Versículos Bíblicos
Salmo 62
1 A minha alma descansa somente em Deus; dele vem a minha salvação.
2 Somente ele é a rocha que me salva; ele é a minha torre segura! Jamais serei abalado!
3 Até quando todos vocês atacarão um homem que está como um muro inclinado, como uma cerca prestes a cair?
4 Todo o propósito deles é derrubá-lo de sua posição elevada; eles se deliciam com mentiras. Com a boca abençoam, mas no íntimo amaldiçoam.
5 Descanse somente em Deus, ó minha alma; dele vem a minha esperança.
6 Somente ele é a rocha que me salva; ele é a minha torre alta! Não serei abalado!
7 A minha salvação e a minha honra de Deus dependem; ele é a minha rocha firme, o meu refúgio.
8 Confie nele em todos os momentos, ó povo; derrame diante dele o coração,
pois ele é o nosso refúgio.
9 Os homens de origem humilde não passam de um sopro, os de origem importante não passam de mentira; pesados na balança, juntos não chegam ao peso de um sopro.
10 Não confiem na extorsão nem ponham a esperança em bens roubados; se as suas riquezas aumentam, não ponham nelas o coração.
11 Uma vez Deus falou, duas vezes eu ouvi, que o poder pertence a Deus.
12 Contigo também, Senhor, está a fidelidade. É certo que retribuirás a cada um
conforme o seu procedimento.
Salmo 63
1 Ó Deus, tu és o meu Deus, eu te busco intensamente; a minha alma tem sede de ti! Todo o meu ser anseia por ti, numa terra seca, exausta e sem água.
2 Quero contemplar-te no santuário e avistar o teu poder e a tua glória.
3 O teu amor é melhor do que a vida! Por isso os meus lábios te exaltarão.
4 Enquanto eu viver te bendirei, e em teu nome levantarei as minhas mãos.
5 A minha alma ficará satisfeita como quando tem rico banquete; com lábios jubilosos a minha boca te louvará.
6 Quando me deito, lembro-me de ti; penso em ti durante as vigílias da noite.
7 Porque és a minha ajuda, canto de alegria à sombra das tuas asas.
8 A minha alma apega-se a ti; a tua mão direita me sustém.
9 Aqueles, porém, que querem matar-me serão destruídos; descerão às profundezas da terra.
10 Serão entregues à espada e devorados por chacais.
11 Mas o rei se alegrará em Deus; todos os que juram pelo nome de Deus
o louvarão, mas a boca dos mentirosos será tapada.
Salmo 64
1 Ouve-me, ó Deus, quando faço a minha queixa; protege a minha vida do inimigo ameaçador.
2 Defende-me da conspiração dos ímpios e da ruidosa multidão de malfeitores.
3 Eles afiam a língua como espada e apontam, como flechas, palavras envenenadas.
4 De onde estão emboscados atiram no homem íntegro; atiram de surpresa, sem nenhum temor.
5 Animam-se uns aos outros com planos malignos, combinam como ocultar as suas armadilhas, e dizem: "Quem as verá?"
6 Tramam a injustiça e dizem: "Fizemos um plano perfeito!" A mente e o coração de cada um deles o escondem!
7 Mas Deus atirará neles suas flechas; repentinamente serão atingidos.
8 Pelas próprias palavras farão cair uns aos outros; menearão a cabeça e zombarão deles todos os que os virem.
9 Todos os homens temerão e proclamarão as obras de Deus, refletindo no que ele fez.
10 Alegrem-se os justos no Senhor e nele busquem refúgio; congratulem-se todos os retos de coração!
Salmo 65
1 O louvor te aguarda em Sião, ó Deus; os votos que te fizemos serão cumpridos.
2 Ó tu que ouves a oração, a ti virão todos os homens.
3 Quando os nossos pecados pesavam sobre nós, tu mesmo fizeste propiciação
por nossas transgressões.
4 Como são felizes aqueles que escolhes e trazes a ti para que vivam nos teus átrios! Transbordamos de bênçãos da tua casa, do teu santo templo!
5 Tu nos respondes com temíveis feitos de justiça, ó Deus, nosso Salvador,
esperança de todos os confins da terra e dos mais distantes mares.
6 Tu que firmaste os montes pela tua força, pelo teu grande poder.
7 Tu que acalmas o bramido dos mares, o bramido de suas ondas, e o tumulto das nações.
8 Tremem os habitantes das terras distantes diante das tuas maravilhas; do nascente ao poente despertas canções de alegria.
9 Cuidas da terra e a regas; fartamente a enriqueces. Os riachos de Deus transbordam para que nunca falte o trigo, pois assim ordenaste.
10 Encharcas os seus sulcos e aplainas os seus torrões; tu a amoleces com chuvas e abençoas as suas colheitas.
11 Coroas o ano com a tua bondade, e por onde passas emana fartura;
12 fartura vertem as pastagens do deserto, e as colinas se vestem de alegria.
