,
que pena não percebeu.
Desejei fazer seu coração queimar
com um poema meu,
mas estava tão ocupado que não percebeu.
Deixou o tempo passar,
enganoso coração fez você fraquejar.
Iludido com muito pensar,
deixou passar o amor que era seu.

Poesia de Islene Souza

⁠Sob os olhos de candura
Deita-se em resplendor.
Canta em melancolia
Versos de saudade.
Que há de ser do amanhã
Quando o horizonte chegar
Sem ninguém ao lado
Para tudo se compartilhar?

PRA VOCÊ

Olhando pro seu sorriso eu poderia milhões de versos escrever, contemplando os seus olhos, com poesia tentei os descrever, mas não consegui, pois és muito linda e beleza é o que não falta em você.
Queria com o sol de comparar, mas infelizmente ele se escondeu do brilho do seu olhar, queria com as estrelas sua beleza comparar, mas elas fugiram quando as fui observar.
O que faço, não posso te descrever, queria que houvesse algo para comparar a você, mas o que posso fazer?
Em um ato de desespero, te comparei ao brilho dos diamantes do mundo inteiro, mas não eram suficientes, percebi que não tinha jeito, acabei por desistir, mas saiba que tentei e vou ficar aqui, só desejando te ter pertinho de mim.

Silêncio

Faz tempo que não escrevo,
Estou no momento averso
Onde os versos não escarnam,
A voz se calou, o papel
Rasgou.
Fiquei como surdo,
Fiquei mudo,
As mãos não consegui
Mostrar o que existe
Na alma.

⁠🌚Uma pedra preciosa que cabe na palma da mão.
Transformando versos em uma única versão.
Antologia poética.
Turmalina. 📕

te escrevi
versos tristes
so para tu ver
o que tu fizestes comigo.

Não nasci para o comércio:
não sei comprar nem vender,
sei apenas fazer versos.

Não são apenas versos

Poetando a sintonia de meu coração
Em ritmo de olhares e singelos gestos
Sem pretensão, a não ser minha emoção
Nas reticência, não são apenas versos

Em cada rima, em cada trova
Momentos de pura demonstração
Em formas de pensamento, prova
Que não são apenas versos, paixão

Se o poema grifa lágrima no reverso
Da ausência de seu sorriso, nos dias
O sentir também não é apenas verso
São presentes de ter-te aqui, alegrias

Nunca é tarde para poder lhe expressar
Que o que sinto vai além do universo
Trais amor, companhia, sede de beijar
A toda hora... E não é apenas verso

Sendo assim fica e vem pro meu lado
Ponha os afetos na alma submersos
Faz do meu sorriso no seu calado
Pois aqui não são apenas versos

(É o amor em verso alado...)

Luciano Spagnol

VERSOS DE AMOR

Você é tudo aquilo que desejei
tudo que sonhei
e que me faz viver
me faz sorrir, ao te ver...
Com você,
não penso em mais nada
a vida é uma só estrada
você! Afeto tão amado
sonho tão sonhado...
Este teu jeito leve me fascina
teu carinho, meiguice, uma sina
com beijos quentes, me delira...
E nos teus braços ouço a lira
da paixão, tocando pra nós
embalado por tua doce voz...
O toque de sua mão
acelera o meu coração,
o teu cheiro é de terno sabor...
Sem duvidas, és o meu melhor.
Poetados nestes versos de amor.

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
agosto de 2018
Cerrado goiano

VERSOS DE AMAR (soneto)

O poetar que sofre, desgarrado
Da emoção, no exílio sem pejo
Da inspiração, ali tão separado
Calado, e sem nenhum desejo

Não basta apenas ser criado
Moldado na doçura dum beijo
Nem tão pouco ser delicado
Se o cobiçar, assim me vejo

O poetar que tolera, e passa
Sem se compor com pureza
Não há quem possa ele criar

E mais eleva e ao poeta graça
É trazer na poesia a grandeza
E a leveza dos versos de amar.

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2018, outubro
Cerrado goiano
Olavobilaquiando

VERSOS E REVERSO

Retornei ao ponto de partida
Vou procurar por outra saída
Para este desenlace de amor
Mesmo que possa dar em dor

Vou estar na posição oposta
Qualquer que seja a proposta
De não esquecer o seu olhar
Ainda que eu esteja a lhe amar

Vou voltar a ser o que era
Sem ter que ficar na espera
Destas almas se entenderem
Transformadas em quimera

Meu coração vai ser o revés
De minha vontade, ao invés
De correr para seus abraços
Vou é estar em outros laços

Desmistifico nestes versos
O avesso de meus sonhos
Estes pesadelos enfadonhos
Pra harmonia que proponho

Não quero opor a verdade
Que hoje fala meu coração
Com toda sua ambiguidade
Pra não reverter à situação

Hoje eu quero o anverso
De um amor no reverso
Pois eu vou ter e mereço
Por um amor com apreço

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
sábado – 17/05/2008
Rio de Janeiro

Amor com pimenta

Tantos poemas
Chorados
Tantos versos
Acabrunhados
Feitos nos proveitos
Da imaginação

Agora aqui estou
Imergido
Em pleno voo
De letras servido
Esperando
Uma nova emoção

Chega de vazio
Vazio leito
Peito vazio
Solidão como sujeito

Eu só queria
Poder compor
Afeto na caligrafia
Sem os rabiscos de dor
E nem porfia na teoria

E assim, uma canção
Que fale
Que ouça
Não cale
Respire
Suspire e esbouça
As videiras do coração

Compassivamente
Servindo-me de poesia
Verdadeiramente...
Sedenta!
De amor com pimenta.

