Ventre
Nascem-me das mãos
madrugadas de afronta,
enquanto do meu ventre
gritam araras
em agonia
No lagar da morte
aprecia-se o vinho
enquanto gemem os dias
absurdamente iguais
mordendo pétalas,
as mais belas.
Nasce-me dos olhos
a fome com rosto de meninos
mas é em becos sorridentes
onde meu fado habita
que a morte se esgueira
expande, agiganta-se
num leito de beijos.
Nascem-me das mãos
madrugadas de afronta,
mas é na face uterina da noite
que se incendeiam os dias
e nessa luz imensa
acalma-se a agonia
deste meu ventre de pranto
E um belo dia aconteceu,
o amor se multiplicou,
em teu ventre a vida soprou
Um novo presente Deus nos deu.
Seremos pais outra vez,
e mesmo que de novo, nada igual
cada gestão é única e especial,
aproveitaremos cada fase mês a mês.
Quantas equações a se resolver,
Dentro de nós um turbilhão de sensações
E Deus acalmando nossos corações
Nos lembrando de sempre agradecer.
IRMÃO
Homem que sai do mesmo ventre
Alma desesperada
Quando assume não me conhecer
Admite que qualquer maldade que lhe fiz
Mesmo sem perceber
Entendeu ser por querer
Pobre alma! A minha ou a sua?
Atormentada pela solidão
Nós dois
Pobres almas
Empobrecidas pelo pecado
Quanto mal consigo fazer ao meu corpo antes de te conhecer?
Acelero
Quero que acabe ou eu quero mais?
Mais, mais, mais
Corpo e Alma discordam nessa questão
Enfim, fraco!
Novamente aquele olhar, aquele maldito olhar
Desprezo ou decepção?
Talvez ambos!
Se não consigo distinguir
Cabe a mim escolher o que menos me machuca
Meu corpo é livre, meu ventre é livre
E de fato eu acho que não sou mulher pra casar
Mas cuidado, se alguém quiser,
o único tanque que eu vou estar
é o de guerra
Só pra ter o prazer, de seu machismo bombardear
CLIC BUMMMMM
Alegra-te, mãe, pois do teu ventre veio um filho justo, apesar de ser pecador. O pecado pertence à terra, mas a justiça vem do céu.
O ventre que o gerou era emprestado; o barco que Ele navegou; emprestado. O jumentinho que montou; emprestado. O túmulo que o sepultou; emprestado. Mas, a cruz que Ele morreu; era MINHA!
A oração feita no ventre de um grande peixe, no silêncio do deserto, no pico do monte ou no altar em meio a uma multidão, tem o mesmo poder, não há limites para a fé. O limite quem coloca, somos nós, a dificuldade quem cria, somos nós.
O Verdadeiro Pai, não carrega os filhos no ventre por nove meses.
Mas sim carrega no Coração a vida toda.
Nascer, Crescer e Morrer
No ventre da mãe, o primeiro pulsar,
um sopro divino a nos moldar.
Chegamos ao mundo em frágil chorar,
um início de vida, um mistério a trilhar.
Crescemos aos poucos, em passos lentos,
aprendemos com erros, vivemos momentos.
Dos risos na infância à pressa da idade,
somos ventos que correm na vastidão da verdade.
E o tempo implacável, senhor do destino,
marca nossas faces com traços divinos.
Na juventude, ousamos desafiar,
mas a velhice nos faz refletir e parar.
Morrer... não é o fim, mas um recomeço,
um ciclo eterno, um profundo endereço.
De pó viemos, ao pó voltaremos,
mas o amor que plantamos, jamais perderemos.
Que a vida, tão breve, nos ensine a amar,
a ver cada instante como um doce luar.
Pois somos poeira, viajantes do ser,
no ciclo divino: nascer, crescer e morrer.
Um Amor que a Tudo Abraça
No ventre do cosmos, em luz infinita,
Brotou o amor que a tudo habita.
Sem fronteiras, cor ou nação,
Vibra em cada coração.
Não há muros na graça divina,
Sua verdade a todos ilumina.
Do mais humilde ao mais altivo,
Todos são filhos do mesmo motivo.
Caminhamos, às vezes perdidos,
Mas o amor nos chama, aos ouvidos.
Sua voz sussurra em todo lugar:
"Venham, pois todos podem voltar."
