Versos com Rima
Nem todo poema tem rima,
nem todo açude é barreiro,
nem todo mato tem rama,
nem todo baião tem tempero,
nem todo matuto é arigó,
nem todo cantor de forró
é de fato um vaqueiro...
SORRISO
Com teu sorriso
Faço verso, faço rima.
Com teu sorriso
Faço conto, faço poesia.
Se me sobra palavras ou até mesmo uma letra faço uma canção
OBRIGADO POR VOCE EXISTIR
TER-TE EM VERSO
Ter-te em verso, em rima afeiçoada
em variado sentimento maravilhoso
cheiro, sussurro, um olhar malicioso
possuir, a ventura, alma enamorada
O amor, este, sem demandas, nada
que traga divisão, e sim um gostoso
beijo, e o fartar em abraço avultoso
deixando a poética toda encantada
Este versejar que busco do coração
na inspiração com suave sensação
com a paixão, a contê-la no acerto
A manter-se tão sentimental, forte
a emoção que traz ao peito aperto
a esperar avidamente pelo aporte.
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
19/11/2024, 14’18” – Araguari, MG
"Vivo a música da vida...
Danço a sua letra...
Como a sua rima...
Bebo a sua melodia...
Feliz, embriagada em notas, cifras e acordes...
Eu parto um dia!"
☆Haredita Angel
A arte postal
em poemóbiles
ágeis é a rima
andaluz que em ti
sempre me seduz,
Vem comigo,
vamos escrevendo,
Somos poetas
nos conhecendo...
A rima que se pedala
as palavras dos poetas
nas estrofes é aquela
que se chama bicicleta,
Ela é só para quem sabe ler
sem ver a alma secreta
das coisas e das pessoas
sem oferecer garupa e acerta.
Descrição
Eu pus no quarteto a rima
Coloquei no terceto um não
No dueto não havia a razão
Apaguei tudo: debaixo, acima!
Recomecei em mim, outra vez
Quatorze verso é difícil acertar
Nem sempre decassílabos, talvez!
Deixo - os livres sem pestanejar!
Às vezes as tônicas nem soa
Outras vezes leio - as e arrumo,
Os parcos vocábulos que destoa!
Subjugada a desajeitada atenção
Por ventura, arrisco a perder o rumo,
Sem contudo, descrever meu coração!
Guarde contigo:
rima de sonhar,
verso peregrino,
canção de mimar.
Além continentes:
trilhas poéticas,
poemas amáveis,
rotas contentes.
Doces vertentes
sabem velejar
poesias silentes
sabem mapear.
Alma envolvente:
feita de [mar],
verso continente,
quero te beijar.
Buscando a inspiração
e a rima sonora perfeita
pelos portais do tempo,
fui construir um exílio
na Lua pro meu coração,...
Por não querer nunca
e nem de longe
parecer com este mundo
que exalta quem
aprecia viver sem emoção;
Acariciando a delicada
felina no meu colo,
e tal como a chuva fina
que caindo sobre cidade,
muito além desta tarde
venho te esperando,...
Com todas as mais de mil
e uma noites de amor,
que tens para ofertar
sob a abóbada estrelada
o teu coração me entregar.
Optando assim seguir
por um caminho interior
para que este inverno não
deixe em mim perder
esta primavera em frescor.
Letra do poema
de Lindolf Bell
espalhado no chão,
Rima inabalável,
Canção romântica
tocando na rádio,...
Sonho possível
da constelação,
Maruja pós-abolição,
e estrela-do-mar
no mistério do coração;
Mural artístico
da tranquila cidade;
Atlântica verdade
do verde do Montanhão,
Da Lua a personificação,
dizendo não aos últimos
campos de concentração,
Beijos de namorados
no banco da praça,...
Um futuro de libertação
para a América do Sul
insistindo crer sem ver,
mesmo neste anoitecer.
A dor da saudade
não rima com nada
além do absurdo
que tem crescido,
E anda golpeando
em absoluto
os corações dos filhos
dos presos políticos,
É desse jeito que para
todos assim tem sido,
É da minha janela
que tenho sempre visto:
A consciência não
permite fingir
que não é comigo,
Em pleno Natal
nada se sabe o quê
vem acontecendo com
os presos de consciência,
Não me permito viver
do mal da indiferença,
nada mais se sabe do General.
Diáfana rima que
vai pelas estradas,
florestas, llanos
e andinos páramos,
Assim nos passos
dos imigrantes
venezuelanos
buscando novos
caminhos mesmo
estando esgotados.
Brindados com
a pior ingratidão
que é a memória curta,
Eles se depararam
no Peru maltratados
imerecidamente.
Qualquer mal feito
a um imigrante
não tem reparação,
A minh'alma chora
e o meu coração
está despedaçado
com tanta decepção.
Reclamo não para
alimentar a contenda,
Apenas para que daqui
para frente ninguém
o mal não se repita
e dele não se esqueça.
Não sou um plano
ingênuo ou inteligente
de nenhum Comandante,
Eis me em versos de
mão própria rogando
pela preservação
da vida e a libertação
de mais de um General
e de uma tropa
que se encontram
presos injustamente,
E aguardando em
companhia de milhares
que melhores dias
venham daqui para frente.
No escuro,
Sem espanto,
E com agradecimento
Que no momento
Que me faltarem
A letra, a rima
E o verso:
Sempre haverão
Poetas bem
Melhores do que eu.
Porque desse canto
Muito discreto,
Embalo entre os lábios
O assobio para chamar
A liberdade que sempre
Te pertenceu.
Existe
tipificação
para prisão
sem qualquer
satisfação,
Para o quê
é certo há rima
que não se deixa
capturar,
Quem está
calado,
saiba que
não vou
parar de falar;
Porque são
quatro semanas,
muitos versos
e muitas horas
sem sentido
fazendo fronteira
e mexendo comigo,
E por causa disso
não me permito
neste assunto
não mais tocar.
Cada rima minha
tem a ligeireza
de uma Cutia,
Eu sou Poetisa,
e se você prestar
atenção escrevo
mais de uma
poesia todo dia.
Choro
É ao menos o quê dizem
que nasceu xoro, xolo
e depois virou choro,
e rima com a palavra coro.
Para a alma o Choro
canta e toca mansinho
como o passarinho
e até como o riachinho.
O Choro sempre
tira a nossa cabeça
e o coração
no meio do turbilhão.
O Choro não é somente
sobre a minha ou a sua tristeza,
ele sabe colocar a sutileza
e todas as cartas na mesa,
O Choro nasceu música
para fazer cantar quem estiver
numa festa, numa mesa de bar
ou até junto de uma multidão.
A minha poesia
é Barraca do beijo
sem preço,
Celebro a rima
com o teu desejo
que me brinca
e inteiro te beijo.
Escreve um grande poema!
Mas fá-lo, sem tinta...
Sem rima...
Sem tema...
Sem palavras,
Sem poesia...
Sem métricas!!!
Nem fantasia.
Antes, teu ser, o escreva,
Amando, teu próximo...
De modo, que esse poema, ele em ti veja...
E diga:
Este ama...
E não me engana!