Verbo
Sou um ser divino, filho do Grande Pai celestial em espirito e verdade. Não cai com o pecado original, vivo da generosidade e da abundancia, sendo assim tudo que propõe o "religare" a mim não conecta, por que nunca estive e estarei longe da divindade que é a vida. Minha cultura espiritualista advém da natureza e do meio ambiente, próprio da vida e da mãos de Deus, que dialogam comigo o tempo todo, pelo vento, pelas águas, pelo Sol, pela Lua e pelas estrelas. Onde habita eternamente o meu sagrado.
Para ganhar as batalhas da vida eu estou sempre em espírito de ORAÇÃO
ORAndo e agindo (AÇÃO).
Mas tenho um segredo, descansar é verbo e portanto também é Ação, então quando eu sei que ja fiz tudo o que eu podia e parece não ter solução, eu continuo em oração, ORAndo e descansando(AÇÃO).
ETERNIDADE
—
Há sinais de eternidade
em tudo que vi
no céu, no mar, na luz
nos trovões, e amanheceres
no silêncio e nos temporais
Cristo revelado, exaltado
o verbo vivo entre nós!
"Entrementes ao transcurso da nossa diminuta dimensão humana, quão bom e reconfortante é, quando, enxergando aquela primeira condição, nos apercebemos do carinho, cuidado e zelo que por ela sonda, Aquele que é o verbo, o princípio e o fim, o alfa e o ômega, e primeiro nos amou."
Por toda sorte de lugar, falaram teu nome,
Em cada canto deste mundo, há quem tenha ouvido de tua grandeza.
Chamaram e invocaram-te a cada susto ou medo,
Mas só os que sofreram na pele o que a vida tem a oferecer
Sabem realmente quem tu és.
No caminho da solidão, no vale do esquecimento,
Pude ver que não estava só.
Depois dos ventos sorditos que tudo levam,
Entendi que tudo vem de ti.
E por mais que eu seja fraco e até inútil,
Tu, o Deus de Abraão, Isaque e Jacó, o Deus de Israel,
Não me abandonaste.
Hoje sei que há somente um Deus sobre toda a face da Terra,
E além de ti, outro não há.
Pois os Hebreus passaram o mar a seco por ti,
Pedro foi liberto da prisão por tua vontade,
E pela tua palavra, em ato de amor, o Verbo se fez carne,
Cristo, nosso Salvador.
A vida é feita das grandes e pequenas expressões verbais as quais compõem os versos da poesia de nossa vida... Francis Perot
"Namorar é vencer a transitoriedade do ter, imposta pela paixão, transformando toda experiência física em formas de linguagem.
É transformar a voz do outro em letra, a fala em verso, o carinho em verbo, para assim torna-lo presente, mesmo longe, sempre quando for recontado. Por isso cada casal cria seu próprio vocabulário, para conjugar o outro em todos os tempos verbais. No namoro é onde acontece a gestação de uma história de amor!"
O amor
“Ainda estou aprendendo sobre o amor.
Ouço as pessoas falarem;
- Eu te amo!
Mas tenho dificuldades para dizer.
Será que é um sentimento, será que é uma ação?
A professora diz que é verbo. Mas como verbo se o agir é com o coração?
Acho que o amor nasce dos olhos!
Sei, pois já os vi nos do meu pai, mãe, avós, tios e primos que mais parecem irmãos.
Não precisam me dizem uma palavra. Foram pelos olhos que senti seu coração.”
Distopia.
Desajeitado, andei, falei,
pensei.
O estranho é mais poético,
cada ato é verso,
já fui poesia.
Ambição de poeta é se tornar anônimo.
Ser, e só.
Improvável, o singular não cabe
no anonimato.
Para enquadrar-me,
travesti-me de multidão.
De poesia virei prosa, prosaico.
Descomprometi-me com a rima e seu desfecho,
conotação limitou-se a denotação,
o lirismo acabou com a chegada da distopia.
Matei o poeta, limitando-o.
E de mar, virei arroio.
Já fui verbo encarnado,
hoje sou texto inconcluso.
Pela palavra tudo se fez.
Pela palavra nasce a esperança mesmo depois da morte.
Na palavra perdidos encontraram um lugar seguro.
Pela palavra o cego enxerga sem ver
Pela palavra um coxo caminha imóvel
O milagre não está na cura.
O milagre está na palavra.
Quando o verbo se fez poeta a poesia virou sinônimo de Deus.
Em uma manjedoura
Um simples Deus menino.
Santa mãe descansa,
após dar à luz a esperança dos homens.
O pai embala o seu Natal vivo.
Santo Deus menino!
Céu cadente ao alcance das mãos.
Quando o verbo se fez poeta
a poesia virou sinônimo de Deus.
