Versos Com Rima Para Os Dias Dos Pais

Cerca de 47054 versos Com Rima Para Os Dias Dos Pais

Percepção dentro do compasso
Honro a missão, com rimas em aço
Microfone na mão, buumm, estardalhaço
O riso e o choro do nobre palhaço
Meu suficiente são rimas no pente
Assim represento toda minha gente!

Inserida por alkamuzy

Diria até que você é pura poesia,
ou uma divina sinfonia,
me alegrando, e a todos, com maestria,
tal qual as mais belas deusas,
além de qualquer mitologia

Inserida por daniel_rosa_arte

Fumaça


Tudo sei, tudo conto;
nada sinto, nada vivo.
Sou apenas corpo a dançar pelo trilho.

E o trem vem chegando,
apitando apressado.
Meu rodopio é longo
e desengonçado.

E me assusta quando apita
E me angustia quando apita
E me corrói ao apitar
porque não tenho como escapar.

Inserida por sinestesiam

Pesadelo

Acordo suada
com coração acelerado.
A porta está lacrada
e, o medo, ao meu lado.

Tudo que vejo é nada;
nada é tudo que vejo.
Vejo apenas nada,
sinto apenas medo.

Cavo com dedos já sangrentos
o teto onde piso.
Estou presa num cubo e lento
é meu movimento não-liso.

A escuridão me consome,
luto, agonio, rejeito, atrofio;
mas o vazio preto me come,
na podridão me crio.

Inserida por sinestesiam

Boneca de Pano

Que tal ficarmos na nossa?
Que tal fingirmos tudo?
Será que fazer vista grossa
vai silenciar o sofrimento não-mudo?

Sou marionete num jogo adulto,
vejo cordas a sufocar corações em luto.
Enceno a peça teatral perfeita
onde não sei pra que fui feita.

Todas vezes que o vigário traiu
fui atriz secundária;
a principal foi ilusão em navalha
e, a mensagem, mera falha.

Mas me libertarei.
Despedaço, destruo, desintegro
o frágil pano do qual me criei.

Inserida por sinestesiam

EU LABIRINTO

Minha mente é um labirinto
entre!
E se perderá
Não queira mofar
Nas elevadas confusões
Em minhas indecisões
Sentado num chão
Caído em círculos
Fruto da dialética
Da saída, Não sentida
Rápida despedida
Lembrança apoiada
Em travesseiro inquieto
Se te olho me desperto
Se me esbarro, lembro
E se me perco, me encontro
Sou assim
Se quero dou as pistas
E você encontra o caminho
Entre tantas
Inacabadas saídas

Inserida por lisandrapereiraFS

FANTASIA DE CRIANÇAS
A magia dos cinemas
Os deixa á imaginar
as crianças da cidade
Vivem a fantasiar
Pra molecada da fazenda
Aventura é o que há
E nos tempos de chuva
Não há mais o que inventar.

Na hora do pôr-do-sol
As brincadeiras na fadiga
Vamos nos preparar
Para a hora da cantiga.

Inserida por lisandrapereiraFS

Atrevida

A ausência é atrevida
Frívola intrusa
Desmerecida
De mera atenção sequer
Uma pena é espaços
De difícil ocupação
Pois procuramos matérias
Da mesma qualidade
E mesma dimensão
Mas desde que o mundo é mundo
Quando a terra se apaixonou pelo céu
Se sabe
Que até melhor se encontra
Mas nunca igual
Pois a forma feita a ferro
Molda, levada a criar
Volta a esmaecer
E o ferro criador
Com grande potencial
De inúmero valor
Criar, peças únicas faz
Aquece e funde
Para a nova fórmula
Poder, capaz-se tecer

Inserida por lisandrapereiraFS

Incógnita.

Tão perfeita e sinistra
De mecanismo circular
Tudo é independente
Das mãos humanas, a trabalhar
Natureza misteriosa...
Tu me fazes pensar
Que o mais sábio
É o nosso Deus
Que a este mundo tenebroso
Veio embelezar
Quando do verbo fez real
E a ti, se pôs a desenhar
Matemáticos eficientes
E cientistas inteligentes
Ainda procuram...
Tua formula desvendar.

Inserida por lisandrapereiraFS

METAMORFOSE

Afogada em seus mistérios
Escapando a cada nado
Num infinito de mansidão
Das presas selvagens

O seu olhar profundo
Que só pertence á ti
No teu semblante
Os teus cabelos balançam

Como borboletas
Que voam
Que pousam
Que adormecem
Me enlouquecem
Numa freqüente metamorfose

Inserida por lisandrapereiraFS

ROSAS DA COR DO MAR

Há um caminho, já percorrido
Hum tão tempo
Se não me falha memória
Cujo chão é cor de rosa

Na arena tem estrelas
Soltas, desprezas
Lá no céu há branco paz
Nesse ar desatado ...

As sujeiras por sua vez
Não podiam faltar
Afinal, qual lugar
Que tem uma marca pra deixar
Não deixam...
Sujeiras rosas nesse mar

Inserida por lisandrapereiraFS

SOL DE VERÃO

As paixões de verão
São quentes como sua estação
Sentem sua leve brisa
Veem as estrelas frente ao mar
Ao som das ondas
Dos coqueiros á bailar

As paixões de verão
Se sujam na areia
Enquanto á maré amansa
Correm descalças na praia
E na areia ?
Deixam pegadas e nomes
Na areia molhada
Abaixo da Lua
Que clareia o caminho

As paixões de verão
Criam situação
E adoram a pista de skate
Mesmo sem saber
Uma manobra sequer

Essas paixões mapeiam a praia
De norte á sul
Sobem no posto salva vidas
Só pra olhar o mar
Mesmo com medo
De tudo desmoronar

As paixões de verão,
São leves, rápidas e passageiras...
Assim como sua estação
Areia, mar e palmeiras.

