Poemas sobre o vento
Não tenho o que escreve...
Em minha mente,
Só à guerra.
Tristeza rebelde!
Com vento lá fora.
Irei continuar,
A tenta;
O querido bem da vitória.
De tantos confrontos...
Vou ser um dos escolhidos...
Para seres utilizados.
Para seres unidos.
Sei que parece besteira...
Mais lute até minha chegada.
Vou ajuda - lo,com apenas certezas.
Haverá milhares de nós queridos...tenha raça!
Eu vi o vento
a brincar por entre as árvores
Eu vi o sol a espiar
o balançar do vento
Eu vi flores a desabrochar
de acordo com a intensidade do sol
Eu vi a donzela a balançar despreocupada
crianças de encontro ao vento
elas querem se apoderar do vento
ou o vento com elas quer brincar ?
Segue o desafio
o vento a ventar
crianças a correr
folhas a cair
flores a desabrochar
Sol a brilhar
E o mancebo?
Que faz ali o mancebo?
Buscando chamar a atenção da donzela
que tem o pensamento ao vento
E com ele voa para lugares distantes
Em busca de mais conhecimento
não dedica a ele
de sua atenção um instante.
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editelima 60/ 2023
Tantos embarcam sem remos na mãos mesmo sem saber,
que quem é barco e não é direção, ao vento obedece.
VENTO DA INSPIRAÇÃO
(18.09.2018)
Passa as horas...
E tudo tem o seu propósito!
O vento da inspiração
Sopra em minha face
E o despertar é inevitável.
Então, busco dentro de mim
A voz marcante do silêncio,
Desejando a poesia consumir.
SONETO CINZA
Como no cerrado, o torto é vestuário
Desenhando no vento árida textura
Rajando o céu em escarlate mistura
O coração na paixão, tem imaginário
Eu, na solidão, de imperfeita bravura
Vejo a desdita germinar no itinerário
E o amor em tal solene rito arbitrário
Frustrado pela própria azeda ternura
Fico então no conforto do contrário
Do que no peito me anuncia a tortura
Implorando amor com um destinatário
Mais, que o viver possa ter procura
E a vontade de ter amor, seja vário
No afeto, o amor no fado, é ventura
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
25 de maio de 2016 – Cerrado goiano
Talvez você não seja mais que isto: alguém,
de costas, tenta acender um cigarro ao vento.
E há este oceano abstrato que vem bater em nosso quarto.
É preciso cuidado, não são poucas e são altas suas ondas;
escuto, mas quem compreenderia a valsa monocórdia
dos afogados, feita de uma boca intraduzível?
O vento dispersa o que eu diria, não chego
a você, a seus ouvidos; assim também minha mão
que desmorona antes de alcançar seu rosto onde
do que entre nós alguma vez foi nítido embaraçam-se
os fios; o vento derrama seus olhos para longe,
dessalga e seca nos meus a hipótese da queixa;
vento da noite, que espalha suas pedras negras
no imenso metro entre nós.
Talvez o mundo mais perfeito seja apenas isto:
você, enfim, acende seu cigarro.
Recomece seu caminho
Seu amor se foi com o vento
Deixou escorregar na escuridão
Escapar na imensidão
Morrer no pensamento
Nas lágrimas se afogou
Seu desespero parou
O peso aliviou
Na chuva se molhou
Garota erga sua cabeça
Sorria de leve
Sua vida celebre
Seu caminho recomece
Seu jardim refloreça
Nessa terra celeste
O poeta tem o dom do vate, o som dos sinos quando o badalo bate, toca o instrumento do vento, a harmonia das cores no pensamento, um lume de costumes, em resumo, ALMA & CORAÇÃO.
E o vento - ah o vento! - este que me ensinou a acariciar com delícias a verde copa da Árvore das Esperas...
DIANTE DE TI PARA SUPLICAR
Com lágrimas enxugadas pelo vento,
Ponho-me diante de ti para suplicar,
Quero te dizer que meu intento,
Nem por um momento tenta duvidar!
Que das tuas mãos vêm a cura,
De tudo que preciso para continuar,
Ainda que pareça loucura,
Não tenho motivos pra deixar de confiar!
Tu que tens os olhos tão distantes,
E conhece-me como ninguém,
Sabe dos meus pleitos muito antes,
Que eu os confesse para alguém!
