Vento no Cabelo
Sou meu riso
mais solto,
a lágirma que rola,
o cabelo ao vento,
os pés descalços,
o passo leve,
a flor do campo,
a música que danço.
Sou o voo livre,
o pouso no ninho,
meu próprio rascunho,
do céu, o carinho!
12/09/2015
Cabelos ao vento
E eu procuro ajeita-los
E tambem os sentimentos
Os pensamentos
E a vida
Colocar tudo em ordem
(Re)organizar
Ajeitar a situação
Priorizar as emoções
Fechar os olhos e sentir
A brisa passar
O corpo refrescar
A mente sossegar
O clima abrandar
E a existência se fazer
Plena de tudo
O que eu tenho direito
E mais ainda dos meus deveres
A se cumprirem
Aceitar a missão
Ter compaixão
Viver com paixão
E morrer de amor
Por mim!!!
Cabelos ao vento
E eu enxugo as lágrimas
Que insistem em rolar
Em despencar dos meus olhos
Ao mesmo tempo
Que meus cabelos
Tentam esconde-los
De nada adianta
Porque eu desmorono
Aqui dentro de mim
Minhas emoções pulam
Do penhasco interior
E tudo balança
Cai de um lado pro outro
E o vento passa e repassa
Na tentativa
De colocar tudo no lugar errado
Porque nada está definido
Não há nada mais bonito
Do que um amor despretensioso
Daqueles bem sentido
Fazendo todo sentido do mundo
Porque o amor é um sentimento profundo
Voce busca bem lá no fundo
Do coração e da alma
Ele anda de mãos dadas com a fé
E ai pode chorar de felicidade
Porque cabelo esvoaçante nenhum
Vai conseguir esconder
Porque amor e fé não se escondem
Transcendem o corpo e o espirito
Transbordam além do infinito olhar!!!
Cabelos ao vento
E ele sopra
Com tamanha intensidade
Feito tempestade
Na alma da gente
Despenteia-me
Dilacera-me
Me cambaleia
Me supero
Me espero
No tempo certo
Só o essencial fica
Intensifica
O amor aqui dentro
E tudo clareia
Floreia
Se ajeita
Dentro do peito
E a vida segue
Prossegue
De qualquer jeito
Vou vivendo
Tentando o crescimento
Evoluindo aos poucos
E morrendo todos os dias
Continuo a olhar
A observar a natureza
Do ser
Do amor
Do sofrer
E então me entrego
De corpo e alma
Para o universo
E faço um verso
De despedida
Vou sentir muito
A falta de viver
Sorrir
Amar
E chorar
De felicidade
De (des)prazer!!!
Cabelos ao vento
E ele me carrega
Para dentro de mim
Me sobrecarrega
De amor-próprio
Ou de amor pela natureza
Me empurra pra certeza
De que esta passando da hora
De ser muito e completamente feliz
Me faz saltar de alegria
Me decompõe a tristeza
Me recompoe a alma
E me lança no amanhã
Me tira do chão de giz
Me joga no tabuleiro de xadrez
Me alucina a mente
Me afoga as mágoas
Me reintegra a vida
Me soluciona os problemas
Me acorda o espírito
Me faz dançar com a brisa
Me faz brilhar no azul do céu
Me acalma a tempestade
Que me tira do lugar
Me leva pra onde haja paz!!!
Cabelos ao vento
E hoje eu trago flores
Pra comemorar a vida
Pra bendizer as palavras
Pra perfumar a alma
Pra enfeitar o coração
Pra alegrar o dia
Pra ser grata
Para lhe oferecer
O meu melhor
E para o vento esparramar
As sementes do amor e da fé
E para a brisa refrescar o espírito
E banhar a nossa existência
Com a luz divina
Soprando felicidade eterna!!!
Cabelos ao vento
E eles estão rebeldes
Não poderiam estar diferentes
São incontroláveis
como certos sentimentos
São indomáveis
Como certos pensamentos
São o que são por puro desprendimento
Por não se adequarem aos padrões
Impostos pela sociedade consumista
Tem que estar presos, retidos e contidos
Desalinhados ou armados até os dentes
Uniformes ou disformes artificialmente
Monocromaticos, coloridos ou multicores
Porque brancos nem pensar
Desgrenhados, despenteados ou soltos
Em liberdade ou escravizados por correntes
Crespos ou lisos, alisados pela força contrária
Longos ou curtos, encurtados a golpes de tesoura ou verbalmente
E assim vamos sendo moldados de acordo com o que vão pensar de nós
Usando um penteado que não nos cai bem
Porque se não for assim somos reprimidos ou repreendidos pela hipocrisia do ser
Quer saber, em sinal de rebeldia vou ficar careca de saber
Porque quem sabe da minha vida sou eu e mais ninguém!!!
cabelos ao vento
e a ordem é
dançar
me soltar
liberar
envolver
me alegrar
desprender
me amar
rebolar
ao som da brisa
que alisa meu corpo
que afaga os meus cabelos
que acaricia a minh'alma
que acalenta o meu coracao
que banha meus pés
descalços
desnudos
calejados
cansados
e faz-se um escalda-pés
e eu sigo mais leve
livre e solta
nada mais importa
só a paisagem
a minha volta
porque colore meu dia
me enche de alegria
preenche a minha vida
com extrema felicidade!!!
