Verdade
Amigo, contar mentira e inventar história qualquer idiota consegue. O difícil é viver o presente e fazer dele poesia.
A insatisfação interna, causa o caos externo, colocando pra fora o caos, bagunçando e colocando fora de ordem, tudo que está organizado, a confusão interna causa a perseguição externa, ver erro em tudo, não planejar nem pensar em mais nada, ter um único foco, provar, pra si mesmo, que todos estão errados, sendo que o problema é interno. Se afastar de pessoas, que falam a verdade, é uma forma covarde e pequena, de não enfrentar seus próprios medos, de resolver suas próprias insatisfações.
Embaixo do mundo
Embaixo do mundo
Onde se disfarçam as horas
Para onde se varrem os restos de histórias
De onde se (re) tira os finos e frágeis fios
Que laçam a memória.
Embaixo de cada mundo, há um mundo.
E nos sabemos e o absorvemos
E sob o mundo da amizade
Há um mundo de saudade
Um mundo da verdade
Um mundo de amor.
Enide Santos
Uma pausa para o RESPEITO (ou o que preferir):
Semana passada enquanto caminhava para adentrar no supermercado, deparei-me com uma senhorinha e uma garota que deveria ter seus quinze à dezessete anos, logo supus tratar-se de avó e neta. A senhorinha a acariciou no rosto e a menina lhe sorriu docemente, e em seguida a vovó afastou-se em direção a um carro estacionado próximo ao acostamento da rua. A menina continuou sorrindo até a senhora lhe dar as costas. Conseguintemente, pegou o celular e em segundos começou a conversar com alguém do outro lado da linha.
— Ainda estou aqui com a velha chata! – Disse a mesma.
Fiquei espantada, obviamente. Foi como ver um anjo descer dos céus enquanto lhe surgiam chifres na testa.
— Urgh!! Eu não sei. Talvez daqui a umas duas horas. Minha avó esqueceu de pôr umas coisas no carrinho. Além de lenta, é burra! – Continuava ao telefone, e eu a ponto de ser flagrada observando-a boquiaberta.
Em alguns instantes, a vovó retornou, e a mesma face infame da adolescente irritada, de repente, se transformou num encanto de rostinho sorridente. Desisti até de fazer o que eu estava ali para fazer. Resolvi que lavaria a minha farda com sabonete mesmo. Dei meia volta e zarpei.
Mais tarde, combinei de sair com uma amiga para fazermos um lanche. Fomos ao shopping e nos sentamos à mesa do primeiro fast food que avistamos na praça de alimentação. Conversa vai, conversa vem, comida entra, gorduras trans também... E, cabum! Do nada uma gritaria incidiu na mesa ao lado.
— Você é uma incompetente! – Ladrou um homem de cavanhaque. Ele estava se levantando da mesa quando me virei para olhar. Vestia-se uniformemente, digamos que tinha uma boa aparência, e estava na companhia de uma mulher e duas crianças. Falava em bom e alto tom com uma atendente que, assombradamente, olhava para ele.
— Me desculpe, senhor, mas esse é o prato que consta no pedido... – Ela gaguejou.
— Mas não foi isso o que eu pedi. Eu e minha esposa passamos mais de quarenta minutos aguardando, algo que já é um desrespeito com o consumidor, e então você me traz essa porcaria que até minha filha de sete anos é capaz de fazer em menos da metade do tempo que vocês levaram. Isso é um absurdo! – Os gritos do homem ecoavam.
Fiquei tão constrangida pela mocinha ali em pé que perdi até o resto da minha fome, e olha que eu adoro sanduíche de bacon, e nesse dia eu havia pedido dois. Sobrou pro tiozinho que pede ajuda na rua.
À caminho de casa, escapei de ser atropelada três vezes, sendo que em duas, o sinal estava vermelho para os carros e livre para mim; Na terceira, o ser benéfico vinha na contramão, e ainda por cima me chamou de alguns grandes nomes. Nem minha mãe escapou dos elogios.
