Ventre
Me perdi em teus beijos
Me encontrei em teu ventre
Me destrai com teus seios
Me quedei em teus abraços
Me entreguei a delícia que é teu regaço.
Com você redescobri
A alegria de compartilhar
Uma paixão foda
E juntas nos reinventarmos
Mergulhamos na magia profunda de:
Tu Estrela e Eu Lua!
No céu dos nossos corpos pratedaos.
Retrato de Erica
Nasceste do ventre da vida,
Como a Frida Khalo
Cores rebentam sobre ti
Um delicioso regalo.
Sonhas ir a paris
Beber o teu café sem açúcar.
Aproveitas e vais à Holanda
ver os campos de tulipas,
Com esse teu cabelo ruivo
Que faz mover as tuas pupilas.
Nenhum de nós é filho de chocadeira
Todos nós tivemos como primeira morada, o ventre materno
E de lá quando saimos para esse mundo
E cortam o nosso cordão umbilical
Separam os nossos corpos, mas as nossas almas não
Essas continuam unidas e ligadas para todo o sempre
Vocês vão se encontrar de alguma forma, em algum pedaço
Em algum verso deste poema
Elegia da Paixão -
E é como se o teu beijo tocasse no meu ventre
e é como se a tua pele me vestisse de cetim
e é como se o teu olhar num sopro de repente
me levasse nas asas de um desejo sem ter fim.
E é como se o suor dos nossos corpos fosse um rio
e é como se os nossos lábios fossem duas rosas
e é como se a noite nos levasse num navio
onde as nossas linguas se entrelaçam saborosas.
E é como se o teu toque esculpisse o meu regaço
e é como se a minha cama fosse o teu abrigo
e é como se o teu cheiro fosse o meu abraço
nessas noites em que não podes estar comigo.
E é como se tudo, em torno, sem ti, fosse vazio
e é como se em mim, esse vazio, fosse criança
e é como se ao meu peito ausente, gelado e frio
voltasse aquela angústia que vivi na minha infância.
E é como se os teus olhos fossem dois pedintes
e é como se os meus fossem dois poços de amargura
e é como se a minha dor já não tivesse ouvintes
nesta tórrida procura de afecto e de ternura.
E é como se nas veias o sangue não corresse
e é como se as viuvas pelos mortos não chorassem
e é como se no peito o coração já não batesse
e as andorinhas pelos Céus já não voassem.
E é como se afinal os poetas não escrevessem
e é como se o destino já não quisesse o fado
e é como se do fado as guitarras se perdessem
e os povos não tivessem o destino já marcado.
E é como se o mar já não tivesse os horizontes
e é como se o Céu se afundasse sem destino
e é como se tivessem pela vida secado as fontes
e eu voltasse aquela triste idade de menino.
E é como se a morte se espalhasse pelo ar
e é como se a vida fosse um pássaro na mão
e é como se estes versos que escrevo por te amar
fossem a mais bela Elegia da Paixão.
Berço de Poeta -
Porque trago junto a mim
tanta vida e tanta morte?!
Foi no ventre de onde vim
que nasceu a minha sorte ...
Minha mãe o que dizer
neste mundo a esta gente?
Que trazias sem saber
um poeta no teu ventre!
Desde a hora em que nasci
ao passar de mão em mão
que no berço onde dormi
estão a dor e a solidão.
Minha mãe o que fazer
se este mundo não me entende?!
Cantarei até morrer
a dor que minh'Alma sente ...
Jeremias 1:5
5"Antes de formá-lo no ventre
eu o escolhi;
antes de você nascer, eu o separei
e o designei profeta às nações.
Deus quando escolheu a cada um dos homens de Deus e mulheres foi para serem exemplos e tirarmos aprendizados de cada um deles.
E para mostrar que mesmo sabendo que cada um deles iria falhar em algum momento da caminhada. Foi para nos mostrar que a sua escolha é perfeita para a realização da sua obra; e escolhe aqueles que se veem como pequenos, incapazes e cheio de pecados.
É aonde Deus revela que mesmo sabendo dos seus defeitos, você é a melhor escolha para a realização do que almeja fazer ou realizar.
Então confie, se entregue e prossiga, porque quem te escolheu te garante...