Cabelos ao vento
E mesmo estando presos
Eles esvoaçam
Fazem a maior festa
Ao me verem maquiada
Com um belo sorriso no rosto
Me vejo como única poesia
Do universo divino
Do universo feminino
Do meu universo interior
Porque sou inteiramente o verso
Da minha melhor versão
Sou o que tenho no coracao
Sou mais eu
Mais de mim
Sou um poema clássico
Com rimas
Faça uma leitura oral
Verbal
Ou somente com olhar
Calmo e sereno
E o vento no meu ser
A soprar o amor
Que paira no ar
Ao meu redor
A me refrescar!!!
Lindos que nem eu
E o vento passa
levando meus cabelos
Passa a mão em minha dura cabeça
Passa carregando o meu chapéu
Que esconde um triste olhar
Um sorriso mal dado
Os olhos vermelhos de chorar
A expressão abatida
Que nem os sentimentos doidos
Esconde o meu pior
A minha vergonha
Tudo o que deveria ser exterminado
E ainda não foi
E a cabeça baixa de descontentamento
Ou por conta da consciência pesada
Por ter feito muita coisa errada
Ou por não ter feito nada
do que esperavam de mim
Este chapéu esta escondendo tambem
O que há de melhor em mim
Esconde o meu amor à ser doado
E principalmente me esconde de mim
O que vai no íntimo da minh'alma
A beleza rara
Que só aparece quando o meu amor-próprio me dedura
Me tira do esconderijo secreto
Me lança com ternura
Para o divino universo!!!
O que queres poeta?
Quero a leveza do vento que entra pelos fios dos meus cabelos em preto e branco.
Quero a verdade das crianças, a beleza das rosas vermelhas e ficar corada por amar demais.
O que queres poeta?
Quero me sentir desejada, amada, querida e admirada, ser o lugar que ninguém é, um lugar que só eu posso ser, e sou.
O que queres poeta?
Que o relógio pare, toda vez que eu amar e me sentir amada, mais nada.
Nildinha Freitas
Tristeza sem fim
O tempo parece não passar
Sinto o vento tocar meus cabelos
Me sinto tão vazio nesse lugar
Tudo o que eu queria agora é que essa tristeza acabasse.
Só o que escuto é o barulho do ventilador
Ninguém pra me chamar de amor
À solidão me abraça junto com a escuridão da noite
Já não me lembro direito como é sorrir
A alegria já não habita mais aqui.
Anda pelas ruas vagarosamente e o vento sopra seus cabelos balança seu vestido. É triste é humilde. Tem um gesto tão lindo seus passos tão lento e tão macio. Do olhar tão triste, a poeira não lhe hincomadam de rosto tão limpo..
Vou por aí...
quero um gole de felicidade
para me divertir...
música boa ecabelo ao vento
para me distrair...
Vou sorrindo...
vou por aí...
Com o vento soprando leve
os meus cabelos em desalinho,
sinto o correr das horas...
Em cada passo, pelo caminho.
Valnia Véras
Sobre Solidão!
Sobre hoje, estive só
Totalmente por si só.
O vento batia sobre meus cabelos
Como se estivessem modelando modelos.
Uma tarde de domingo friacho,
E a beira do riacho
Estava a imaginar
Em como despaginar
Versos de uma vida anterior.
Em meio a diversos pensamentos
Me flagrava sobre fragmentos
Ainda da vida do exterior.
A solidão é assim,
Do tipo assim,
Pois sim
Deve ser assim.
Caminhava de pés descalços
Sentindo a areia nos pés
O vento bagunçava os meus cabelos.
Fitei o oceano imenso
Com respeito
E respirei paz.
Aí percebi,
Que morava em mim
A capacidade de ser
O que eu quero encontrar.
Para que, quando o amor chegar
Eu não o sobrecarregue com meu querer.
Mas saiba ser, simplesmente
O amor de alguém.
“O vento envolvendo meu cabelo, e as folhas que caem das árvores passam por meu corpo, caio em prantos me perguntando o porquê você se foi, juro que não compreendi. Fiz de tudo por você, e de joelhos naquele parque olho para o céu ergo meus braços e começo a chorar, desesperada por esse amor sem saber o que fazer, sem saber para onde ir, estou em um labirinto, perdida. Preciso de ajuda, você me afundou, me deixou em uma absoluta solidão, quero fugir, corro para o mais longe, mas quando me vejo, meu chão se parte e volto para o início, você não me sai, estou ficando louca e a única pessoa que pode-me salvar é você.”
No meio do deserto um eco
Um som ao vento
Passa por ela
E jogando ao ar seu cabelo para trás
Ao ver naquele momento
Um sorriso que se faz destacar a luz do sol
Vejo por forte expressão
A angustia e pressa de sair de lá
Calma menina, calma.
Que o anoitecer estar para chegar.
F.