O amor é muito mais exigente do que ele próprio supõe: nove décimos do amor estão no enamoramento, um décimo na substância amor.
Crenças separam. Pensamentos de amor unem.
É mais fácil perdoar os danos do nosso interesse que os agravos do nosso amor-próprio.
A obstinação nas disputas é quase sempre efeito do nosso amor-próprio: julgamo-nos humilhados se nos confessamos convencidos.
No amor, a dor e a alegria lutam sempre entre si.
O amor grava sua tatuagem na carteira de todo amante.
A constância no amor é uma bigorna que, quanto mais é batida, mais dura se torna.
É necessário ter amor pela vida para o prosseguimento vigoroso de qualquer intento.
Para criar deve existir uma força dinâmica, e que força é mais potente que o amor?
Nenhum gênero epistolar é menos difícil do que uma carta de amor: apenas é preciso amor.
Nada é real, a não ser o sonho e o amor.
O mundo está cheio de amor, graças ao amor-próprio.
O amor, tal como existe na sociedade, não passa da troca de duas fantasias e do contato de duas epidermes.
Ama-se com amor aqueles que não se podem amar de outro modo.
O amor-próprio dos homens é quase tão inflamável como a imaginação.
Como é insuficiente o coração humano! Um longo amor acaba por cansar.
O amor dá-se mal nas casas ameaçadas de pobreza. É como os ratos que pressentem as ruínas dos pardieiros em que moram, e retiram-se.
Nada é mais difícil do que partilhar um amor.
O amor é essa maravilhosa oportunidade de outro nos amar quando já não nos podemos amar a nós próprios.
Como o amor, como a morte, a verdade precisa dos véus da mentira.