Eu era apenas um pequeno bebê procurando uma posição mais confortável no ventre daquela que me gerou quando levei meu primeiro soco e me fez estremecer ate a alma, eu sobrevivi... eu que era tão pequeno e indefeso prossegui adiante, não vai ser qualquer pancada que vai me desmontar!
DANÇAS DO VENTRE E OUTRAS EXCITAÇÕES
Era na noite avançada
Dos nossos tempos idos.
Aplicavas os teus fluídos
Nos requebros do teu ventre,
Em danças que a gente sente
Acordar libidos adormecidos.
Em lascívias
Óbvias
Do teu tronco,
Em sinais de púbis molhados
Nos negros caracóis
Fantasiados
Nos brancos lençóis,
Que depois da dança tua
De ventre
E de frente,
Fazíamos amor
Cansado
Mas sempre apetecido
Quando regurgitavam
Orgasmos,
Em espasmos
De loucura e dor.
(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 08-04-2023)
O PÓS E O PRÉ
Lembro-me ainda de quando era velho
A cair de podre.
O ventre saído desmesurado
Expelido
Inchado
Como que a rebentar
A bomba fatal
Tal odre
Que estoura
Em excessos
Possessos
De processos
De químicas
De álcool com salmoura.
Menino, agora, já sou outra vez.
Com pés a caminho da cova,
Voltarei ao pó
Pó, pó, pó, pó
E cinza adubada.
Vou tornar a ser
Um novo ser
A nascer,
Não demora nada.
(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 22-04-2023)
Enquanto nos ocupamos em encher o ventre, e em embelezar o umbigo, esquecemos que há homens poderosos que podem, com um aperto de mãos, explodir o planeta...
O homem é tão patético que vive envolvido em questões locais, como se fôssemos uma ilha. O mundo necessita de pessoas universais, pessoas que consigam pensar e praticar uma ética superior, que contemple a humanidade como um todo, um mundo livre de conceitos e preconceitos mesquinhos e tribais.
A única diferença entre morrer no ventre da mãe e viver cem anos é que o homem centenário tem cem anos para fazer o bem e/ou o mal
O mar é tido como o ventre e origem da vida do planeta Terra. Cuide bem deste maravilhoso ventre. Iemanjá é a Mãe de muitos Orixás, e muitas pessoas desejam e fazem suas oferendas oferecendo algo valioso para si ao Mar. Peço que em suas oferendas não contenha nada que possa poluir este SER que é o MAR. Apenas sinta, silencie-se e mentalize suas oferendas, ofereça FLORES, pois elas são absorvidas com muito amor sem agredir o meio ambiente! A minha linda Iemanjá eu ofereço minhas flores sentidas em meu coração!
QUEM ROUBA A VIDA, ROUBA O FUTURO.
No ventre da folha, a lagarta repousa,
Sonha com o dia em que tocará o céu,
Mas sua jornada é interrompida,
Antes mesmo de conhecer a liberdade.
Quem rouba a vida, rouba o futuro.
Quem rouba o futuro, apaga a esperança.
Assim como a lagarta, os jovens são promessas,
Carregam potencial de transformação.
Mas suas vidas são tomadas pela violência,
E os jardins da vida perdem suas cores.
Quem rouba a vida, rouba o futuro.
Quem rouba o futuro, apaga a esperança.
Por um instante de crueldade,
Um bem material vale mais que uma alma.
Os sonhos são arrancados,
E as metamorfoses, nunca realizadas.
Que possamos proteger cada ciclo,
Cada metamorfose, cada vida.
Pois cada ser carrega em si a beleza
De um voo que transforma o mundo
Existe um grande motivo na minha paixão pelos poemas...
Pois nós poemas, eu volto ao ventre da minha querida mãe Ema...
Hoje passo a vida a escrever poemas, porque neles eu me reencontro com a minha amada Ema...
Enfim...!!!
Infinita e a saudade que tenho de ti Mãe...
SONETO A MINHA MÃE
(in memória)
Mae do seu ventre nasci
A luz do mundo conheci
Dos seus seios o alimento da vida
Nos braços a segurança perfeita.
Seu colo me acomodou
Suas mãos me acariciaram
Seu sorriso era só alegria
Sua voz uma sinfonia.
Hoje apenas lembranças revividas
Sofro pela sua falta, mas
Gratidão pelo que foste em vida.
Amor, ternura e paz.
Retrato de uma passagem
De um amor sem fim.