Verão
O amor é como as estações do ano:
Na primavera tudo é lindo e maravilhoso.
No Verão o calor a paixão e o desejo.
No Outono existe a aceitação de como tudo é.
No Inverno você entendera a força do seu amor
perante as turbulências.
Muitos querem viver apenas uma estação do ano, por isso
deixam de dar certo, não que tudo deva dar certo.
Mais se você não souber viver ano após ano todas as estações,
nunca terá alguém ao seu lado, e viverá solitário.
Relações rasas, paixões de verão, pessoas individualistas, mais duras e mais frias, é a proposta do nosso século, por sinal muito bem aceita.
Antes o conceito de amor era o fruto de uma busca através do romantismo, da entrega, do vínculo de lealdade.
Hoje, o conceito é se sentir amado(a), é um jogo de conquista, da sensação de poder, de ter quem for a hora que quiser, é a capacidade de entrelaçar o outro, de alimentar o sentimento de ser capaz de cativar ao invés de ser capaz de amar.
Perdemos essa habilidade, por dor, por medo, por egoísmo, para elevar a estima, por isso criamos meios pra tentar sofrer menos ou mesmo, fingir que não sofremos.
Seduzir, se sentir desejado(a), dizer sentimentos irreais, sentir que alguém nos venera, tão somente para preencher nosso vazio.
Um ciclo vicioso, não há tantas outras opções, já não acreditamos em nada e ninguém, o que importa é distrair nossa própria consciência de estarmos, na verdade, solitários
Algodão doce
Manhã linda de verão
Dividimos um pote de algodão
Lembrança que ficará no coração
Sabor uva que me faz recordar
Daquele dia que sorrir sem parar
O vento começou a soprar
A chuva que veio sem avisar
Te levou pra longe e me fez amargar
Me vi numa tempestade e na escuridão
Esperei o sol brilhar
Com a esperança de você voltar
Noite de agosto
Novamente senti teu gosto
Sensação que nem sei explicar
A lua presenciou o encontro
Que foi sem esperar
Trouxe o gosto do teu beijo
E o brilho do teu olhar
Eu gosto de lembrar
Daquela tarde ensolarada na beira mar
Todas as cores retidas em um só olhar
Minha alma estava mais rosa e doce
Quanto aquele algodão doce
Que você quis me presentear
Um tempo bom
Quanto era te amar
Agora sei que na vida tudo passa
Até a uva passa
E quando bate a saudade
Eu como algodão doce
Pra te recordar!
Florestas
Caminho na sombra desse verão mórbido
Que encharca-me de suor e lágrima
Não está aí minha poesia, mas vive.
Meu verso é de lágrima e pranto,
E também é de riso e encanto.
Aprisionado à floresta que me assombra o canto,
E o faz voar, meu poeta do mar.
A via crucis do poeta é a trilha que o nomeia.
Porventura condenado ao sufrágio divino e exaustivo
Da floresta negra, onde caminho
E com vocábulos cortantes que ora encaminho:
Exprimo.
Não lavo os sapatos quando sujos de lama,
E rego as flores, mas não as adoro
Quando me reencontro com o lar e sento no sofá.
Se me nego a cumprir os rituais
Se escondem as palavras principais,
Mais essenciais
Ou deslizam secas pelo papel.
Pois a cor destes versos estão lá!
Na floresta maldita
Vibrando frias, tragando arte perdida
Poesia que uma hora, foi dita
E esculpida em cor:
O azul do pranto
O vermelho dos olhos abatidos do sufoco
O amarelo do sol escaldante,
Do verão mórbido
E o preto, do limbo amniótico.
Das cinzas.
Das cinzas da alma aprisionada,
Reduzida a pó nas chamas da paixão
Nas chamas da liberdade pós prisão.
Que queimam o árduo desejo impossível
E ferve-me o sangue escarlate,
Do poeta do oceano
Sangue corrompido de pureza,
Que inventamos para explanar
A grande vergonhosa fraqueza.
Ao poeta fraqueza não é vergonha
É corrente que leva e inspira renascimento
Como uma marcha aérea das cegonhas.
O poeta cego ainda é poeta,
Se o que escuta ainda pode lhe trazer a tristeza
Ou se com as mãos ainda pode tocar o aço da morte
Mesmo que na floresta divina,
Limpa de escuridão
Os galhos não são mais os mesmos
Retorcidos e sombrios.
Mas ainda são tão galhos quanto, e sua beleza
É sobreposição; contraste.