13 Os campos se revestem de rebanhos, e os vales se cobrem de trigo; eles exultam e cantam de alegria!
Salmo 66
1 Aclamem a Deus, povos de toda terra!
2 Cantem louvores ao seu glorioso nome; louvem-no gloriosamente!
3 Digam a Deus: "Quão temíveis são os teus feitos! Tão grande é o teu poder que os teus inimigos rastejam diante de ti!
4 Toda a terra te adora e canta louvores a ti, canta louvores ao teu nome".
5 Venham e vejam o que Deus tem feito; como são impressionantes as suas obras em favor dos homens!
6 Ele transformou o mar em terra seca, e o povo atravessou as águas a pé; e ali nos alegramos nele.
7 Ele governa para sempre com o seu poder, seus olhos vigiam as nações; que os rebeldes não se levantem contra ele!
8 Bendigam o nosso Deus, ó povos, façam ressoar o som do seu louvor;
9 foi ele quem preservou a nossa vida impedindo que os nossos pés escorregassem.
10 Pois tu, ó Deus, nos submeteste à prova e nos refinaste como a prata.
11 Fizeste-nos cair numa armadilha e sobre nossas costas puseste fardos.
12 Deixaste que os inimigos cavalgassem sobre a nossa cabeça; passamos pelo fogo e pela água, mas a um lugar de fartura nos trouxeste.
13 Para o teu templo virei com holocaustos e cumprirei os meus votos para contigo,
14 votos que os meus lábios fizeram e a minha boca falou quando eu estava em dificuldade.
15 Oferecerei a ti animais gordos em holocausto; sacrificarei carneiros, cuja fumaça subirá a ti, e também novilhos e cabritos.
16 Venham e ouçam, todos vocês que temem a Deus; vou contar-lhes o que ele fez por mim.
17 A ele clamei com os lábios; com a língua o exaltei.
18 Se eu acalentasse o pecado no coração, o Senhor não me ouviria;
19 mas Deus me ouviu, deu atenção à oração que lhe dirigi.
20 Louvado seja Deus, que não rejeitou a minha oração nem afastou de mim o seu amor!
Salmo 67
1 Que Deus tenha misericórdia de nós e nos abençoe, e faça resplandecer
o seu rosto sobre nós,
2 para que sejam conhecidos na terra os teus caminhos, ó Deus, a tua salvação entre todas as nações.
3 Louvem-te os povos, ó Deus; louvem-te todos os povos.
4 Exultem e cantem de alegria as nações, pois governas os povos com justiça e guias as nações na terra.
5 Louvem-te os povos, ó Deus; louvem-te todos os povos.
6 Que a terra dê a sua colheita, e Deus, o nosso Deus, nos abençoe!
7 Que Deus nos abençoe, e o temam todos os confins da terra.
Salmo 68
1 Que Deus se levante! Sejam espalhados os seus inimigos, fujam dele os seus adversários.
2 Que tu os dissipes assim como o vento leva a fumaça; como a cera se derrete na presença do fogo, assim pereçam os ímpios na presença de Deus.
3 Alegrem-se, porém, os justos! Exultem diante de Deus! Regozijem-se com grande alegria!
4 Cantem a Deus, louvem o seu nome, exaltem aquele que cavalga sobre as nuvens; seu nome é Senhor! Exultem diante dele!
5 Pai para os órfãos e defensor das viúvas é Deus em sua santa habitação.
6 Deus dá um lar aos solitários, liberta os presos para a prosperidade, mas os rebeldes vivem em terra árida.
7 Quando saíste à frente do teu povo, ó Deus, quando marchaste pelo ermo,
8 a terra tremeu, o céu derramou chuva diante de Deus, o Deus do Sinai; diante de Deus, o Deus de Israel.
9 Deste chuvas generosas, ó Deus; refrescaste a tua herança exausta.
10 O teu povo nela se instalou, e da tua bondade, ó Deus, supriste os pobres.
11 O Senhor anunciou a palavra, e muitos mensageiros a proclamavam:
12 "Reis e exércitos fogem em debandada; a dona de casa reparte os despojos.
13 Mesmo quando vocês dormem entre as fogueiras do acampamento, as asas da minha pomba estão recobertas de prata; as suas penas, de ouro reluzente".
14 Quando o Todo-poderoso espalhou os reis, foi como neve no monte Zalmom.
15 Os montes de Basã são majestosos; escarpados são os montes de Basã.
16 Por que, ó montes escarpados, estão com inveja do monte que Deus escolheu para sua habitação, onde o próprio Senhor habitará para sempre?
17 Os carros de Deus são incontáveis, são milhares de milhares; neles o Senhor veio do Sinai para o seu Lugar Santo.
18 Quando subiste em triunfo às alturas, ó Senhor Deus, levaste cativos muitos prisioneiros; recebeste homens como dádivas, até mesmo rebeldes, para estabeleceres morada. 19 Bendito seja o Senhor, Deus, nosso Salvador, que cada dia suporta as nossas cargas.
20 O nosso Deus é um Deus que salva; ele é o Soberano, ele é o Senhor que nos livra da morte.
21 Certamente Deus esmagará a cabeça dos seus inimigos, o crânio cabeludo
dos que persistem em seus pecados.
22 "Eu os trarei de Basã", diz o Senhor, "eu os trarei das profundezas do mar,
23 para que você encharque os pés no sangue dos inimigos, sangue do qual a língua dos cães terá a sua porção."
24 Já se vê a tua marcha triunfal, ó Deus, a marcha do meu Deus e Rei adentrando o santuário.
25 À frente estão os cantores, depois os músicos; com eles vão as jovens tocando tamborins.
