Vermelho
Vestido vermelho
denunciando desejos
pernas e poder
na sua pretensão de deusa
nessa audácia de Dalila
em curvas cintilando
a cobiça do teu olhar
ofegante
seduz ao fogo
sucumbindo-o ao coito
como loucos
deliciando-se
ao salivar sabor
da mágica sutileza
do vermelho
dessa ousada menina
A minha maior virtude eu olho e vejo no espelho, é um rosto com vergonha que a toa fica vermelho, sou igual a um puro sangue que não deita com arreio.. Prefiro morrer de pé, do que viver de joelho.
A eternidade nos teus braços era pouco pra entender, que o vermelho dos teus lábios era o sangue do meu ser.
Batom Vermelho
(...) e entre um suspiro e outro!
Ele com voz rouca, me diz:
_Nada me estimula mais
do que seus lábios,
pintados de batom vermelho,
com sabor de morango.
Isso é um pecado...
E eu perco o juízo!
Eu lhe sorri e lhe disse:
_Então, venha!
Beija-me com
a força do seu amor...
Odeio Chorar... O rosto incha, o nariz fica vermelho... E você se sente mal, triste. Não gosto disso! Não gosto de me sentir assim, triste, indefesa, sensível. Sei que sou sensível e tem muitas coisas que me deixam assim... E pessoas também. Elas machucam, brincam com você e depois te deixam de lado, te abandonam. Mas chorar também pode ser bom porque “Às vezes, a gente precisa derramar as lágrimas, pois ali, sai todas as coisas ruins, indesejáveis, às vezes, chorar é apenas lavar a alma.”
Nas árvores ao meu redor, as folhas estão apenas iniciando sua lenta mutação para o vermelho fogo, brilhando como o sol que espreita ao longe no horizonte.
É. Então é assim. Ontem você quebrou o caule das flores, hoje um copo, amanhã será um vaso vermelho. E você não conserta as coisas. Nunca. Passado um tempo, você empilha elas sobre a mesa e finge que estão como sempre estiveram. Como sempre deveriam estar.
Na mesa (quebrada) as flores (partidas) apodrecem no vaso (trincado). E você sorri, me abraçando como se tudo estivesse bem. Como se ruínas fossem belezas ainda frescas.
Não são.
Eu vejo os vincos. Eu me corto nos cacos. Eu sei dos armários abarrotados de louça partida. Dos baús repletos de roupas rasgadas. Fiapos de cortina não cobrem o sol, meu amor.
É. Então é bem assim. Um dia você vai perceber que a única coisa inteira na casa toda é o espelho. Mas, se o espelho está inteiro, minha querida, então somos nós que estamos partidos.
Hoje eu tou sozinha e não aceito conselho
Vou pintar minhas unhas e meu cabelo de vermelho
Vou largar meus planos
Vou encontrar novos enganos
Hoje eu tô sozinha
Não sei se me levo ou se me acompanho
Vou aonde quero ir
Nada mais vai me conduzir
Hoje eu tô sozinha
ontem eu estava tbm
Nada mais caótico
do que a solidão ao lado de alguém
Hoje eu tô sozinha
Vivo tranquila
e é a liberdade quem me faz carinho
Hoje eu tô sozinha
não tô nessa rejeitada
caçando paixão
Chega de Noite Enluarada
Hoje tô sozinha
Mas é que se eu perder, eu perco sozinha
Mas é que se eu ganhar
Aí é só eu que ganho
Pra mim já deu
Agora é Jamé
"A dama dos meus pesadelos apareceu novamente encantadora vestida de vermelho - sua beleza é realmente excêntrica.
Gosto do puro sabor de tristeza que ela carrega evidentemente em seus lábios."
Ergo minha bandeira, tinjo minhas roupas
É uma revolução, eu suponho
Estamos pintados de vermelho para nos encaixarmos
Você sempre disse que sua cor favorita era vermelho
E eu comecei a gostar da mesma cor
Reparei quando suas bochechas coraram em um belo tom de escarlate
E quando você mordeu seus lábios pintados de carmesim
Mas por que você não sorri enquanto o sangue tinge suas roupas,
E ao invés disso olha para mim com uma expressão de dor?
Vazias são as veias de um sangue que já evaporou
Eu era um vampiro e você tinha o sangue mais doce que já presenciei
Amar nunca impediu que por dentro eu chorasse lagrimas
No fundo sou sentimental
Herdando uma boa dosagem que lirismo
É o pacto silencioso que tem a força para manter todas as coisas enraizadas
Cada gota de sangue inocente derramado
Procurando a paz
Ansiando pela guerra
São os dois lados de uma mesma moeda
Chorando lagrimas de almas que já se foram
Olhando do lado errado de uma janela castigada pela chuva
Você já se sentiu um espectador?
Vendo sua vida passar como um filme de Charlie Kaufman
O estranho, o desconforto e o absurdo
Mesclando-se a sensação de esquecimento e não pertencimento ao espaço-tempo
Quando já não havia outra tinta no mundo
O poeta usou do seu próprio sangue
Não dispondo de papel, ele escreveu no próprio corpo
Assim, nasceu a voz
O rio em si mesmo ancorado em um emaranhado de papeis
Impossibilitado de terminar outra história
Como o sangue
Sem voz nem nascente
A criatura bela apodrecendo
Enterrada em um buraco raso demais para se chamar tumulo
Melhor chama-lo de esconderijo
Presa em suas últimas memorias
A escuridão cercando a por todos os lados como um garra prestes a fechar