Embora agora galhos mais jovens, lúcidos
São só detalhes, e digo:
Sua beleza sobrevive de outros,
Galhos loucos, que vivem expostos
Contorcidos numa dança de fuga de suas próprias raízes.
Dentre a fenda dimensional que parte,
Dois mundos cósmicos sagrados:
A insanidade e a verdade.
O seu amor é igual a todas as estações: primavera,verão,outono e inverno.
O seu amor é igual ao sorriso bobo de uma criança .
O seu amor sabe compreender e perdoar.
O seu amor é meu, é nosso,é lindo.
O seu amor é simples,é puro.
O seu amor invade,completa sem transbordar.
O que transborda é a nossa vontade de fazer bem um ao outro.
Espero sentir tudo isso e muito mais vivendo com você,em todas as estações dessa vida...de nossas vidas.
Muitos vão ao mar, poucos são surfistas de alma. Mesmo o crowd de verão não sobrevive as outras estações; não atravessam a arrebentação: o oceano não deixa. Bem-aventurados os que vivem e cumprem sua missão como filhos do Oceano.
#filosofiadosurf
Metamorfose da vida
Então, deixei os momentos irem, como pássaros que voam livre no verão e se protegem no frio do inverno, deixei o passado cair como as folhas de uma árvore no outono, mas sei que em toda Primavera ele voltará, mas voltará como lembranças e só assim deixarei brotar o presente, assim como as flores, florescendo e espalhando o seu perfume, e enfim esperarei o futuro chegar assim como os pássaros esperam o verão para voarem livremente, as folhas de uma árvore que esperam o outono para caírem e as flores a Primavera para florescer e exalar o seu perfume. Assim somos feitos, como lagartas e borboletas, passamos pela metamorfose da vida, que é feita de passado, presente, futuro, momentos, lembranças, verão, invernos, primaveras, outonos.
Ah, primavera antecipada, quase o verão!
Os pássaros,
As crianças,
As borboletas,
Os antúrios,
Os brincos de princesa,
As madressilvas,
As azaleias,
As orquídeas,
As gérberas,
Os girassóis,:
O jasmim,
O lírio,
A tulipa,
A violeta,
E eu!
Tchau inverno!
"E esses olhos de verão em pleno inverno? O calor dos nossos corpos muda qualquer estação, faz florescer os sentimentos mais instintivos."
"Mastudo passa né...assim como os que vem e que vão nem sempre sera inverno logo mais verão, inverno frio de sentimentos vazio..."
Felicidade Artificial
Como fogos de artifício em verão vistoso,
De nada valerá fusão de cores, palpites e suspiros,
Felicidade Artificial,
A que eu construí com tanto carinho, gota a gota com minhas lágrimas.
E continuar vivendo minha velha vida inválida,
Que se fascina pelo estranho,
Alegria que larga num banho,
Alegria rubra, que como meu rubro sangue drena-se por completo.
Fogos de artifício,
Também não serão vistosos em sombra de densas nuvens,
Em meio ao intenso inverno.
Felicidade Artificial,
A que eu prezava a cada dia,
Tornou-se a prisão que me agonia,
Onde estou trancafeada a ti.
Chuva de verão, tempestade ao entardecer, calor que incendeia, assim é meu coração, pura flor, mesmo quando não é primavera.
Era uma vez um menino que acreditava em amores de verão, acreditava em papai noel, milagres, e acreditava demasiadamente nos outros, acreditava que os olhos jamais mentiria, e que os sorrisos sempre seriam de felicidade, mas esse menino cresceu. virou homem e tudo isso caiu por terra, e hoje apenas creio na realidade das coisas, dos fatos, e que a vida não é um conto de fadas maravilhoso em que todos seremos felizes!
AMIGO
É inverno com cobertor,
É verão de sol iluminado,
É outono de fruto maduro
E é primavera de nova era,
Enfim, seja a estação que for,
Amigo é a flor do genuíno amor!
Guria da Poesia Gaúcha
Chuva de inverno,
Chuva de verão,
Sem ti sou terra seca,
Contigo uma flor,
sem ti sou como a erva,
contigo um jardim florido,
Morro contigo,
Morro sem ti,
Partes comigo,
Partes sem mim,
Vibro contigo,
Não vibro sem ti,
Folhas ao vento,
Folhas o chão,
Deito-me contigo,
Deito-me sem ti,
Adormeço contigo,
Adormeço sem ti,
Sou feliz mas...não sem ti.!