Versinho de Amor
Não há sequer
Dentre tantos e poucos
Afável como tu podes ser,
Conquanto discordem outros.
Em tua risada,
Perdoe, vejo-me horas
Esta inquietação por tu causada
Desde teu olhar mais que mil auroras.
Cancioneiro sonhador.
(Marcel Sena)
O cair em um sonho embalado por simples e belas canções
Que por horas seu tempo furtado, ouvindo rimas e versos cantados
Em uma noite embriagada de sensações.
O nascer do sol no cerrado, dando rumos a um refrão.
Aventureiro de estradas, rodando dias e madrugadas
Inspirado por sua amada a sempre fiel canção.
Como um sabiá entoando, um canto por garoa.
O violão implora para que sua voz ecoe.
Cá de longe observo um sabiá a cantar
Num sonho me embalo para sua voz escutar
Saberás que não és sonho, quando aplausos ouvires
Saberás que não és sonho, quando o pranto dos olhos descerem
Saberei que não é sonho, quando a cá regressar
E desperto a dizer, meu cantar venceu por você.
Cuiabá, de setembro de 2016
Meu coração bateu forte no peito
O sangue foi bombeado com mais força
Ficou mais acelerado que o normal!
Somente porque te vi!
Perdão por não lidar bem com o nosso fim...
Mas foram tantos momentos felizes e marcantes
Que ainda tem muito de você dentro de mim
Por isso, só peço que você me entenda
Por favor
O amor demora um tempo até deixar de ser amor
O poeta
Esculpi palavras no entardecer,
Para que o anoitecer seja poético.
Duvido que as estrelas não ouçam,
O canto solto dos meus versos.
Duvido que a alma não sinta,
O brilho lírico que eu desperto.
Esculpi olhares distantes, suspiros...
Suspiros instantes de amor.
Frescor de brisa quente,
Em cálida mente, sente.
Duvido que a noite escura não brancura.
Duvido que d’alma livre não flutua.
Esculpi amor em letras de inverno,
Para aquecer as palavras que profiro.
Duvido que a chuva não varra,
As pálidas gotas vazias de emoção.
Duvido que o poeta não tenha,
A esperança viva pro coração.
E de tanto esculpir sentimentos,
Vejo que ganho leveza ao tocar,
Em cada gesto que vem me abraçar,
Em cada paixão que se faz revelar.
Duvido que o poeta não faça do amor rima.
Duvido que a rima não seja do poeta a amar.
Te amo, te quero, te adoro!
Talvez os momentos que me fizeram chegar até aqui sejam insignificantes.
Talvez para você, não importe.
Mesmo assim, irei te dizer. . .
Dizer que te amo, te quero, te adoro.
Te amo pela forma como você me tem, me conquista, me seduz. Pelas palavras carinhosas e pelos momentos prazerosos...
Te quero ao meu lado para juntos nos aventurarmos no corpo e na mente um do outro. Te ter só para mim, sem divisões, sem ciúmes, sem barreiras, sem nada.
Te adoro pela pessoa que és, não somente por aquela que insistes em mostrar ao mundo. Por ter um grande coração e uma alma pura, que vive loucamente, mas que precisa de amor, desesperadamente...
Então venha, me tenha, me conquistes, já que insistes.
Só não se assuste se durante este processo de conquista e sedução, você se apaixonar por mim...
PAPOS
Numa conversa animada sobre a natureza
Cada qual queria ser um bicho
Alguns violentos
Outros bem dóceis
Eu?
Eu só queria ser uma nuvem
Me deixar levar pelo vento
Ora ser tempestade
Em outro chuva bem fina
Ter a forma que eu quiser.
Elis Barroso
Escrevo
Escrevo.
Escrevo pra sobreviver de noites mal dormidas.
Narro meus dias.
Narro-os pra não me esquecer das tristezas nem das alegrias.
Conto sobre mim.
Conto sobre os outros.
Conto que os amores não são poucos.
Descrevo.
Descrevo o que os meus olhos veem.
Descrevo porque não quero que nada se apague de minha memoria.
Tão solúvel.
E os dias passam.
Alguns lentamente demais.
Outros tão normais.
escrevo pra sobreviver…
sobreviver a essas águas que querem pra sempre me varrer do mapa.
Escrevo pra tornar visível ese fio da minha vida.
Escrevo pra destatuar a dor da minha alma.
Escrevo pois só a escrita me acalma.
se for colher rosas, não tema os espinhos.
se quiser sorrir, aprenda a respeitar suas lágrimas.
se espera por dias ensolarados, aproveite os chuvosos.
se quiser viver o amor, prove um pouco da dor.
se deseja acertar, não se abale pelas falhas.
se procura a felicidade, resista infelicidades.
Não se apaixone por mim.
Meu Nome é Letícia Del Rio,
De certidão de Nascimento,
Nome de vida,
Prazer,
Eu sou a Intensidade.
Não se apaixone por mim,
Vou te fazer sentir o que nunca sentiu,
Vou te mergulhar no meu mundo,
Te eternizar em meus versos,
Vou te levar à lugares e momentos inesquecíveis,
E apaixonado,
Uma hora irá me dizer que vai embora,
Que te sufoco,
Que sou intensa demais,
Embora eu tenha me apressado,
Breve em lhe dizer toda verdade,
Prazer,
Meu nome é intensidade,
Para mergulhar-te,
Em profundo,
Deves me Amar,
Só então encontrará,
Abrigo eterno em meu coração.
Você foi pra mim o maior arrependimento de mim,
Gostaria de ter amanhecido em você.
Meu cérebro não te esquece,
Embora meu corpo se insista em te conhecer,
Coração,
Quase perdendo-te em razão.
O que me ganha,
São as idéias,
Enquanto o físico se deteriora,
Oxida,
A Alma se aviva,
Criativa as palavras,
Despe em versos,
Se acalora,
Palavras inexistentes,
Tornam-se livres,
Liberto-as,
Que se dane o Aurélio,
Que é físico,
Sou um composto de Alma esculpido em versos.
Eu preferia que as pessoas fossem feitas de palavras,
Aparência,
Oxida,
A Alma não,
Mostre-se intrínsecamente,
Para que eu te veja,
E mantenha-se,
Para que eu não me arrependa.
Penso,
Logo,
Não gostaria de existir,
A vida é um fardo,
Um enfado,
Sigo o enredo,
Luz apagada,
Enxergar machuca,
Macera,
Caipirinha de mim,
Logo eu,
Tanto tempo lúcida,
Agora com essa clareza esdrúxula,
Tiro no pé,
Ah!
Mas, qual é,
Neste mundo que te encorajam a ser você mesmo,
Quando realmente se é ninguém acredita,
Tudo máscara,
Enquanto o tempo passa,
Derrubo a ampulheta,
Quebro a taça,
Me esparramo,
Viro arruaça,
Em meio a fumaça,
Apareço,
Adormeço,
Me reconheço.