Ver
Nunca soube ver sem logo precisar mais do que ver.
Estou precisando de olhar sem que a cor de meus olhos importe, preciso ficar isenta de mim para ver.
Jocastamente: não fique trancado demais em casa, atenda o telefone e vá sempre que puder ver o pôr-do-sol.
Porque ver é permitido, mas sentir já é perigoso. Sentir aos poucos vai exigindo uma série de coisas outras, até o momento em que não se pode mais prescindir do que foi simples constatação.
Daí a eterna impaciência, e adoro ver seus olhos de rapariga rondando a enfermaria: eu, o relógio, a televisão, o celular, eu, a cama do tetraplégico, o soro, a sonda, o velho do Alzheimer, o celular, a televisão, eu, o relógio de novo, e não deu nem um minuto. Também acho uma delícia quando você esquece os olhos em cima dos meus, para pensar no galã da novela, nas mensagens do celular, na menstruação atrasada.
É bom se soltar, marcar um momento e às vezes ficar diferente, é bom mudar a cor e ver como seria se tivesse sol naquele dia!
Mas o que eu tinha a ver com isso? Homens traem, querida. Você não quis ter um namorado? Azar o seu.
O egoísmo por vezes impede a muitos de ver alem de si mesmo, não conseguindo ver o proximo por mais proximo que esteja.
"Seja tão simples como você pode ser, você ficará surpreso ao ver o quão simples e feliz sua vida pode se tornar."
O que eu senti
O que eu soube
Nunca apareceu no que eu tenho mostrado
Nunca ser
Nunca ver
Não saber o que poderia ter sido
Eu pensei num poema pra você.
Letras de carinho,
que voasssem pra te ver.
Eu quis te escrever,
linhas,vivas,
que pudessem dizer,
que hoje meu abraço é verso,
mas através desse laço,
entre rimas eu me faço,
na distancia que não
me impede de te ver.
Eu só queria dizer,
que nesse instante,
meu coração
é poema de você.
Foi então que percebemos que não sabíamos quando íamos nos ver de novo. Acabava aqui. É engraçado. Em momentos assim, quando o que está acontecendo é demais para se lidar, ás vezes é melhor... não dizer nada, e apenas aproveitar o tempo que resta.
Sou melancólico por natureza. Ver a manada sair da mesma sessão do mesmo filme para entrar no mesmo restaurante e pedir o mesmo prato que será saudado com os mesmos adjetivos depois de ser pago com um cartão de crédito da mesma marca me deixa ainda mais melancólico.
O Autismo é ver o mundo de um outro jeito, e cada um de nós temos que achar um jeito de entender as diferenças.
— Juro! Deixe ver os olhos, Capitu.
Tinha-me lembrado a definição que José Dias dera deles, "olhos de cigana oblíqua e dissimulada." Eu não sabia o que era obliqua, mas dissimulada sabia, e queria ver se podiam chamar assim. Capitu deixou-se fitar e examinar. Só me perguntava o que era, se nunca os vira; eu nada achei extraordinário; a cor e a doçura eram minhas conhecidas.