Versos Com Rima Para Os Dias Dos Pais
Hoje, neste dia muito especial, dia de receber aquele abraço e mais importante de dar aquele abraço,dia de esquecer as diferenças e agradecer, agradecer por momentos bons e ruins, bem como, pelo aprendizado adquirido de tudo isso, venho aqui desejar a todos meus familiares e amigos um Natal cheio de esperança, saúde e reflexões, um Natal de amor, de singularidade e de igualdade,um Natal de renascimento e de renovação.
🌲FELIZ NATAL🌲
O amor é substância
O amor é instante fugaz...
é eternidade,
eterna idade de amar!
O amor é corte na carne...
é cura,
é o alívio desta vida dura!
O amor é a dúvida...
é a certeza absoluta,
é o descanso,
é a luta!
O amor é a ida,
é a volta,
a chegada,
a partida!
O amor é a ânsia,
a instância,
a constância,
a substância
da vida!
_____ angela dias.
Eu e meus confins
O que vês
de mim é só
o que te permito saber...
Minha tez
esconde quissó
dos enroscos do meu viver...
A ponta
Não dá conta
Do tanto submerso do meu ser...
Ninguém sabe
Do que me componho,
Do tudo ou do que nada cabe
Neste abismo medonho
Sou eu nos confins
De mim...
_____ angela dias.
A DOR DA FOME
a dor da fome rasgava suas carnes como já rasgara ontem e antes de ontem.
não morrera ainda porque sempre há um naco de alguma coisa que alguém lhe dá.
não ficara a vida inteira na espera da esmola, não, batera muito martelo, batera muita marreta nesta vida marrenta.
houve labuta, muita luta, muito esperneio...mas o cansaço veio e lhe pegou de jeito, bem feito.
por que não lutou mais? Afinal, as oportunidades são iguais, basta querer- diziam-lhe.
"oh gente sem entendimento que não vê que as portas que se abrem, não abrem pra gente da minha cor... incolor, invisível!" - pensava.
Elas precisam ser forçadas...
a dor rasgava suas carnes como já rasgara ontem e antes de ontem.
a dor do abandono consumia as poucas forças que lhe restavam...
abandonado... em que estado!
_____ angela dias.
Lamúrias
Deste amor que dilacera minh’alma
Pouco vivido, que de tão vívido, não traz calma.
Tanto fez sofrer e que nem o tempo o deixa morrer.
Quantos, porquês!
Que chega a sangrar e doer, sem convalescer.
Da lamúria intermitente, que inquieta a alma vivente.
Mesmo assim, como uma sobrevivente, deste sofrimento persistente, que deixa a alma doente e insuficiente.
Que nunca a permitirá em paz viver.
E que ainda assim, o viveria, de tudo e todo. Pois prisioneira sou, e sem nenhum esforço, me afogo nesse poço. Onde me perco pouco a pouco.
Por Léla Dias
"Eu acordei,
Me levantei,
Coloquei uma camiseta,
Tomei meu “café”,
Olhei pela janela...
E vi mais uma vez o mundo se acabar."