Vento
Corações rasgados como papéis ao vento...
Recordações que apunhalam ...
Sentimentos dispersos na multidão...
Nuvens tempestuosas sobre sua cabeça...
Vagalumes que brilham no fundo do seu coração...
Um dia os papéis se colam, as recordações viram lembranças , os sentimentos acham seu lugar, as nuvens cessam de chover, e os vagalumes ,ah os vagalumes vão brilhar em você!
DORES NO VARAL
"Desta vez, os degraus são de vento e, na queda boçal, quem me ampara é o tempo. Sem saber o que me dói, fiz o nome dele perpassar por entre os dentes, fazer um deserto em toda falta de saliva. Mesmo macio, disto fiz a minha dor. Ele - todo e próprio - é muita razão para a alegria que me pendura nos varais mais altos da extensão da vida. Perdoe por culpar o vento - é apenas amor."
Deixe que a brisa do vento te envolva em doces pensamentos.
Que te leve a lugares que você gostaria de estar.
Que a suavidade da brisa acaricie a sua pele e te faça apreciar o quanto é bom ficar momentos só, para observar e refletir que a vida deve ser comemorada e bem vivida todos os dias...
Palavra ao vento vem palavras vão e esses pensamentos vão se esvaindo durante a noite e se completando com outros ventos de lugares que nem posso imaginar
Talvez possa imaginar os ventos que são trazidos pelo seu sorriso, ventos tão calmos, mas ao mesmo tempo tão perturbadores.
É essa perturbação nos seus ventos que faz meu mar se agitar e gritar
Faz ele chorar e se pergunta o motivo disso tudo
Pergunta perguntas que nem eu mesmo consigo falar
Já me disseram que minha opinião não passa de palavras ao vento. E daí? se eu puder fazer com que outros milhares que pensam da mesmaa forma, passarem a acreditar no poder das palavras, uníssonos moveremos o mundo.
Conhecer você foi uma das coisas mais inesperadas da minha vida. Você é tão diferente de qualquer pessoa que eu já tenha conhecido, e até mesmo de mim. Foi tudo tão rápido, mesmo usando uma das cores que eu mais odeio, tendo a aparência do tipo de pessoa que eu mais desprezo eu senti a necessidade de falar com você, consegui isso da forma mais idiota possível. Não me orgulho nem um pouco. Quando a gente saiu pela primeira vez eu estava tão nervosa que não conseguia parar de rir, você com o seu jeito estupido e confuso de ser me fez gosta meio que instantaneamente. E depois não precisou passar muito tempo pra esse sentimento crescer. Porém a nossa “historia” teve que parar ali, a culpa foi minha eu sei. Por que como sempre fui muito estupida e acabei agindo por impulso. Usando a raiva pra tomar decisões. O tempo passou e meio que voltamos a ser como antes, amigos ou mais que isso, já nem sei. Você tem a capacidade de me deixar extremamente confusa. Eu amo você e odeio admitir isso, mas sabe, eu não suporto mais suas tentativas de manipular meus sentimentos. Sua mania de achar que eu não me importo com nada e que tanto faz quanto tanto fez o que se passa. Você não tem ideia das coisas que passam na minha cabeça, do que sinto. Dizer que vai ficar tudo bem e tentar tampar o sol com a peneira está me esgotando. Planos mirabolantes, vômitos de palavras ao ar já não me bastam. Não somos almas gêmeas, nunca fomos. Somos duas pessoas totalmente diferentes e que pelo visto não se completam em nada. No início até pensei que não iria suportar tomar essa decisão, mas sabe o que? Hoje eu vejo que a vida segue, e que é melhor assim. Porque se prender a um passado que não vai dar em nada no futuro? Tudo na vida precisa de um ponto final, o nosso é aqui, eu desisto! Não tenho mais porque pensar no que aconteceu ou deixou de acontecer, temos que seguir em frente. Viver de "maravilhosas" promessas não é aceitável. E afinal, depois de um tempo os dias voltam a ser bonitos e por mais que seja complicado apagar da memoria e do coração todo aquele sentimento de felicidade que um dia transbordou, não é impossível.
TESTAMENTO...
(Bartolomeu Assis Souza)
Faço em vida meu testamento,
minha história...
Que tudo fique ao vento!
Há uma luta cega
Fica meu oco olho
Meu cadáver enrijecido
Nunca mais que quente
Somente o frio o tempera
Em guarida construída
Faz macia minha sepultura...
O morto que sou,vou
Ressuscito em outra vida...
Cai a noite
Esfria o vento
absorve o claro,
surge o escuro
e o oportuno sereno
em que gotas geladas
mudam a paisagem,
que se escondem no horizonte
caindo na madrugada
numa beleza inocente
escancarando seus astros
no noturno brilhante,
reluzente na gestosa
criação infinita
da beleza da noite...
O vento dá uma sacudida nas nuvens, aquela que estão mais escuras, manda para outro lugar e vira aquela desordem de seca.
