Verão
SONETO DE MARÇO
Março, das findas águas de verão
Do até mais ao carnaval de fevereiro
Em ti o refresco do calor de janeiro
O mês da poesia em comemoração
Das férias a labuta é o mês fronteiro
Do Jobim atar em chuvas a estação
É pau, é pedra, caminhos e canção
Do calendário gregoriano o terceiro
Mês dos piscianos na constelação
Rebento do outono caírem no terreiro
Tapetando de secas folhas o chão
Do dia oitavo a mulher é palavreio
Exaltada pelos poetas na inspiração
De devoção a José, do mês padroeiro...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Março de 2017 - Cerrado goiano
Em um dia de verão
Conheci minha paixão
A coisa mais linda do mundo
Que fazia bater meu coração
Com vergonha e sem reação
Eu fui em sua direção
Não sabia o que falar
Mas precisava olhar
Para ter a certeza
Que nunca mais vou encontrar
Alguém,com sua beleza
Debaixo do pôr do sol
Começamos a conversar
Na primeira palavra, fiquei sem acreditar
Encontrei a garota perfeita
Que me ensinou o que é amar
Ao som de tom Jobim
Começamos a dançar
E eu desejando
Que nunca fosse acabar
Mas ela parou,olhou e se despediu
A menina que tanto amei
Para sempre,ela sumiu.
vai um cafezinho?
há no cerrado um gretado
ali ressequido, árido chão
no verão ele é molhado
no inverno devastação
sem a cor do encantado
mas encanta a fascinação
ele tão pálido, incendiado
insiste em renovação
aguerrido nosso cerrado
dedicado o nosso sertão
hoje todo cafeinado…
põe açúcar ou não?
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
quarta 16/10/2019
Triângulo Mineiro
Incertezas no cerrado
Primavera, verão, outono, inverno
Qual estação no cerrado é decisão
Ficar ou partir neste desejo interno
Em ebulição no meu mesmo coração
Saudade? Tristeza? Encanto? Dorido?
Aqui debruçado na vida, em suma
Como sabê-lo? Se o incerto está partido
E os trilhos da razão dão em parte alguma.
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
07/03/2016, 05'55" - Cerrado goiano
Não vejo mais o sol
Nem o anoitecer
Verão, outono ou inverno
Nem sei o quanto corri
Eu fui destinado a fazer
Essa perseguição
Desde aquele momento
Que eu nasci
Ah, vi o verão passar
Ao ver que um dia tudo vai ter que acabar
Eu vi o Sol e a Lua se afastarem lá
Eu me entristeci, tão só me senti
Não sei por que fomos desentender
Se a nossa base secreta, é sempre eu e você
E o verão chegou ao fim
E estávamos assim
Vendo o Sol se por, a noite estrelas a brilhar
É como um sonho bom que eu não quero acordar
O calor do sol é bom, mas o frio vem, há dias ensolarados, mas dias de chuva também. O verão não é uma constante, o outono o sucede e o inverno vem.
A vida é mesmo assim, altos e baixo, alegria e tristeza, sorrisos e prantos, início e fim.
Na primavera apreciar a beleza da flor, no verão o frescor da água, o outono cada fruta e seu sabor. E no inverno? O calor de alguém e seu amor.
A vida tem suas fases, cada momento único de ser, todo instante tem seu milagre, importa-nos pois viver.
Nem sempre é mar de rosas, ou brisa suave a soprar, por vezes calamidades, furacões e tremores, mas precisamos ser resilientes, e cuidar bem de nossos amores.
Luto
Com as luzes ao fogo do verão
Com o jardim do meu coração aceso
A chama do amor não era mais a mesma
A imensidão que minha alma pertencia
Era de pura escuridão
Ate as tulipas mais dóceis
Eram negras como o visco de meu coração.
Estou tendo muita dificuldade em me acostumar com o fato de que o verão acabou e tenho que sair da cama todas as manhãs para ir à escola.
Sabado ao amanhecer
A brisa leve e calma
Como nuvens no verão
Tendo a visão desse vasto
Oceano com pedaços de algodão
A vegetação inicia sua apresentação
Indo de um lado para o outro
E o fim do sopro encerra a dança das pipas
E com o cansaço do sol
As aves repousam em seu ninho
Tudo é tao mágico que finalmente estamos no domingo
Ele, o verão, está à caminho
A estação da safra da alegria
Com ele chegam os girassóis mais lindos
Os dias mais dourados
E amores inesperados
Quisera ter os mais belos girassóis o ano inteiro
A tristeza sem espaço e sem cheiro
O brilho permanente e companheiro
E os amores menos forasteiros Quisera o verão fosse a única estação a invadir a alma
Num ciclo de tempo de eterna calma