26 Bendigam a Deus na grande congregação! Bendigam o Senhor, descendentes de Israel!
27 Ali está a pequena tribo de Benjamim, a conduzi-los, os príncipes de Judá
acompanhados de suas tropas, e os príncipes de Zebulom e Naftali.
28 A favor de vocês, manifeste Deus o seu poder! Mostra, ó Deus, o poder que já tens operado para conosco.
29 Por causa do teu templo em Jerusalém, reis te trarão presentes.
30 Repreende a fera entre os juncos, a manada de touros entre os bezerros das nações. Humilhados, tragam barras de prata. Espalha as nações que têm prazer na guerra.
31 Ricos tecidos venham do Egito; a Etiópia corra para Deus de mãos cheias.
32 Cantem a Deus, reinos da terra, louvem o Senhor,
33 aquele que cavalga os céus, os antigos céus. Escutem! Ele troveja com voz poderosa.
34 Proclamem o poder de Deus! Sua majestade está sobre Israel, seu poder está nas altas nuvens.
35 Tu és temível no teu santuário, ó Deus; é o Deus de Israel que dá poder e força ao seu povo. Bendito seja Deus!
Salmo 69
1 Salva-me, ó Deus!, pois as águas subiram até o meu pescoço.
2 Nas profundezas lamacentas eu me afundo; não tenho onde firmar os pés. Entrei em águas profundas; as correntezas me arrastam.
3 Cansei-me de pedir socorro; minha garganta se abrasa. Meus olhos fraquejam
de tanto esperar pelo meu Deus.
4 Os que sem razão me odeiam são mais do que os fios de cabelo da minha cabeça; muitos são os que me prejudicam sem motivo; muitos, os que procuram destruir-me. Sou forçado a devolver o que não roubei.
5 Tu bem sabes como fui insensato, ó Deus; a minha culpa não te é encoberta.
6 Não se decepcionem por minha causa aqueles que esperam em ti, ó Senhor, Senhor dos Exércitos! Não se frustrem por minha causa os que te buscam, ó Deus de Israel!
7 Pois por amor a ti suporto zombaria, e a vergonha cobre-me o rosto.
8 Sou um estrangeiro para os meus irmãos, um estranho até para os filhos da minha mãe;
9 pois o zelo pela tua casa me consome, e os insultos daqueles que te insultam
caem sobre mim.
10 Até quando choro e jejuo, tenho que suportar zombaria;
11 quando ponho vestes de lamento, sou objeto de chacota.
12 Os que se ajuntam na praça falam de mim, e sou a canção dos bêbados.
13 Mas eu, Senhor, no tempo oportuno, elevo a ti minha oração; responde-me, por teu grande amor, ó Deus, com a tua salvação infalível!
14 Tira-me do atoleiro, não me deixes afundar; liberta-me dos que me odeiam
e das águas profundas.
15 Não permitas que as correntezas me arrastem nem que as profundezas me engulam, nem que a cova feche sobre mim a sua boca!
16 Responde-me, Senhor, pela bondade do teu amor; por tua grande misericórdia, volta-te para mim.
17 Não escondas do teu servo a tua face; responde-me depressa, pois estou em perigo.
18 Aproxima-te e resgata-me; livra-me por causa dos meus inimigos.
19 Tu bem sabes como sofro zombaria, humilhação e vergonha; conheces todos os meus adversários.
20 A zombaria partiu-me o coração; estou em desespero! Supliquei por socorro, nada recebi; por consoladores, e a ninguém encontrei.
21 Puseram fel na minha comida e para matar-me a sede deram-me vinagre.
22 Que a mesa deles se lhes transforme em laço; torne-se retribuição e armadilha.
23 Que se lhe escureçam os olhos para que não consigam ver; faze-lhes tremer o corpo sem parar.
24 Despeja sobre eles a tua ira; que o teu furor ardente os alcance.
25 Fique deserto o lugar deles; não haja ninguém que habite nas suas tendas.
26 Pois perseguem aqueles que tu feres e comentam a dor daqueles a quem castigas.
27 Acrescenta-lhes pecado sobre pecado; não os deixes alcançar a tua justiça.
28 Sejam eles tirados do livro da vida e não sejam incluídos no rol dos justos.
29 Grande é a minha aflição e a minha dor! Proteja-me, ó Deus, a tua salvação!
30 Louvarei o nome de Deus com cânticos e proclamarei sua grandeza com ações de graças;
31 isso agradará o Senhor mais do que bois, mais do que touros com seus chifres e cascos.
32 Os necessitados o verão e se alegrarão; a vocês que buscam a Deus, vida ao seu coração!
33 O Senhor ouve o pobre e não despreza o seu povo aprisionado.
34 Louvem-no os céus e a terra, os mares e tudo o que neles se move,
35 pois Deus salvará Sião e reconstruirá as cidades de Judá. Então o povo ali viverá e tomará posse da terra;
36 a descendência dos seus servos a herdará, e nela habitarão os que amam o seu nome.
Salmo 70
1 Livra-me, ó Deus! Apressa-te, Senhor, a ajudar-me!
2 Sejam humilhados e frustrados os que procuram tirar-me a vida; retrocedam desprezados os que desejam a minha ruína.
3 Retrocedam em desgraça os que zombam de mim.
4 Mas regozijem-se e alegrem-se em ti todos os que te buscam; digam sempre os que amam a tua salvação: "Como Deus é grande!"