Da Ideia à Criação
Antes da lâmpada brilhar,
houve a sombra da ideia,
um pensamento que se insinuava
como quem espreita o destino
sem revelar suas intenções.
O homem, em suas limitações,
só cria porque contempla
o que ainda não existe.
Do verbo ao cosmos,
do planar ao conceito de vôo,
tudo vibra na necessidade
de criar o novo, de moldar o nada.
Pensar é plantar mundos,
colher inovações
que o futuro não supõe.
É fazer do impossível o alicerce
e do impensável
o corpo da criação.
A primeira ideia foi o verbo,
e, desde então,
cada invenção é como uma prece
que nasce nos cantos da alma,
esperando o instante
em que essa ideia se faça matéria.
Jesus
Sob uma noite feliz;
anjos entoam cantos de paz.
A estrela-guia rasga a escuridão,
trazendo luz aos corações cansados.
É o infinito que se doa ao pequeno.
Em uma manjedoura,
um simples Deus menino.
A santa mãe descansa,
após dar à luz a esperança dos homens.
O pai embala o Natal vivo.
O menino dorme,
carregando o peso da eternidade.
Seu choro é prenúncio de redenção,
um amor tão imenso
que escolheu caber num berço de palha.
Santo Deus menino!
Céu cadente ao alcance das mãos.
Quando o Verbo se fez poeta,
a poesia tornou-se sinônimo de Deus.
Bibliosmia
O cheiro… ah, o cheiro de você.
Não é só cheiro. É o resto do mundo.
O cheiro da descoberta, o odor almiscado do que se ignora,
do que ainda falta.
É cheiro de livro novo.
Você é o odor do não dito.
Entre os dedos, suas páginas se abrem.
A palavra toma corpo, o verbo se faz carne.
Eu quero conjugar o que está entre as palavras,
capa, bordas. Ir até as margens da linguagem, onomatopeias.
Seu gênero é esse, eu sei: fantasia e suspense. Experiência sensorial.
Respira, você. E eu também respiro, exalo.
É o amor que se disfarça de saber,
ou saber que se dissolve em desejo?
A capa é corpo fechado. O que não se diz.
Aberta, toque. Você é o que não se lê.
A PONTE...
A poesia não vem do outro, do mundo,
ou de qualquer coisa que exista.
A poesia está onde não há nada.
A poesia é o mundo a ser inventado
e o sentimento sendo reescrito, experimentado.
A poesia nasce e cresce em lugar sem nome,
em um verbo desmiolado.
A poesia é apenas de tudo, o outro lado.
SONHANDO, AMANDO, SONHANDO...
Sonho:
Delírio da alma, que suponho,
ser fruto de um desejo risonho;
oposto de pesadelo medonho.
Amor:
Sentimento que me faz supor
ter especial tom, cor e sabor;
avesso e sinônimo de dor.
Duas palavras: sonhar e amar;
dois verbos difíceis de separar.
Por isso, quem sonha vive de amar
e quem ama nunca deixa de sonhar.
(Livro “Arcos e Frestas”, página 13)
Não economizo amor, invisto. Não engulo amor, respiro. Não silencio amor, grito. Não guardo amor, demonstro. Não escondo amor, escandalizo. Não unifico amor, pluralizo. Não sonego amor, declaro. Não desprezo amor, abrigo. Não verbalizo amor, pratico. Não divido amor, multiplico. Não publico amor, politizo. Não prendo amor, liberto. Não julgo amor, aceito. Não torturo amor, sinto. Não desenho amor, pinto. Não soletro amor, poetizo. Não espero amor, faço. Não cobro amor, eu amo.
A soberba é a cólera da sabedoria. O sábio é manso e puro. Tem o conhecimento de observar com a compreensão, silenciar com o coração e falar com a razão. A sabedoria ensina a soberania o saber sem impor e nem se opor a credo, crença e raça. É uma linguagem universal, língua do amor conectada com Deus. É o verbo altíssimo de quem usa os provérbios e literaturas divinas como a língua dos anjos.
Que a natureza nos inspire o belo em cada amanhecer, entardecer e anoitecer
Refletindo no céu os tons que colore os dias pelo pintor chamado tempo
Conectando os sentidos da expansão sem limites do viver
Tocando a sinfonia do infindo amor em cada nota, um suspiro suave do vento
Essa obra de arte que desenha a alma e declama poesia a cada dia do renascer
É a viagem que trilha o caminho e destino de cada passageiro do verbo chamado Ser
Quando o sol aparece eu ponho um chapéu na cabeça; quando o Diabo aparece pela fala humana eu ponho Deus na memória e solto o Sol da Justiça em cima da cabeça dos outros.