Verão
Aos outros somos verão.
A nós somos um ano sem estação.
Aos outros somos a flor.
A nós somos aquela rosa que se despetalou.
Aos outros somos o sol ao amanhecer.
A nós somos uma vela a padecer.
Aos outros somos a imensidão do mar.
A nós somos o barco a naufragar.
Aos outros somos o riso enlouquecido.
A nós somos um palhaço esquecido.
Aos outros somos um beijo.
A nós somos apenas desejo.
Aos outros somos o céu e a lua.
A nós somos um mendigo no frio da triste rua.
Aos outros somos um bom livro vivido.
A nós somos apenas um bilhete perdido.
Aos outros somos tesouro valioso.
A nós somos uma pedra sem valor virtuoso.
Aos outros somos a porta aberta do amor.
A nós somos a trinca que prendeu-se em desamor.
Aos outros somos nós.
A nós somos a sós.
Antigo verão - À Luciléia Gilles – 27/01/2014.
Pensei descansar e para isso, nada melhor do que ouvir as ondas do mar, a sensação é de um deleite garantido. Então, resolvi ir ao litoral do estado, claro que não na época de alta temporada, até por que provavelmente voltaria mais cansada.
Sei que para muitos é uma questão de gosto, mas não estou aqui para discutir sobre isso, meu propósito hoje é lhe convidar para um passeio pelas areias brancas do litoral, lhe convidar a sentir a água gelada do mar pela manhã, a observar as marcas deixadas pelos nossos pés na areia molhada pelas ondas do mar.
Ao chegarmos à praia o que sentimos, o sol... Ainda fresco, posso ver em seus olhos o quanto são valiosas nossas caminhadas matinais. E é esse olhar que faz de você uma pessoa tão especial, de uma beleza interior inigualável.
Caminhávamos descalças, os pés tocando o solo e descarregando todas as energias negativas do cotidiano. Ah... Como era bom sentir a areia. Começamos a analisar quantas conchinhas havia naquela orla, eram inúmeras e de variados tamanhos. Avistamos também um grupo de idosos se exercitando na areia, seguravam o bastão e viravam para esquerda e para direita num movimento contínuo, de um lado a outro sempre segurando com as duas mãos.
Começamos a discutir sobre as conchinhas e sobre as borbulhas deixadas na orla após a espuma que o mar deixara para areia absorver. Algumas dessas conchinhas pensei em recolher e até pude levá-las comigo. Na verdade, elas representavam uma lembrança boa, nossas caminhadas, a brisa fresca da manhã, as ondas beijando nossos pés, enfim a gratidão por mais um verão.
A Magica, olhar,pensar motivos para sonhar.
Das poesias o poetá vive!
Do inverno ao verão!
Amanha vem,no nunca alem!
Mundo profundo o medo!
A vontade espanta o tudo
O tudo que o medo causou!
Mostro traços da idade e de muitas lutas travadas no passado, mas vocês nunca verão minhas novas feridas – hoje, não luto mais contra carne e sangue!
Quando o verão chegar , eu quero ser mais forte do que sou sem medo no olhar nenhum motivo pra chorar.
horário de verão
Tem quem goste, tem que não goste,
Acordar antes do sol nascer pode ate não ser legal,
Mas acompanhar o despertar do astro é sensacional.
Conseguir chegar em casa com o dia ainda claro
é ter a oportunidade de aproveitar mais os momentos com que mais gostamos.
Poder ter a chance de visitar algum dos belos parques antes no anoitecer.
É ter a sensação de que o longo dia foi muito bem aproveitado.
Pessoas de pouca fé, conheceram apenas os milagres e verão eles acontecendo na vida dos outros. Muita fé equivale a muita autoridade.
"Lembro daquela tarde de verão, nós dois juntos na areia da praia, caminhando de mãos dadas, vendo o sol a admirar, com um sorriso estampado no rosto, um amor que nos dava gosto, com a felicidade escrita nos olhos, onde palavras não podiam explicar".
É um crime educacional os alunos gastarem anos conhecendo o pequeno átomo que jamais verão e o imenso espaço se jamais pisarão e não gastarem minutos conhecendo o planeta psíquico que pulsa dentro deles e o planeta social que pulsa fora. Eles devem aprender como se forma o pensamento e como se formam os pensadores, como atuar em seu psiquismo e como atuar no teatro social..
CHEGANDO O VERÃO
Mas não venha tão calorento
Venha com chuvas brandas
Com bons entretenimentos
E brisas que os dias abranda...
mel - ((*_*))
“Quero ser aquela andorinha que bate de ninho em ninho para mostrar as outras a importância do verão, por quê como ja um dia fora dito, uma só andorinha não faz verão.”
Amor
O meu ser procura-te delirantemente
Nas frias noites de inverno, nos dias
Quentes de verão, nas tardes de primavera
Sem ti não vivo, mas isso tu já sabes.
Depois de um verão tempestuoso, a vida me ensina que ela pode ser mesmo dividida em três fases: questionar, aceitar e agradecer. Nesse momento posso dizer que vivenciei todas elas. Senti, durante esses meses, as coisas caminharem assim. Foram escolhas, erros, perdas, aceitações e agradecimentos. A realidade veio bem de mansinho para não assustar, para que tudo fosse compreendido da melhor forma possível. A realidade é que somos humanos, e somos feitos de urgências, mas o melhor da vida mora mesmo é na calmaria.
Era uma belíssima tarde de verão, quando o som do tiro saiu do porão e finalmente chegou aos ouvidos sentados no quintal. Mamãe perdera a vontade de viver desde então. A babá fora demitida, pois não havia mais como paga-lá por seus serviços.
E a criança aprendera a tomar banho sozinha.
Mamãe passou a beijar um cigarro atrás do outro e logo mais fizera o mesmo como os copos. Ela amou. E por amar em demasiado jogou-se nos braços carinhosos da morte, como poucos têm coragem para fazê-lo. Já era tarde demais. Com mamãe tudo acontecera com muita calma e longos anos se passaram até o segundo gatilho ser puxado.
- Já tinha aprendido a tomar banho sozinha.
SOLIDÃO DE SONHOS
A solidão é deixada na brisa do outono
Com tantos beijos já perdidos no verão
Nas manhãs tão quentes de breves sigilos
Monólogos da nossa imensidão da noite
No progresso talvez incontrolável do dia
Onde o silêncio, o espaço declaram guerra
Quando os sonhos contemplam a velha lua
De desejos, das estrelas que brilham nos olhos
No despir dos sentidos ao encontro dos meus
Cobrem o chão, a cama com pétalas brancas
Rosas plantadas por mim do nosso belo jardim
Solidão de sonhos, nos beijos perdidos de verão.
Lagrimas de saudade são como chuvas de verão. o que eu quero dizer com isso? Nem eu sei,não há tempo para reflexões profundas.So me pareceu uma analogia interessante.
DESLIZAS AMOR
As tuas mãos deslizam
- Sobre a minha pele
No calor do verão
- Entre os ventos outonais
- Acalentando o meu refugio
E o teu toque umedece
- A minha alma
Nos sons que ecoam
- Uma eternidade inteira.
Quero perder-me
- Nas curvas do teu sorriso
Onde deslizas no meu corpo e eu no teu.