5 Quanto a mim, sou pobre e necessitado; apressa-te, ó Deus. Tu és o meu socorro e o meu libertador; Senhor, não te demores!
Salmo 71
1 Em ti, Senhor, busquei refúgio; nunca permitas que eu seja humilhado.
2 Resgata-me e livra-me por tua justiça; inclina o teu ouvido para mim e salva-me.
3 Peço-te que sejas a minha rocha de refúgio, para onde eu sempre possa ir; dá ordem para que me libertem, pois és a minha rocha e a minha fortaleza.
4 Livra-me, ó meu Deus, das mãos dos ímpios, das garras dos perversos e cruéis.
5 Pois tu és a minha esperança, ó Soberano Senhor, em ti está a minha confiança desde a juventude.
6 Desde o ventre materno dependo de ti; tu me sustentaste desde as entranhas de minha mãe. Eu sempre te louvarei!
7 Tornei-me um exemplo para muitos, porque tu és o meu refúgio seguro.
8 Do teu louvor transborda a minha boca, que o tempo todo proclama o teu esplendor.
9 Não me rejeites na minha velhice; não me abandones quando se vão as minhas forças.
10 Pois os meus inimigos me caluniam; os que estão à espreita juntam-se e planejam matar-me.
11 "Deus o abandonou", dizem eles; "persigam-no e prendam-no, pois ninguém o livrará."
12 Não fiques longe de mim, ó Deus; ó meu Deus, apressa-te em ajudar-me.
13 Pereçam humilhados os meus acusadores; sejam cobertos de zombaria e vergonha os que querem prejudicar-me.
14 Mas eu sempre terei esperança e te louvarei cada vez mais.
15 A minha boca falará sem cessar da tua justiça e dos teus incontáveis atos de salvação.
16 Falarei dos teus feitos poderosos, ó Soberano Senhor; proclamarei a tua justiça, unicamente a tua justiça.
17 Desde a minha juventude, ó Deus, tens me ensinado, e até hoje eu anuncio as tuas maravilhas.
18 Agora que estou velho, de cabelos brancos, não me abandones, ó Deus, para que eu possa falar da tua força aos nossos filhos, e do teu poder às futuras gerações.
19 Tua justiça chega até as alturas, ó Deus, tu, que tens feito coisas grandiosas.
Quem se compara a ti, ó Deus?
20 Tu, que me fizeste passar muitas e duras tribulações, restaurarás a minha vida,
e das profundezas da terra de novo me farás subir.
21 Tu me farás mais honrado e mais uma vez me consolarás.
22 E eu te louvarei com a lira por tua fidelidade, ó meu Deus; cantarei louvores a ti com a harpa, ó Santo de Israel.
23 Os meus lábios gritarão de alegria quando eu cantar louvores a ti, pois tu me redimiste.
24 Também a minha língua sempre falará dos teus atos de justiça, pois os que queriam prejudicar-me foram humilhados e ficaram frustrados.
Salmo 72
1 Reveste da tua justiça o rei, ó Deus, e da tua retidão o filho do rei,
2 para que ele julgue com retidão e com justiça os teus que sofrem opressão.
3 Que os montes tragam prosperidade ao povo e as colinas o fruto da justiça.
4 Defenda ele os oprimidos no meio do povo e liberte os filhos dos pobres; esmague ele o opressor!
5 Que ele perdure como o sol e como a lua por todas as gerações.
6 Seja ele como chuva sobre uma lavoura ceifada, como aguaceiros que regam a terra.
7 Floresçam os justos nos dias do rei, e haja grande prosperidade enquanto durar a lua.
8 Governe ele de mar a mar e desde o rio Eufrates até os confins da terra.
9 Inclinem-se diante dele as tribos do deserto, e os seus inimigos lambam o pó.
10 Que os reis de Társis e das regiões litorâneas lhe tragam tributo; os reis de Sabá e de Sebá lhe ofereçam presentes.
11 Inclinem-se diante dele todos os reis, e sirvam-no todas as nações.
12 Pois ele liberta os pobres que pedem socorro, os oprimidos que não têm quem os ajude.
13 Ele se compadece dos fracos e dos pobres e os salva da morte.
14 Ele os resgata da opressão e da violência, pois aos seus olhos a vida deles é preciosa.
15 Tenha o rei vida longa! Receba ele o ouro de Sabá. Que se ore por ele continuamente, e todo o dia se invoquem bênçãos sobre ele.
16 Haja fartura de trigo por toda a terra, ondulando no alto dos montes. Floresçam os seus frutos como os do Líbano e cresçam as cidades como as plantas no campo.
17 Permaneça para sempre o seu nome e dure a sua fama enquanto o sol brilhar.
Sejam abençoadas todas as nações por meio dele, e que elas o chamem bendito.