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
23/04/2016, 09'09"
Cerrado goiano

SONETO À DEUS

Louvor, Senhor, meus versos são pra ti
Ainda que os homens te vejam ausente
E os olhos mortais, no pecado pendente
O meu crer te demanda por toda a parte

Tu que habitas o amor, nos céus assente
Tenhas compaixão de mim, ó Pai baluarte
Alveje a minha razão pra assim adorar-te
Evitando coração perverso, vorazmente

Que és necessário pra eu ser comparte?
Nos ensinamentos e, assim, cabalmente
Envolvendo de luz numa fé que me farte

Oh! Dá-me conselho ao corpo e a mente
Pra a alma, que não morre, o céu dessarte
E me conduz à Tua vontade, integralmente

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
31/03/2017
Cerrado goiano
Em agradecimento

ALGUNS VERSOS (soneto)

Alguns versos vazios, diáfano, me espiam
Atrás da luz natural do cerrado afogueado
Inquietos no quase nada do olhar fustigado
Em pé ao fundo da vastidão que os afaziam

Vejo o sol avermelhado, ali tão angustiado
Entre as quaresmeiras que no clarão, cerziam
Criando ilusões que nas saudades doeriam
Em silêncio, que um dia no peito foi tatuado

São letras ocas de um entardecer perverso
Que tenta brotar de um devaneio imerso
À tona em trova de lágrima da recordação

De fora do presente, tão vário é o universo
E eu pareço apenas durar no meu reverso
De cujo alguns versos escorrem da solidão

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2017, abril. 05'40"
Cerrado goiano

ÚLTIMOS VERSOS (soneto)

Na poesia luzente, hoje triste e fria
Onde os versos eram para a gente
Na poesia feliz, que ti trovei um dia
Para sonhar, já perece, eternamente

Achei (ia perpetuá-la) à nossa valeria
Intocada a rima de amor contundente
Aquele olhar, sussurrado em melodia
Que nos fez delirar a alma ferozmente

E doravante, chora, a prosa na solidão
Que, outrora, era de convivo tão leve
Agora, cheias de rancor e de embraço

Aquele abraço que escrevia emoção
Que trazia sintonia, e hoje tão breve
Ó inolvidável amor, desatou-se o laço!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
27/03/2020, 10’57” – Cerrado goiano

⁠Ave Poeta

Voa, voa, ave poeta
Paira pela imaginação
Leve contigo cada meta
Do coração!
De versos e palavras
Pouse na tua criação
Ouse, chore e voeje
Ave poeta! ... emoção
No que a alma rege
E todas na sensação

Voa, voa, ave poeta
Paire pelos amores
Siga por tua reta
Do longo caminho
Cante o canto poeta
Com sonho e carinho
E, põe-te a trovar
Vai-te do teu ninho
Passa o passado, no ar
E vai-te bem mansinho
O que mais vale é voar
Então. Eu passarinho....

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
22 de junho, 05’45”, 2021 – Araguari, MG

POÉTICA CONFISSÃO

Leia-te nos meus lhanos versos singelos
Que o meu coração tem para te poetar
São talhados com tão aguçados cutelos
Da minha inspiração, para lhe ofertar...

Tem amor nos detalhes, e nos paralelos
Do desejo, almejo, e sentimento a arder
Deixa dar-te em pensamentos donzelos
Encanto, tal o luar dum impar anoitecer

Estes foram feitos para ter-te sensação
Afagos, beijos, e muita, muita emoção
Pois, o verso guarda o amor enamorado

Então, amo-te demais, e mais a paixão
E, em prosas puras para ti, essa canção:
- a poética confissão de um apaixonado!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
19/09/2021, 05’38” – Araguari, MG

⁠Versos de um amoroso

O Amor, que é, poeta a amável hora
Sonoro olhar que, n’alma, reverbera
A própria Glória que, no sonho mora
Significado encantado da primavera
O Amor, que é, ao coração incorpora
Os versos cheios de singular quimera
Entristece, alegra, também, ri e chora
Que na emoção tem verdade sincera

O Amor, que é, tem eterna inspiração
A canção que canta o canto da paixão
Que espera, esmera e tem tom maior
O toque que seduz, e que tem nome
E sobrenome, tem o beijo com fome
E todo dia, abrigo, Amor que é Amor!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
25 setembro, 2023, 14’10” – Araguari, MG
*paráfrase Vasco de Castro Lima