Versos Colega de Aula
A alienação levou o aluno que tirou 1,5 na prova que valia 10,0 sair mostrando a folha para todos da classe e sorridente como se fosse o mais feliz de todos. "Pagando de bandidão"! Se tal aluno não tem objetivo nobre com minha matéria e minha aula, não posso perder o meu. Pois o seu é bagunçar e desrespeitar, mas o meu é fazer valer o dos responsáveis.
Antigamente até o velho clássico no futsal, entre professores e alunos, era uma extensão do massacre da sala de aula, hoje só os alunos ganham.
E tudo de ruim na educação e por tudo que não deu certo, a culpa é imputada ao professor que está em regência na sala de aula sempre lendo na cartilha dos coordenadores!
Fico impressionado como alunos de 8º ano não se intimidam diante do professor academicamente superior. Não se pode dar-lhes uma aula expositiva sequer, eles falam demais, interrompendo a todo instante para mostrar que sabem mais, e não precisam de nada: Aliás só de nota.
Devemos fazer com paixão as coisas que nos são dadas. Mas o que é paixão? Desejo passageiro? Percebo que em muitas aulas ministradas sinto paixão naquilo que faço, contudo esse desejo não é passageiro mas alimentado pela vida.
Um Professor por excelência deve ter duplo reconhecimento, pois, imprimem em nós, pérolas que ninguém jamais poderá roubar.
A coordenadora gosta de ensinar o professor a ministrar suas aulas, mas quando falta algum, ela não sabe o que fazer.
Diante da concepção de que não há uma metodologia única capaz de contemplar a diversidade de uma sala de aula, acredito que não há educação significativa, se a mesma for dissociada da realidade do aluno, e muito menos se a mesma não for focada no desenvolvimento integral, que seja capaz de perceber a individualidade do aprender que cada discente trás consigo e precisa ser apropriado por ele.
Educar de forma significativa é compreender a dualidade, informação e conhecimento, para que possa planejar tendo como norte as dificuldades que se apresentam na realidade vivida em sala de aula.
Quem enxerga a excelência na educação olhando para os resultados, obtidos pelos alunos, em avaliações externas, não consegue ver que em uma única sala de aula, exite uma enorme diversidade e ignora a forma particular que cada um possui no processo de aprendizagem.
MONÓLOGO – vem do Grego MONOS, “um” e LEGEIN, “falar”. Indica que uma única pessoa é responsável por nos impor uma série de argumentos, sem ouvir outras partes. As aulas não podem ser um monólogo por parte d@s professor@s! O diálogo é fundamental!
Talvez os erros das pessoas sejam de pensar que precisa de muito pra conquistar algo, mas as vezes o necessário é suficiente.
Professores no sistema, reduzidos a analfabetos funcionais, por alunos ativistas de causas alheias: Fazendo de qualquer tema um torturante debate. Pobre aula de filosofia.
Ensinar para inspirar envolve algo a mais que reproduzir o conteúdo, envolve colocar-se em condição de igualdade com o educando, ao seu lado, sem hierarquias, sem padrões estereotipados de alguém que sabe e de alguém que não sabe.
Ensinar por ensinar se refere quanto ao agente educador se concentrar fortemente no método, no conteúdo e nas horas-aula em detrimento da sintonia com o estudante, do fato de fornecer sentido para a aula.
Penso que não dá mais para imaginarmos o ser humano como um predador, lutando sozinho, olhando apenas para si mesmo, com uma certa dose de egoísmo; temos a necessidade de repensarmos nossas atitudes.