18 Bendito seja o Senhor Deus, o Deus de Israel, o único que realiza feitos maravilhosos.
19 Bendito seja o seu glorioso nome para sempre; encha-se toda a terra da sua glória. Amém e amém.
20 Encerram-se aqui as orações de Davi, filho de Jessé.
Salmo 73
1 Certamente Deus é bom para Israel, para os puros de coração.
2 Quanto a mim, os meus pés quase tropeçaram; por pouco não escorreguei.
3 Pois tive inveja dos arrogantes quando vi a prosperidade desses ímpios.
4 Eles não passam por sofrimento e têm o corpo saudável e forte.
5 Estão livres dos fardos de todos; não são atingidos por doenças como os outros homens.
6 Por isso o orgulho lhes serve de colar, e eles se vestem de violência.
7 Do seu íntimo brota a maldade; da sua mente transbordam maquinações.
8 Eles zombam e falam com más intenções; em sua arrogância ameaçam com opressão.
9 Com a boca arrogam a si os céus, e com a língua se apossam da terra.
10 Por isso o seu povo se volta para eles e bebe suas palavras até saciar-se.
11 Eles dizem: "Como saberá Deus? Terá conhecimento o Altíssimo?"
12 Assim são os ímpios; sempre despreocupados, aumentam suas riquezas.
13 Certamente me foi inútil manter puro o coração e lavar as mãos na inocência,
14 pois o dia inteiro sou afligido, e todas as manhãs sou castigado.
15 Se eu tivesse dito: "Falarei como eles", teria traído os teus filhos.
16 Quando tentei entender tudo isso, achei muito difícil para mim,
17 até que entrei no santuário de Deus, e então compreendi o destino dos ímpios.
18 Certamente os pões em terreno escorregadio e os fazes cair na ruína.
19 Como são destruídos de repente, completamente tomados de pavor!
20 São como um sonho que se vai quando acordamos; quando te levantares, Senhor, tu os farás desaparecer.
21 Quando o meu coração estava amargurado e no íntimo eu sentia inveja,
22 agi como insensato e ignorante; minha atitude para contigo era a de um animal irracional.
23 Contudo, sempre estou contigo; tomas a minha mão direita e me susténs.
24 Tu me diriges com o teu conselho, e depois me receberás com honras.
25 A quem tenho nos céus senão a ti? E, na terra, nada mais desejo além de estar junto a ti.
26 O meu corpo e o meu coração poderão fraquejar, mas Deus é a força do meu coração e a minha herança para sempre.
27 Os que te abandonam sem dúvida perecerão; tu destróis todos os infiéis.
28 Mas, para mim, bom é estar perto de Deus; fiz do Soberano Senhor o meu refúgio; proclamarei todos os teus feitos.
Salmo 74
1 Por que nos rejeitaste definitivamente, ó Deus? Por que se acende a tua ira
contra as ovelhas da tua pastagem?
2 Lembra-te do povo que adquiriste em tempos passados, da tribo da tua herança, que resgataste, do monte Sião, onde habitaste.
3 Volta os teus passos para aquelas ruínas irreparáveis, para toda a destruição
que o inimigo causou em teu santuário.
4 Teus adversários gritaram triunfantes bem no local onde te encontravas conosco,
e hastearam suas bandeiras em sinal de vitória.
5 Pareciam homens armados com machados invadindo um bosque cerrado.
6 Com seus machados e machadinhas esmigalharam todos os revestimentos
de madeira esculpida.
7 Atearam fogo ao teu santuário; profanaram o lugar da habitação do teu nome.
8 Disseram no coração: "Vamos acabar com eles!" Queimaram todos os santuários do país.
9 Já não vemos sinais milagrosos; não há mais profetas, e nenhum de nós sabe
até quando isso continuará.
10 Até quando o adversário irá zombar, ó Deus? Será que o inimigo blasfemará
o teu nome para sempre?
11 Por que reténs a tua mão, a tua mão direita? Não fiques de braços cruzados! Destrói-os!
12 Mas tu, ó Deus, és o meu rei desde a antiguidade; trazes salvação sobre a terra.
13 Tu dividiste o mar pelo teu poder; quebraste as cabeças das serpentes das águas.
14 Esmagaste as cabeças do Leviatã e o deste por comida às criaturas do deserto.
15 Tu abriste fontes e regatos; secaste rios perenes.
16 O dia é teu, e tua também é a noite; estabeleceste o sol e a lua.
17 Determinaste todas as fronteiras da terra; fizeste o verão e o inverno.
18 Lembra-te de como o inimigo tem zombado de ti, ó Senhor, como os insensatos têm blasfemado o teu nome.
19 Não entregues a vida da tua pomba aos animais selvagens; não te esqueças para sempre da vida do teu povo indefeso.
20 Dá atenção à tua aliança, porque de antros de violência se enchem os lugares sombrios do país.
21 Não deixes que o oprimido se retire humilhado! Faze que o pobre e o necessitado louvem o teu nome.
22 Levanta-te, ó Deus, e defende a tua causa; lembra-te de como os insensatos
zombam de ti sem cessar.
23 Não ignores a gritaria dos teus adversários, o crescente tumulto dos teus inimigos.
Salmo 75
1 Damos-te graças, ó Deus, damos-te graças, pois perto está o teu nome; todos falam dos teus feitos maravilhosos.
2 Tu dizes: "Eu determino o tempo em que julgarei com justiça.
3 Quando treme a terra com todos os seus habitantes, sou eu que mantenho firmes as suas colunas.
4 "Aos arrogantes digo: Parem de vangloriar-se! E aos ímpios: Não se rebelem!
