A amizade não precisa de palavras - é a solidão sem a angústia da solidão.
A amizade que reserva segredos não chega a ser íntima nem verdadeira.
A amizade que acaba nunca principiou.
As mulheres fazem habitualmente da confiança a primeira necessidade da amizade.
Quando o amor nos visita, a amizade despede-se.
Um dos principais deveres do homem é cultivar a amizade dos livros.
A amizade apenas encontra a sua plena irradiação na maturidade da idade e do espírito.
A amizade mais perfeita e mais durável é somente aquela que contraímos com o nosso interesse.
A amizade dos livros é uma imitação atenuada da amizade dos homens; não há amigo tão complacente como um livro.
A amizade é um navio suficientemente grande para levar duas pessoas com tempo bom, mas apenas uma com tempo mau.
A amizade de um grande homem é um benefício dos deuses.
A amizade? Desaparece quando o que é amado cai na desgraça ou quando o que ama se torna poderoso.
Querer e não querer as mesmas coisas, eis, afinal, a verdadeira amizade.
O amor e a amizade excluem-se mutuamente.
Há pouca amizade no mundo, sobretudo entre pessoas da mesma classe.
A amizade é simplesmente a amável concordância em todas as questões da vida.
A amizade é o casamento da alma e este está exposto ao divórcio.
O amor destrói. A amizade constrói.
Não preciso me drogar para ser um gênio;
Não preciso ser um gênio para ser humano;
Mas preciso do seu sorriso para ser feliz.
Seiscentos e sessenta e seis
A vida é uns deveres que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são 6 horas: há tempo...
Quando se vê, já é 6ª feira...
Quando se vê, passaram 60 anos!
Agora, é tarde demais para ser reprovado...
E se me dessem – um dia – uma outra oportunidade,
eu nem olhava o relógio
seguia sempre em frente...
e iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas.
Mario Quintana
Antologia poética. Rio de Janeiro: Objetiva, 2015.
Nota: O poema costuma circular pela internet com algumas alterações no texto e com o título O tempo.
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