Nenhum erro é maior que a redenção,
Nenhum filho se perde na imensidão.
Na grande mesa, há um só banquete,
E a humanidade é o convite que se repete.
Assim é a verdade universal,
Um amor que vence o bem e o mal.
A salvação não é um privilégio restrito,
Mas um presente divino, infinito.
A vida de cada pessoa, se inicia no momento de sua concepção, no ventre materno. E desde então, deve ser respeitada, protegida, valorizada, amada e celebrada!
na vida, muitas vezes somos esquecidos porque no ventre materno passa a hora do batimentos e a mãe esquece do batimentos do filho, assim é continua a vida
Mãe de ventre
Mãe de coração
Mãe além dos vales.
Mãe de muitos
Mãe de poucos
De coração ou de ventre.
Em seu abraço me envolvo
Em um amor indiscutível.
Mãe
Até hoje...
Até hoje eu sinto o calor do seu ventre quando me abraça.
Até hoje sinto o sabor da minha papinha na comida maravilhosa que só você faz.
Até hoje seguro nas mãos que me guiavam nos primeiros passos, sempre me desequilibro.
Até hoje ouço aquele cuidado me alertando de algo que possa me machucar.
Até hoje as suas broncas e
"tapinhas" me despertam um olhar diferente para vida.
Até hoje eu ouço as cantigas que me remetem a infância e solto aquele sorriso largo sem perceber.
Até hoje você sente a minha presença pelo cheiro.
Até hoje posso sentir o beijinho de: Boa Noite, Dorme com Deus!
Até hoje o seu colo é o único que cala o meu choro incessante.
Até hoje eu sou aquela criança, que cresceu com os seus conselhos.
Até hoje o sentimento que você me ensinou não muda de nome. Amor é amor.
O mais interessante é que até hoje eu aprendi que:
Mãe só sabe amar.
...
Sete dois; comecei a ensaiar o livre arbítrio no ventre da minha genitora, e materializei meu elo com o mundo já no primeiro choro. O aprendizado, a dor e o desconhecimento do provérbio "só se afoga quem sabe nadar". Afundei nas minhas primeiras tentativas ao optar pelo gume errado da faca, e lembrei que a piscina amniótica não serviu como treino.
Criei uma carapaça tão forte quanto a armadura de Ogum, "cascorei" e saí cavalgando até tropeçar com a fraqueza dos fortes. A ansiedade antagônica e latente me desviou do tempo do Homem, e hoje ainda me sinto responsável pela erupção de algo adormecido perante a visão daqueles que ignoram.
Enquanto meu âmago ainda espera por um comportamento diferente do mundo, torço calado por uma reação massiva à minha voz.
MÃE
A essência do amor
Por Deus abençoada
Em seu ventre
O dom da vida.
Suas mãos afagam
Tirando o medo
Seu colo de amor
É o meu descanso.
Heroína, guerreira
Uma vida para proteger
Não mede esforços
Para de seus filhos cuidar.
Nos conhece pelo olhar
Sem que palavras sejam ditas
Em seus braços nos acolhe
Curando todos os males.
Mãe, eterno amor!
Encontrei uma
venezuelana
em diáspora
com uma filha
na mão e um
filho no ventre,
Vi nos olhos
dela uma fé
em Deus que
é o Senhor
do futuro
que a todos
nós pertence,
E uma tremenda
vontade de lutar.
Mulher da Pátria
do General que
ainda se encontra
injustamente preso.
Encontrei nesta
venezuelana
a notícia
de outros irmãos
da Pátria dela,
E a preocupação
que a vida
venha para
todos se ajeitar.
Mulher da Pátria
que uma tropa
ainda se encontra
injustamente presa.
Encontrei nesta
venezuelana
a bondade
perene,
a esperança
inabalável
e a fraternidade
compartilhada
que nem o tempo,
as dificuldades
e a tirania não
conseguiram tombar.
Mulher da Pátria
que homens
e mulheres estão
injustamente presos.
em nome de
um rumo melhor.
Encontrei nesta
venezuelana
os que como
ela estão
em diáspora,
E que podem
ser considerados
presos porque
foram obrigados
a partir contra
os seus arbítrios,
Uma verdade
que ninguém
pode questionar.
“Mãe tem o ventre que não cicatriza e o coração que não despeja, para que o filho sempre seja seu inquilino.“