5 Não se rebelem contra os céus; não falem com insolência".
6 Não é do oriente nem do ocidente nem do deserto que vem a exaltação.
7 É Deus quem julga: Humilha a um, a outro exalta.
8 Na mão do Senhor está um cálice cheio de vinho espumante e misturado; ele o derrama, e todos os ímpios da terra o bebem até a última gota.
9 Quanto a mim, para sempre anunciarei essas coisas; cantarei louvores ao Deus de Jacó.
10 Destruirei o poder de todos os ímpios, mas o poder dos justos aumentará.
Salmo 76
1 Em Judá Deus é conhecido; o seu nome é grande em Israel.
2 Sua tenda está em Salém; o lugar da sua habitação está em Sião.
3 Ali quebrou ele as flechas reluzentes, os escudos e as espadas, as armas de guerra.
4 Resplendes de luz! És mais majestoso que os montes cheios de despojos.
5 Os homens valorosos jazem saqueados, dormem o sono final; nenhum dos guerreiros foi capaz de erguer as mãos.
6 Diante da tua repreensão, ó Deus de Jacó, o cavalo e o carro estacaram.
7 Somente tu és temível. Quem poderá permanecer diante de ti quando estiveres irado?
8 Dos céus pronunciaste juízo, e a terra tremeu e emudeceu,
9 quando tu, ó Deus, te levantaste para julgar, para salvar todos os oprimidos da terra.
10 Até a tua ira contra os homens redundará em teu louvor, e os sobreviventes da tua ira se refrearão.
11 Façam votos ao Senhor, ao seu Deus, e não deixem de cumpri-los; que todas as nações vizinhas tragam presentes a quem todos devem temer.
12 Ele tira o ânimo dos governantes e é temido pelos reis da terra.
Salmo 78
1 Povo meu, escute o meu ensino; incline os ouvidos para o que eu tenho a dizer.
2 Em parábolas abrirei a minha boca, proferirei enigmas do passado;
3 o que ouvimos e aprendemos, o que nossos pais nos contaram.
4 Não os esconderemos dos nossos filhos; contaremos à próxima geração os louváveis feitos do Senhor, o seu poder e as maravilhas que fez.
5 Ele decretou estatutos para Jacó, e em Israel estabeleceu a lei, e ordenou aos nossos antepassados que a ensinassem aos seus filhos,
6 de modo que a geração seguinte a conhecesse, e também os filhos que ainda nasceriam, e eles, por sua vez, contassem aos seus próprios filhos.
7 Então eles porão a confiança em Deus; não esquecerão os seus feitos e obedecerão aos seus mandamentos.
8 Eles não serão como os seus antepassados, obstinados e rebeldes, povo de coração desleal para com Deus, gente de espírito infiel.
9 Os homens de Efraim, flecheiros armados, viraram as costas no dia da batalha;
10 não guardaram a aliança de Deus e se recusaram a viver de acordo com a sua lei.
11 Esqueceram o que ele tinha feito, as maravilhas que lhes havia mostrado.
12 Ele fez milagres diante dos seus antepassados, na terra do Egito, na região de Zoã.
13 Dividiu o mar para que pudessem passar; fez a água erguer-se como um muro.
14 Ele os guiou com a nuvem de dia e com a luz do fogo de noite.
15 Fendeu as rochas no deserto e deu-lhes tanta água como a que flui das profundezas;
16 da pedra fez sair regatos e fluir água como um rio.
17 Mas contra ele continuaram a pecar, revoltando-se no deserto contra o Altíssimo.
18 Deliberadamente puseram Deus à prova, exigindo o que desejavam comer.
19 Duvidaram de Deus, dizendo: "Poderá Deus preparar uma mesa no deserto?
20 Sabemos que, quando ele feriu a rocha, a água brotou e jorrou em torrentes.
Mas conseguirá também dar-nos de comer? Poderá suprir de carne o seu povo?"
21 O Senhor os ouviu e enfureceu-se; com fogo atacou Jacó, e sua ira levantou-se contra Israel,
22 pois eles não creram em Deus nem confiaram no seu poder salvador.
23 Contudo, ele deu ordens às nuvens e abriu as portas dos céus;
24 fez chover maná para que o povo comesse, deu-lhe o pão dos céus.
25 Os homens comeram o pão dos anjos; enviou-lhes comida à vontade.
26 Enviou dos céus o vento oriental e pelo seu poder fez avançar o vento sul.
27 Fez chover carne sobre eles como pó, bandos de aves como a areia da praia.
28 Levou-as a cair dentro do acampamento, ao redor das suas tendas.
29 Comeram à vontade, e assim ele satisfez o desejo deles.
30 Mas, antes de saciarem o apetite, quando ainda tinham a comida na boca,
31 acendeu-se contra eles a ira de Deus; e ele feriu de morte os mais fortes dentre eles, matando os jovens de Israel.
32 A despeito disso tudo, continuaram pecando; não creram nos seus prodígios.
33 Por isso ele encerrou os dias deles como um sopro e os anos deles em repentino pavor.
34 Sempre que Deus os castigava com a morte, eles o buscavam; com fervor se voltavam de novo para ele.
35 Lembravam-se de que Deus era a sua Rocha, de que o Deus Altíssimo era o seu Redentor.
36 Com a boca o adulavam, com a língua o enganavam;
37 o coração deles não era sincero; não foram fiéis à sua aliança.