Quanto mais lutava contra o vento, mais cansada ia ficando e o que era para proteger, estava a desgastando...
E ela soltou, deixou o vento levar. Uniu-se a tempestade, deixou a chuva a tocar...
E naquele instante percebeu o que aquela situação representava em sua vida,
o apego só gera sofrimento e continuar com algo que está incompleto é viver em tormento.
Uni-se a tempestade, deixe ela te tocar. Observe o agora que tem muito a te ensinar.
Quem pode ver o vento quando ele chega?
Pode-se sentir e ouvir seu canto em forma de assopro igual a música tocada em uma flauta
Ver sua irreverência quando ele brinca com as folhas das árvores fazendo as voar ou em qualquer lugar realizando uma coreografia de dança com um papel a voar
Chega de repente para colocar em desalinho os cabelos de quem estiver em seu raio de ação
Ele parece sempre querer nos chamar a atenção não apenas da chuva que sempre anuncia
Mas também para algo que ainda não temos a capacidade de entender...
Mais quando se está em um barco a vela em alto-mar
Sentimos sua imponência conduzindo o veleiro com segurança para um porto seguro.
Passou o tempo todo, passou o tempo e veio o
vento, que levou o tempo passando do momento que é ele o vento manifestando o movimento sem tempo.
VENTO
Se eu pudesse voltar no tempo escolheria nascer vento
Vento só bate não leva
Vento também fura pedra
Vento é brisa
Vento anima
Vento destrói
Vento constrói
Vento planta
Vento arranca
Vento cria onda
Vento esquenta
Vento esfria
Vento cria chuva
Vento derruba e faz voar
Se eu pudesse voltar no tempo, nascia vento.
Nascia vento, vento a viajar, estar em todo lugar.
Vento muitas vezes não é visto, vento é quase invisível
Nascia vento e vivia sempre
Se eu pudesse voltar no tempo nascia vento.
A moça corria, seus cabelos voavam, ela dançava ao som daquele bandolim. O vento fazia parte da orquestra e ela girava… Girava até cair de vez naquela plantação de trigo. Seu vestido floral a deixava mais jovem. Não parecia a mesma que sofria pela falta de amor que agora era suprida pela dança que ela fazia com a solidão. A moça era bonita, seu sorriso colocava cor. Pintava o céu com seus olhos e adoçava os dias com sua voz. A mesma vivia cada dia como se fosse o único, pois, a vida não é digna de se desperdiçar.
A terra seca
O vento que não sopra
os pássaros que não cantam
o sol que estremece as árvores;
Secas.
Maria na janela.
o sol queimando o vento
o vento que não sopra
o sol queimando Maria na janela
o bem-te-vi que não canta
Soalheira e silencio
Ar morto e viscoso
o céu sem nuvens
janela sem Maria
Um fim de janeiro, nos confins do sertão.
Quando um pássaro machuca suas asas, passa dias no ninho, tendo de observar outros pássaros circularem pelas árvores, darem os loopings que ensinou a muitos deles... A subirem, descerem, sumirem e voltarem. Pode acontecer durante a primavera, estação mais linda e colorida, durante a qual é esplendoroso voar entre os bosques cheios de flores; às vezes durante o verão, quando os mergulhos no mar satisfazem tanto quanto a brisa que sentem nas penas quando o sol finalmente dá uma trégua; ou durante o outono, quando tem que se preparar para o inverno, observando tudo ao seu redor ir de cores vivas e quentes a mais amenas e frias; durante o inverno, voar, apesar de não parecer, aquece seu coração, faz o sangue circular e com que ele se sinta vivo.
E durante estes momentos ele se questionará "Mas por que comigo?". Aos olhos dele ele é o infortunado que machucou as asas durante sua temporada preferida... O que na verdade é mentira, pois ele ama todas elas. O que não suporta é ter suas asas podadas como a copa das árvores as são por crescerem demais... Ele quer sempre poder crescer mais e esse tempo em que é impedido de voar, tira dele toda a satisfação e a sensação de liberdade que corre por suas veias. Ele se torna um observador, enquanto na verdade, seu interior anseia por sentir o vento por entre as penas e o poder da imensidão ao seu dispor.
Mas todos passamos por fases necessárias e "impuláveis", se é que essa palavra existe, e todos somos obrigados a lidar com elas quando elas chegam. No final das contas vira tudo aprendizado.
E quando a fase passa, a gente suspira, ergue as asas e voa outra vez.
Pois afinal, qual pássaro desistiria de voar?
NG.
O galo canta, os ruídos incompreensíveis da vida lá fora que se espreguiça com o despertar de mais um dia. E nessa bruma que borda o amanhecer os ponteiros do relógio pendurado na parede esmaecida vão voando na obscuridade tentando decifrar esse enigma do tempo...E nesse instante um suspiro profundo da alma, onde o vento leva e traz mistérios do dia e da noite e todos os dias...
Dizem que um poema carrega o poder da palavra. Gritei chuva, caiu granizo. Sussurrei vento, choveu na alma.