Vento no Litoral
O medo me fez trancar a casa muitas vezes e por vir em forma de vento suave, ele sempre conseguia entrar por alguma fresta. Mas eu percebi que ao trancar as portas e janelas, eu perdia o melhor do dia.
Decidida então a não perder mais nada por medo, escancarei tudo.
O medo até vem, muitas vezes em sopro forte, mas circula rápido e desde então eu nunca mais perdi o brilho do sol.
Amontôo os pedaços espalhados, alguns que o vento contrário ainda traz como poeira em minha porta.
Amontôo estilhaços de um laço passado que não mais enfeita.
Junto em sequências as desavenças entre a lembrança e a realidade.
Despejo, arremesso, vomito esses fragmentos de saudade.
E continuo a amontoar, não com ligeira intenção de reconstrução.
Torno cinza qualquer resquício e o vento te leva para longe dos meus pulmões.
''Nós passamos pelo fogo,pela água,pela terra e vento,mas quando notamos que esses elementos essencial para humanidade são para alguma finalidade do ser!?Ou quando os convertemos como simbolismo do que ocorre na vida,simplesmente ignoramos os cuidados de Deus''
Cidade de poucas ruas, quando eu for, um dia desses.
Quero poeira em meus olhos.
Vento frio de madrugada, e a mesma mulher pra amar.
Noite de ventania!
Forte tempestade se aproxima.
E que as flores se agitam.
Como a despedida de outrora.
Você foi a flor, que partiu sem voltar.
Madrugada fria!
Em vez de dormir, tremendo eu te escrevo versos.
É que o vento forte suspira seu nome.
Vento suave e frio que me embala, relento.
Esse escuro céu do momento, nubla-me,
traz-me ao que recordo seu alento...
Invade em mim uma nostalgia,
arregalo os olhos, olhos sem euforia
Vejo um passado que voou cinzento,
voou nas asas desse tempo.
Pra nunca mais voltar,
o que já foi por vir enganchou-se
lá em meus pensamentos, em papéis.
Pra ficar, alojou-se lá.
Vento que me embala, com suavidade,
faz em meu sangue
Pulsar saudade.
As crises existenciais são como os ventos que sopram a vela de um barco à deriva. Aprenda com elas e tome novos rumos.
...Os ventos podem soprar para qualquer direção, mas somos nós é que decidimos para que lado devemos içar as velas...
Como o vento tomei meu rumo e continuo a vagar com as folhas em minha volta sem destino certo pra onde ir.
Então avisto um lago, onde as aguas tranquilas carregam as folhas escritas da minha história.
E no silêncio da noite a lua observa essas folhas, porque trazem tudo de um nada.
Mas também do nada um ser glorioso fez o tudo.
Me lembro então que o tudo, pode ser feito também em minha vida.
Basta apenas entregar as minhas folhas e a correnteza que carrega a minha vida na direção das mãos do Salvador, para que ele nos tire do nada e nos recomponha na árvore de onde caimos.
Não mudamos. Podemos melhorar, mas não mudamos. Somos o que somos desde o ventre da mamãe. Ser é uma questão de ética. A ética é imutável e universal. E eu venho descobrindo que tudo em nossa vida é questão de ética. A justiça tem seu alicerce na ética. Amar é um comportamento ético. Podemos nos transformar, mas não deixamos de ser, não mudamos. A transformação é uma questão moral. O leite se transforma em doce, mas continua leite. O leite não muda para ser café. É um esforço desnecessário e vão tentar mudar a si e, principalmente, aos outros. Vivemos acercados destes dois pilares da convivência: a ética e a moral.
Aquele dia cinzento, com ventos de chuva fazia com que o mensageiro dos ventos emitisse sons que mitigavam a ansiedade que existia em mim, aquilo apaziguava tanto a mente que eu sentia como se fosse parte da brisa, embora, naquele momento eu quisesse mesmo fazer parte dela, para passar e enfim me dissipar e assim ninguém mais notar o quão distante eu estava.
Vamos respirar e viver.
Se houver qualquer chance de acontecer,
o vento trará você de volta para mim.
Você nasceu para voar.
Eu não suporto prender-te em uma linha e como uma linda pipa te ver rasgar os céus.
Quero-te como és,
como um lindo pássaro livre
Viver é caminhar como o vento, sem destino, sem pressa, sem motivo, fazendo sentir à nossa volta a grande ira que nos vai na alma
Amor que passou sem os ventos do tempo levar, agora cansado eu ainda amo, como se o amanhã fosse o ontem, como se a vida estacionasse e a terra não movesse em seu percurso.