38 Contudo, ele foi misericordioso; perdoou-lhes as maldades e não os destruiu.
Vez após vez conteve a sua ira, sem despertá-la totalmente.
39 Lembrou-se de que eram meros mortais, brisa passageira que não retorna.
40 Quantas vezes mostraram-se rebeldes contra ele no deserto e o entristeceram na terra solitária!
41 Repetidas vezes puseram Deus à prova; irritaram o Santo de Israel.
42 Não se lembravam da sua mão poderosa, do dia em que os redimiu do opressor,
43 do dia em que mostrou os seus prodígios no Egito, as suas maravilhas na região de Zoã,
44 quando transformou os rios e os riachos dos egípcios em sangue, e eles não mais conseguiam beber das suas águas,
45 e enviou enxames de moscas que os devoraram, e rãs que os devastaram;
46 quando entregou as suas plantações às larvas, a produção da terra aos gafanhotos,
47 e destruiu as suas vinhas com a saraiva e as suas figueiras bravas com a geada;
48 quando entregou o gado deles ao granizo, os seus rebanhos aos raios;
49 quando os atingiu com a sua ira ardente, com furor, indignação e hostilidade,
com muitos anjos destruidores.
50 Abriu caminho para a sua ira; não os poupou da morte, mas os entregou à peste.
51 Matou todos os primogênitos do Egito, as primícias do vigor varonil das tendas de Cam.
52 Mas tirou o seu povo como ovelhas e o conduziu como a um rebanho pelo deserto.
53 Ele os guiou em segurança, e não tiveram medo; e os seus inimigos afundaram-se no mar.
54 Assim os trouxe à fronteira da sua terra santa, aos montes que a sua mão direita conquistou.
55 Expulsou nações que lá estavam, distribuiu-lhes as terras por herança
e deu suas tendas às tribos de Israel para que nelas habitassem.
56 Mas eles puseram Deus à prova e foram rebeldes contra o Altíssimo; não obedeceram aos seus testemunhos.
57 Foram desleais e infiéis, como os seus antepassados, confiáveis como um arco defeituoso.
58 Eles o irritaram com os altares idólatras; com os seus ídolos lhe provocaram ciúmes.
59 Sabendo-o Deus, enfureceu-se e rejeitou totalmente Israel;
60 abandonou o tabernáculo de Siló, a tenda onde habitava entre os homens.
61 Entregou o símbolo do seu poder ao cativeiro e o seu esplendor nas mãos do adversário.
62 Deixou que o seu povo fosse morto à espada, pois enfureceu-se com a sua herança.
63 O fogo consumiu os seus jovens, e as suas moças não tiveram canções de núpcias;
64 os sacerdotes foram mortos à espada! As viúvas já nem podiam chorar!
65 Então o Senhor despertou como que de um sono, como um guerreiro despertado do domínio do vinho.
66 Fez retroceder a golpes os seus adversários e os entregou a permanente humilhação.
67 Também rejeitou as tendas de José e não escolheu a tribo de Efraim;
68 ao contrário, escolheu a tribo de Judá e o monte Sião, o qual amou.
69 Construiu o seu santuário como as alturas; como a terra o firmou para sempre.
70 Escolheu o seu servo Davi e o tirou do aprisco das ovelhas,
71 do pastoreio de ovelhas, para ser o pastor de Jacó, seu povo, de Israel, sua herança.
72 E de coração íntegro Davi os pastoreou; com mãos experientes os conduziu.
Salmo 79
1 Ó Deus, as nações invadiram a tua herança, profanaram o teu santo templo,
reduziram Jerusalém a ruínas.
2 Deram os cadáveres dos teus servos às aves do céu por alimento; a carne dos teus fiéis, aos animais selvagens.
3 Derramaram o sangue deles como água ao redor de Jerusalém, e não há ninguém para sepultá-los.
4 Somos objeto de zombaria para os nossos vizinhos, de riso e menosprezo para os que vivem ao nosso redor.
5 Até quando, Senhor? Ficarás irado para sempre? Arderá o teu ciúme como o fogo?
6 Derrama a tua ira sobre as nações que não te reconhecem, sobre os reinos que não invocam o teu nome,
7 pois devoraram Jacó, deixando em ruínas a sua terra.
8 Não cobres de nós as maldades dos nossos antepassados; venha depressa ao nosso encontro a tua misericórdia, pois estamos totalmente desanimados!
9 Ajuda-nos, ó Deus, nosso Salvador, para a glória do teu nome; livra-nos e perdoa os nossos pecados, por amor do teu nome.
10 Por que as nações haverão de dizer: "Onde está o Deus deles?" Diante dos nossos olhos, mostra às nações a tua vingança pelo sangue dos teus servos.
11 Cheguem à tua presença os gemidos dos prisioneiros. Pela força do teu braço
preserva os condenados à morte.
12 Retribui sete vezes mais aos nossos vizinhos as afrontas com que te insultaram, Senhor!
13 Então nós, o teu povo, as ovelhas das tuas pastagens, para sempre te louvaremos; de geração em geração cantaremos os teus louvores.
Salmo 80
1 Escuta-nos, Pastor de Israel, tu, que conduzes José como um rebanho; tu, que tens o teu trono sobre os querubins, manifesta o teu esplendor
2 diante de Efraim, Benjamim e Manassés. Desperta o teu poder e vem salvar-nos!