Inserida por lisandrapereiraFS

Viagens ilusórias!

Faça chuva ou faça sol
Vejo no fim do túnel um farol
Que parece que nada é
Pois no fim tem um Zé Mané
Quando saio nada tem
E o Zé Mané não era ninguém
Fui de verdade muito enganada
Por uma simples sombra projetada.
Eu sei como é bela
Uma fronteira sem janela
Que tem rios por todo lado
E uns sapos esmagados
Os animais inferiores
Morrem fácil pros predadores.

Sei que na lua não vou chegar
Pois não consigo alcançar
Por isso vivo na tristeza
Mais vivendo aqui na natureza
Eu sou aquele que as mina pira
Prazer meu nome é curupira.
Descobri como acabar com aquecimento global
Só usar extintor de incêndio nesse sol infernal
Vamos fazer coisas boas pro mundo
como jogar videogame e assistir Naruto
deixar o mundo feliz e sem poluição
por isso de muitas coisas teremos que abrir mão.

Inserida por lisandrapereiraFS

QUEM NUNCA?

Quem nunca passou um dia
Pelo que vou lhes contar
Pode rir da minha cara
Sem medo do que possas
E acontecerá
Pois dessa vez, eu permitirá

Quem nunca passou um dia
Por essa situação
Lhes tiro o chapéu
E estendo minha mão

No dia que eu lhes contar
Me conte sua versão
E então veremos
De pressa sem demora
Em que se findará
Toda essa estória

Inserida por lisandrapereiraFS

P[R]O[BL]EMA

nenhuma técnica/método
receita bulário
segunda via feita a papel carbono
xerox reconhecida em firma
rúbrica a punho
sequer ensaio para a cegueira
qualquer poliqueixa minha
qualquer cólera
qualquer resultado
não é mais que
poema
único num

teorema do exercício de ser
todo dia um poeta que firula
a inquietação

condicionado à metáfora
programado em rima

aos vocábulos que rodeiam:
sou quase todo ilha

Inserida por fabricio_hundou

Pela Lei

Eu não tenho que falar contigo.
Não me chama de amor.
Compreendi mas não me importo com tua dor.
Tu nunca mais serás possível abrigo.

Te odeio. Tu mentiu!
Não escutarei nada que disser
pois me causará febril
estado de ser.

Te anule e nem assim me importarei.
Só quero que cale a boca e suma!
Sou a inquebrável lei
e, tu, frágil pluma.


Enferma

Não vou voltar!
E, se voltar, não vou ficar.
Não, não, não. Tu pinicas
minha pele, como enfermidades finitas.

Se caso me curar,
longe de ti quero estar.

Tortura

Não sei porque te aguento,
nem como. Pra que serve
minha diminuição-lamento?
Tu diz me amar mas quando teu sange ferve
me torno tudo aquilo que não presta.

É falta de consideração o jeito
que me tratas. Agora a fresta
fresca aberta nas vísceras minhas dói feito
as ardentes palavras por ti proclamadas.

Inserida por sinestesiam

Incontáveis vezes apertei o play
Para ouvir a voz de quem não vem
Imaginando se com você me enganei
Doçura e carinhos excessivos, em silêncio desaparecidos
Ainda assim, despertam aquele desejo proibido
No delírio do ardor
Despercebi que morcego não beija flor
Sem pena, é apenas predador
Ingenuidade pensar ser verdade
Que você seria raridade
Igualmente a todos
Satisfez tua vontade
Somente mais um voo em minha paisagem
Só mais uma rima na minha viagem.

Inserida por CristinaMarafiga

Pseudomoda

Fácil seria se tu me odiasses,
mas não tenho a coragem necessária
para adotar outras faces.
Te quero bem perto e bem longe, emoção hilária
esta! Tu já estás imersa em meu ser
e canta numa distância saudosista. O que adianta
te querer como quero, se essa mista
vontade-amor-dor já é finalista
nesse concurso de identidades não-santas?
Berrantes, eufóricas, barrocas, eu-fora
do eu-dentro. Adentro o pseudo-eu
que sou eu mesma. Perco-me nesse desfile
cruel, frio, pegajoso, estridente.
Pois não sou nada,
mas sou todas concorrentes.

Inserida por sinestesiam

Capa de chuva num dia ensolarado
porque, no altar, forte é a tempestade.
De acordo com o combinado,
os membros todos vestidos de ambiguidade.

Na igreja eles rezam, rudimentam-se e roem
suas próprias vísceras. Comida não há
e a sanidade os destrói.
As portas de madeira, lacradas. Lá
no céu, os portões enferrujaram.

“O altar está em chamas!
Socorro! Não quero morrer
tido como louco!”

“A água benta evaporou!
Deus, me perdõe
mas para o inferno sei que vou!”

E berram até perderem a voz
aqueles que não desmaiaram de pavor.
Morrerão, sim, todos. Nós
assistiremos tal sacro-divertimento sem respingo de dor.

Inserida por sinestesiam

A poesia é um gemido da alma não precisa que os verbos concordem.
Quer ser vista a todo custo e faz barulho para incomodar.
Nem gosta muito de rimar.

Inserida por TYMonteiro