Chegando então à portaria do meu edifício me encontrei com Maria de Fátima, minha vizinha de andar. Ela estava com o filho mais novo de dez anos conversando com o porteiro.
— Me faz esse favor, Seu Antônio – dizia ela quando passei pela primeira porta.
— Espere só um segundinho, Dona Maria, que eu vou interfonar – Disse o Sr. Antônio.
Parei para falar com o baixinho e cumprimentá-la. A mesma me abriu aquele sorrisão de sempre.
— Boa noite, minha linda! Estou aqui desesperada atrás do gato desta criança, pra ver se ela me deixa em paz. Você não o viu por aí não, viu?
— Não, senhora – Lamentei.
O menino então começou a puxá-la por um dos braços.
— Mamãe, deixa eu ir pro parquinho, por favor!
Dona Maria apenas o ignorou.
— Pedi para o porteiro averiguar com alguns vizinhos. Vai que alguém viu o bichinho por aí, né?
— É...
— Vai mamãe, vai, vai! Deixa! – Insistia o menino.
E dona Maria nada.
— MÃÃÃÃE!!!!
— O que peste é que tu quer, menino?! Não tá vendo que eu estou conversando com a moça? Seu mal educado! Vai apanhar quando chegar em casa, me aguarde!
— CHATA! Te odeio!
Fiquei com aquela cara de pamonha batida, disfarcei com um risinho amarelo e subi.
Chegando ao apartamento, encontrei minha prima e o namorado na sala. A mesma logo apontou para o buquê enorme em cima na mesa de jantar.
— O que houve aqui, hein? – Perguntei entusiasmada.
— Um ano de namoro! – O casal de pombinhos respondeu quase ao mesmo tempo.
— Que lindo! Felicidades, gente! Que esse seja só o primeiro de muitos – Desejei de coração, e imediatamente disparei para o banheiro.
Depois do sanduíche mal digerido, era chegada a hora de reinar no trono. Me tranquei lá dentro e enquanto recuperava minha dignidade, não pude deixar de reparar que o namorado da minha prima esquecera o celular em cima da pia. Lá estava e lá ficou. Terminei minha tarefa de casa e, depois de uma ducha, uma última etapa que seria escovar os dentes. Olhando para o espelho à medida que enxaguava a boca, olhei de canto e o aparelho então vibrou e acendeu sobre o mármore. Aquilo não era um celular, era um tablet! E a mensagem apareceu na tela inesperadamente, de modo que até um cego leria sem intenção. Era da Sandrinha, irmã do namorado da minha prima e, também, melhor amiga dela.
“ÔHHH SEU RETARDADO, VAI DEMORAR MUITO AÍ AINDA? A FERNANDA NÃO PARA DE LIGAR AQUI PRA CASA, JÁ TÔ DE SACO CHEIO DESSA MENINA. VÊ SE BAIXA LOGO O FOGO DELA, OU CHUTA ESSA VACA DE VEZ!!”
Só pra constar, Fernanda não é minha prima. Minha prima se chama Bia.
Então, estava eu me refazendo de uma feição confusa quando outra mensagem apareceu na tela.
“GATINHO, CADE VC?! A GENTE COMBINOU QUE VC SERIA SÓ MEU HOJE, POXA! O QUE É QUE FOI? NÃO GOSTA MAIS DE MIM? E SE EU TE DISSER QUE PASSEI O DIA USANDO NADINHA POR BAIXO, HUM? TÁ NA CASA DA SONGAMONGA, NÉ? AFF, ME LIGA ASSIM QUE PUDER.”
Nossa, que fofa essa Fernanda!
E, fim! Foi nesse momento que eu desisti de viver. Deixei o banheiro e caminhei na ponta do pé até o corredor da sala e os dois ainda estavam lá, sentados no sofá, sendo lindos juntos. Pra piorar, peguei exatamente o momento em que o príncipe dizia:
— Você é linda, sabia? Não há outra pessoa no mundo com quem eu gostaria de estar nesse momento. Te amo, Bia!