3 Restaura-nos, ó Deus! Faze resplandecer sobre nós o teu rosto, para que sejamos salvos.
4 Ó Senhor, Deus dos Exércitos, até quando arderá a tua ira contra as orações do teu povo?
5 Tu o alimentaste com pão de lágrimas e o fizeste beber copos de lágrimas.
6 Fizeste de nós um motivo de disputas entre as nações vizinhas, e os nossos inimigos caçoam de nós.
7 Restaura-nos, ó Deus dos Exércitos; faze resplandecer sobre nós o teu rosto,
para que sejamos salvos.
8 Do Egito trouxeste uma videira; expulsaste as nações e a plantaste.
9 Limpaste o terreno, ela lançou raízes e encheu a terra.
10 Os montes foram cobertos pela sua sombra e os mais altos cedros pelos seus ramos.
11 Seus ramos se estenderam até o Mar e os seus brotos até o Rio.
12 Por que derrubaste as suas cercas, permitindo que todos os que passam
apanhem as suas uvas?
13 Javalis da floresta a devastam e as criaturas do campo dela se alimentam.
14 Volta-te para nós, ó Deus dos Exércitos! Dos altos céus olha e vê! Toma conta desta videira,
15 da raiz que a tua mão direita plantou, do filho que para ti fizeste crescer!
16 Tua videira foi derrubada; como lixo foi consumida pelo fogo. Pela tua repreensão perece o teu povo!
17 Repouse a tua mão sobre aquele que puseste à tua mão direita, o filho do homem que para ti fizeste crescer.
18 Então não nos desviaremos de ti; vivifica-nos, e invocaremos o teu nome.
19 Restaura-nos, ó Senhor, Deus dos Exércitos; faze resplandecer sobre nós o teu rosto, para que sejamos salvos.
Salmo 81
1 Cantem de alegria a Deus, nossa força; aclamem o Deus de Jacó!
2 Comecem o louvor, façam ressoar o tamborim, toquem a lira e a harpa melodiosa.
3 Toquem a trombeta na lua nova e no dia de lua cheia, dia da nossa festa;
4 porque este é um decreto para Israel, uma ordenança do Deus de Jacó,
5 que ele estabeleceu como estatuto para José, quando atacou o Egito. Ali ouvimos uma língua que não conhecíamos.
6 Ele diz: "Tirei o peso dos seus ombros; suas mãos ficaram livres dos cestos de cargas.
7 Na sua aflição vocês clamaram e eu os livrei, do esconderijo dos trovões lhes respondi; eu os pus à prova nas águas de Meribá.
8 "Ouça, meu povo, as minhas advertências; se tão somente você me escutasse, ó Israel!
9 Não tenha deus estrangeiro no seu meio; não se incline perante nenhum deus estranho.
10 Eu sou o Senhor, o seu Deus, que o tirei da terra do Egito. Abra a sua boca, e eu o alimentarei.
11 "Mas o meu povo não quis ouvir-me; Israel não quis obedecer-me.
12 Por isso os entreguei ao seu coração obstinado, para seguirem os seus próprios planos.
13 "Se o meu povo apenas me ouvisse, se Israel seguisse os meus caminhos,
14 com rapidez eu subjugaria os seus inimigos e voltaria a minha mão contra os seus adversários!
15 Os que odeiam o Senhor se renderiam diante dele e receberiam um castigo perpétuo.
16 Mas eu sustentaria Israel com o melhor trigo, e com o mel da rocha eu o satisfaria".
Salmo 83
1 Ó Deus, não te emudeças; não fiques em silêncio nem te detenhas, ó Deus.
2 Vê como se agitam os teus inimigos, como os teus adversários te desafiam de cabeça erguida.
3 Com astúcia conspiram contra o teu povo; tramam contra aqueles que são o teu tesouro.
4 Eles dizem: "Venham, vamos destruí-los como nação, para que o nome de Israel
não seja mais lembrado!"
5 Com um só propósito tramam juntos; é contra ti que fazem acordo
6 as tendas de Edom e os ismaelitas, Moabe e os hagarenos,
7 Gebal, Amom e Amaleque, a Filístia, com os habitantes de Tiro.
8 Até a Assíria aliou-se a eles, e trouxe força aos descendentes de Ló.
9 Trata-os como trataste Midiã, como trataste Sísera e Jabim no rio Quisom,
10 os quais morreram em En-Dor e se tornaram esterco para a terra.
11 Faze com os seus nobres o que fizeste com Orebe e Zeebe, e com todos os seus príncipes o que fizeste com Zeba e Zalmuna,
12 que disseram: "Vamos apossar-nos das pastagens de Deus".
13 Faze-os como folhas secas levadas no redemoinho, ó meu Deus, como palha ao vento.
14 Assim como o fogo consome a floresta e as chamas incendeiam os montes,
15 persegue-os com o teu vendaval e aterroriza-os com a tua tempestade.
16 Cobre-lhes de vergonha o rosto até que busquem o teu nome, Senhor.
17 Sejam eles humilhados e aterrorizados para sempre; pereçam em completa desgraça.
18 Saibam eles que tu, cujo nome é Senhor, somente tu, és o Altíssimo sobre toda a terra.
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