Vento Fogueiras Velas
Deixa-me um sinal
pressentido
entre o vácuo e o manto!
ou o mar!
ou o vento!
ou as velas do meu barco
parado algures
no inevitável
porto das esperas...
Ela é embarcação
Sua vida segue o vento
Ela é quem controla suas velas
Ela é bússola
Seus caminhos são incertos
São tantos portos a se atracar
Tantos mares a navegar
Mas o destino é ela quem escolhe
Ela é âncora, segurança, proteção
Ela é seu próprio porto seguro
Ela gosta do mar calmo como piscina
Mas é capaz de navegar em mar revolto
Ela é sal, areia quente e sombra fresca
O mundo é dela e ela também.
"Como o vento que sopra as velas de um barco, és tu minha consciência quem me guia pela escuridão. Com os passos firmes ao chão, sem me deter jamais, prossigo a minha jornada rumo ao infinito da vida. Carrego comigo as experiências que obtive através do meu próprio erro e daqueles que me cercam. Continuo, sempre, dono do meu eu, consciente de meus atos. Sou meu pior inimigo e meu maior aliado. Sou o meu passado, presente e futuro."
Você pra mim é o mar que navega meu barco por onde quer que eu vá o vento que sopra as velas é sua voz quando sussurra em meu ouvido palavras que me deixam a deriva sem direção a navegar mais quando olho pra você o caminho se faz por si só como obra do destino.
"Se chegou a ventania, ice as velas, faça um cata-vento, é na força imposta que adquirimos resistência".
Abstração
Era uma noite escura e velas resistiam aos ventos intensos violentos da memória. Nas gavetas as sensações da imaginação criavam um passado que sucumbiu na tempestade da perturbação intempestiva e inoportuna.
O que haveria do outro lado do absoluto esquecimento de cenas, agora vazias de vida, vítima de versos talvez revoltos, escrotos ou singelos, quem sabe, esculpidos e tingidos de paz, pureza, leveza?
Cenas criadas, concebidas, fantasiadas remeteram a uma multiplicidade de sentidos, imagens, talvez geradas e abortadas de um juízo errôneo, irrefletido.
Qual deus, qual nada, qual tudo lhe suprimiu, subtraiu a memória como um larápio poderoso que sublimou, apropriou-se daquele passado na gaveta vazia.
E a lágrima perdeu-se no curso natural, devastada pela letargia do tempo olvido, pela tempestade profunda e prolongada da memória enlutada do esquecimento. Lágrima a deriva, nem verso, nem rima, nem nada.
(Bia Pardini)
"Mais ventos em nossas velas, menos âncoras em nossas vidas. Que a nossa força e vontade de vencer sejam bem maiores que os medos que nos estagnam."
Âncora recolhida, velas ao vento, mãos no leme... Resgatar o meu eu perdido na ilha dos sonhos esquecidos.
"A vida é um sopro,
cujos ventos cintilam em nossas velas içadas,
em que o tudo,
ou o nada,
não produz rama,
ou faz morada."
Não importa para qual direção o vento vai nos levar, ajustaremos as velas e enfrentaremos juntos as tormentas e as calmarias!
"Vento"
Nos ventos que sopram lanço minhas velas
e consigo chegar onde meu coração quer.
Se fico parado lanço âncora e as onda não podem me levar.
Navego por águas que muitas vezes nada conheço,
mesmo assim sei que se fizer tudo certo
chegarei onde o porto me dará segurança.
Nas tempestades sou ponderado e calmo,
pra que seja salvo eu e os que de mim
esperam salvação.
Sou veleiro por ti a navegar
És mar sereno onde estou a singrar
És vento a minhas velas inflar
Vou rumando para ti
A mulher por quem vivo a sonhar.
Humberto Leão
Atirei pedras contra o vento, soprei velas de bolos alheios, amei quem um dia partiu, chorei lágrimas vãs, deleitei em braços que não me convinha, implorei por amores impossíveis, retirei folhas de um livro importante e lancei contra o fogo somente pra aquecer um coração gelado que dormia imensuravelmente tornando a vida muito menos colorida, não pelo fato de ele ser mal amado, mas pelo simples fato de estar aguardando o que chamavam de insensato e obscuro...
Vejo a música como um barco á velas em alto mar, deve-se seguir as tempestades, lutar contra os ventos e se apaixonar sem mesmo ter um cântico, e, poder rimar...
O VELEIRO.
Márcio Souza. 05.05.17
Soltam-se as amarradas contidas,
Içam-se as velas contra o vento,
Levantam-se as âncoras da vida,
Em viagens de sonhos no tempo.
O vento, a vela o veleiro,
Singrando as ondas do mar,
É a vida de um marinheiro,
Que vive no tempo a sonhar.
Meu barco meu companheiro,
Navegando sem destino,
Somos juntos dois guerreiros,
Na vastidão do mar azul cristalino.
Levamos nossas incertezas,
De um amor que não se desfaz,
Saudades e as nossas tristezas,
Mas o coração segue em paz.
A paz que o mar oferece,
A brisa que o vento dá,
Elevo a Deus minha prece,
Pela calma em que minh’alma está.
Faço das águas o meu abrigo,
Meu canto e reduto de navegador,
Levo nos pensamentos comigo,
As lembranças de um grande Amor.
Misturam-se velas aos ventos,
Amor, saudade e paixão,
Vou navegando mar adentro,
Nas águas, do oceano do coração.
Mas a vida tem seus momentos,
Com vencimento, validade e duração,
Velho e alquebrado pelo tempo,
A viagem chega-se ao fim, termina a navegação,
Desfiz as amarras e velas ao vento,
Novamente, lancei ao mar as âncoras da embarcação,
Parei minha bússola do tempo,
Com minh’alma combalida, atraquei-me no cais da vida,
Hoje eu vivo o meu descanso, no Porto da Solidão.
Márcio Souza.
(Direitos autorais reservados)
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