Hoje de ti quero apenas um abraço,
Já não sei o que faço pra tentar melhorar,
Mas permita -me tirar um pedaço,
Da tua atenção que me faz suplicar
Quisera a minha súplica poder te alcançar,
Ouvir a tua voz tão lúdica e acreditar nessa quimera,
Pudera as notas da tua música me acalmar,
Conter esse ímpeto que vocifera!
Eis que um líquido escorre na minha fronte,
E do meu corpo se apodera,
É o bálsamo que vem da tua fonte,
O refrigério que a minha alma tanto espera!
Rodivaldo Brito em 10.02.2019
Papel Escuro
Tudo esta como uma folha de papel
Se vier um vento forte pode levar
E o papel pode até escurecer
Antes de voar pode se cortar
Se não se cortar pode até se rasgar
Se voar não volta.
Não tem conserto é um papel
É frágil,que com um gota de água
Pode se esfarelar, é tão mole
Que com um puxão pode rasgar
É muito difícil entender
Mais o resultado é não desistir
Lutar é a melhor opção.
Ser forte para não se rasgar.
Crescer para não voar
Entender para não escurecer
Lutar para ganhar
Esforçar para nunca se esfarelar.
A velhice é um vento que nos toma
no seu halo feliz de ensombramento.
E em nós depõe do que se deu à obra
somente o modo de não sentir o tempo,
senão no ritmo interior de a sombra
passar à transparência do momento.
Mas um momento de que baniram horas
o hábito e o jeito de estar vendo
para muito mais longe. Para de onde a obra
surde. E a velhice nos ilumina o vento.
Meu coração é um violino.
Lá fora sopra o vento
contorcendo o mar.
Penso no infinito.
La fora passa o vento
digladiando com o mar.
A ideia é um precipício.
Por que há o vento
penso no princípio,
no sem fim, no caminho.
Triste verso que agora escrevo
(e que alguém vai lendo),
pensar é um abismo.
Sou pequeno bem pequeno,
mas minhas mãos tem gestos
que nunca terminam.
Flor
A Flor menina, renasce a vida do doce jardim
A Flor tão jovem, se foi com o vento, levando consigo um pedaço de mim
Se um dia te achar pelo chão rolando sozinha
Serão Pétalas cinzas
Refletindo a dor minha
Não te abandonarei como um dia por ti fui abandonado
Pois conheço o ardor e o poder de uma flor
Que jurou para sempre ficar ao meu lado
" Intimidade é olhar nos olhos e sorrir
deixar a alma fluir, dançar ao vento
curtir o momento especial
e ter o prazer de receber e dar prazer
intima idade é confiar no futuro
aceitar o presente
intimidade e passar as mãos nos cabelos
e pensando um pouco de bobagem dizer
hoje você não me escapa....
- O céu está coberto de um cinza azulado, um vento fresco e árido, açoitando levemente as grandes e fortes rochas, em questão de minutos o céu oriental se tornou uma conflagração de âmbar flamejante, as colinas crescia contra ele, que então despejava uma brilhante luz acobreada, com água incendiada, essa luz percorreu o flanco da colina e o terraço, envolvendo-os em flamejante radiação fazendo com que a linda flora ter pulado pra vida; então o sol apareceu no cume de uma montanha e a terra acordou com um eco sussurrante.
Alma corroída 1986
Meu amor por você se foi
O vento levou o sentimento
Simultâneo árduo momento
Não há nada mais que pensamento
Coração formado de pedra
Deixei você e despertei a fera
Por mais que eu busque a bela
Saia agora da minha mente
Sua falsa serpente
Esta corroendo minha alma
Está me envenenando com calma
Morrendo estou por dentro
Me matar é um jogo lento
Só que a você é satisfatório
IDENTIDADE
Sensação de outono.
Em que folhas soltas
ao vento se perdem leves,
em total desapego.
É quando me percebo
mais amiúde, transmutada.
Sempre em profusa doação,
me acompanho: adubo da terra,
úmido limbo, absorvido
pelas pedras, sal e lama.
Entregue às estações,
desprendida, aceito o ciclo
da regeneração.
Tudo sentindo, fundo.
E ao sentir, espalho palavras,
assim como as folhas ao vento.
Renovo-me.
Assim sou parte.