Versos com Rima
O ser humano, só olha o próprio nariz
Esquecem até de suas raízes
Se tá financiamento ótimo
Não tem amor ao próximo.
Mudei a arquitetura lógica e a ótica
Por ter luz própria
Virei incógnita
Apaguei estrelas mórbidas, após botar o Ceará na órbita
Sou como Hipócrates pra hipócritas no mic
Poeira cósmica, o que come os hóspedes do hype
O pai é rápido demais
Um chips sobre um beat é hit
Sobre o feed, need for speed
Eólica suprime
Deixa energia tóxica pra trás
Ideias avançadas causam mortes cerebrais
No meu ramo, rimo sem suportes cardeais
Múltiplos sentidos, nunca perco o rumo
Remo ao norte dos demais, bye
- RAPadura Xique-Chico
Cinesia da vida
Vivo entre o caos e a poesia
Navegando entre a tormenta e a maresia
Ontem eu era noite, hoje sou dia
Mas amanhã quem sabe? Eu seja uma heresia
Servindo à vida com cortesia
Aproveitando a euforia e a ousadia
Enquanto aguardo o fim da minha estadia
Nesse mundo, meio fantasia.
"Quando estou triste, rimo;
Faço das rimas arrimo,
Tiro das pedras o limo,
Dou-me um presente, um mimo,
Um novo poema."
↠ Flor de salsa ↞
Pequena flor a desabrochar
entre o verde, a cor alva
branca, como o branco do olhar,
fez-se sensível para ressalva
em rima graciosa,
da parte exótica da salsa.
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Mirrada plantinha,
no vaso da janela… dava graça
outrora: a sementinha,
agora: pétala que se desfaça
na fina erva flor de salsa.
Sinto-me muito só, sem alento ou afeto
E chego ao fim, sem nenhum projeto
Procurei amor, paz e calmaria
Mas nada encontrei nessa jornada vazia
As vitórias foram poucas, as derrotas muitas
E agora me despeço, sem mais lutas
A solidão me cercou como uma prisão
E eu me rendo, sem mais uma razão
Busquei amigos, sonhos e alegria
Mas a vida me levou para outra via
Perdi batalhas, perdi a confiança
E agora me despeço, sem nenhuma esperança
Nua e crua
Céu negro
Lua coroada
Olhando de
Baixo para
Cima, vejo
Essa perfeição,
Não faço poemas
Faço poesia sem,
Rima, nua e crua.
SINTO - Parte 1
Sinto a mudança comigo, pra que eu finalmente seja
Sinto enxurrada de ideias que vem da mente e transborda pela caneta
Sinto aprendizado, sinto bom senso
Me sinto a deriva, sinto o favor do vento
Me sinto pequeno numa onda grande e sombria
Sinto esperança porque o mar abriu um dia
Sinto paz, sinto revolta, sinto rancor as vezes
Sinto sentimentos que gestavam a mais de nove meses
Sinto o sabor de saborear outra boca
Sinto que tudo muda nessa vida loka
Me sinto pressionado, mas sigo sendo
Não inventaram nada a prova de tempo
Sinto armadilhas sussurrando e me faço de surdo
Me sinto o alvo predileto do inimigo astuto
Senti, sonhos arriscados, de grinalda e véu
Senti o amargo sabor do doce de mél