Juro que pus a mão na boca na tentativa de interromper o refluxo, afinal, pimenta no olho alheio é refresco, mas e no seu?
Dei meia volta e quando já estava para entrar no meu quarto, eis que Bia surge e me empurra porta a dentro.
— Oh, meu Deus! Isso é um aviso – Eu disse, ainda me recuperando do susto, — Eu não devia me intrometer, mas você não merece isso. Sabe o...
— Shhhhh, fica quieta! – Bia me interrompeu. — Preciso que me faça um favor, urgente!
Permaneci sem entender enquanto a observava tirar o celular de dentro da blusa.
— Toma! Se o Juninho ligar outra vez diz que eu estou dormindo, sei lá, inventa que eu não tava me sentindo muito bem e que fui deitar mais cedo, tá bom? Mas fala baixinho, tá? Discreta.
— E quem é o Juninho?
Bia então me sorriu daquele jeito que substituia qualquer resposta dita. Retornou para a sala e eu, finalmente, me tranquei no quarto. Olhei para minha cama, para a escrivaninha, para a janela e até para o chiclete que colei atrás da cadeira do computador. Queria ter certeza de que mais nada nem ninguém iria me surpreender, naquele dia. Voltei-me para cama novamente e lá estava eu, dormindo, provavelmente sonhando com algum tipo de utopia...
É. Eu sou minha consciência, e sair para passear, as vezes, é estranho.
..."Sábias palavras nos tocam em profundidade porquê elas são o que o essencial tem que ser: verdadeiras."... Ricardo Fischer
A verdade é uma só: "quem pode mais chora menos". É assim que funciona no país do "salve-se quem puder".
Vivemos a era digital.
Podemos interagir com pessoas do outro lado do mundo.
De hábitos diferentes, gostos diferentes, religiões diferentes...
Mas continuamos no mesmo lugar,
agrupando-nos numa ilha.
E por que?
O ser humano parece ter medo do que irá conhecer.
Mas isso irá mudar.
Haverá um dia em que voar será tão barato quanto ir ao cinema.
E então as pessoas quererão voar.
Mas antes, elas quererão conhecer quem está do outro lado.
E para isto, tecnologias que traduzirão os idiomas de forma automática e simultânea se tornarão muito populares.
E aí o homem conhecerá o homem.
Conhecerá a si mesmo.
Não sem dor e conflitos,
mas também com muito encantamento e felicidade.
O homem se verá livre, enfim, de muitas fantasias.
O homem começará a conhecer a verdade.
"A sociedade castra o artista, todos querem a verdade, mas precisam mentir seu próprio sentir... um rosto que sempre sorri a todos, no fundo chora para si mesmo."
Apenas desejos...
Desejo que seus dias sejam intensos e que suas lutas tenham propósitos...
Que no amanhecer de cada dia, você sinta a energia suprema que emana de uma força maior.
Que o egoísmo, marca registrada de nós humanos, seja cada dia mais controlado por TODOS e que as amizades sejam mais verdadeiras....
A verdade em determinados casos precisa ser vedada. A luz quando muito forte, pode cegar as criaturas
Ja me perguntei oque doí mais > Uma lagrima que escorre no rosto
> A Lagrima que não Dese mais fica na garganta
>O coração que sangra mais finge que e forte
Uma ferida que nunca se sara Não a como se cicatrizar Pois onde a sangue a Ferida onde a marca a lembrança onde a Sentimento a motivo Se a motivo tem que ter força e foco
e Não esquecer que A fe esta junto pois Foco Pra não sair ,
Força para insistir
Fé pra acreditar e continua
A Aliança entre as palavras Não e a que nos uni Mais sim a quela que Não são ditas mais compreendidas com apenas um Olhar