Vento
Vazio
Não tive dedos suficientes pra contar
As dores vividas no calabouço
Da minha alma perdida entre mentiras
De que eu sabia que o meu cantar
Levaria com o vento
Para os amados, alento.
Eu nada aprendi dessa troca
De idéias e ideais
Não guardei um só instante
As memórias do aprendizado
Sobre o amor
Que eu vim buscar
Tive apenas ilusões arredias
E apostei em atitudes tresloucadas
Correndo atrás dos que me renegaram.
Acreditei que estes
Poderiam preencher o vazio despudorado
Da agonizante despedida
De quem parte solitária e oca
E solta.
Desprovida de alegria.
Vazia de vida.
Desnutrida e carente
Completa indigente.
Os anjos olham pra outro lado, pois entendem o meu estado. A dor me feriu pra me fazer escravo; já que somos como poeira no vento, sejamos bravos.
Ponho em versos o que sinto por você
Porque ao falar a sua memória poderá
as minhas declarações apagar.
Mas transformo meu amor em poesia,
pois nenhuma dessas palavras
nem o vento poderá levar.
Vem como o vento, vem feroz,
Bagunçar meu cabelo, levar meu perfume, me fazer arrepiar.
Que por você, por esse vento, até deixo meu café esfriar!
SE O VENTO SOPRAR NO SEU ROSTO E SENTIR NÓS LÁBIOS O SABOR DE UM DESEJO DOCE, QUERO QUE SAIBA QUE FOI MEU AMOR QUE TE TOCOU...
Hoje é o melhor dia da minha vida.....
Estive procurando o amor em todo o lado, na lua cheia,
Nos sussurros do vento, no brilho das estrelas, no fluir da água, nas partes rochosas da terra.
Durante muito tempo eu estava procurando o amor, em cavernas escuras, em prados cheios de luz, Nas folhas das árvores ao cair, no brilho dos olhos, nas gargalhadas,
Nas melodias e não pude encontrá-lo,
Então decidi pesquisar um pouco mais perto,
Em minhas mais belas memórias, nas ações mais puras,
Nos meus olhos, meu sorriso, no meu cabelo, na minha forma de ser.
Então hoje o encontrei, o amor está no meu coração e embora pareça algo lógico,
Para mim foi totalmente novo porque descobri que o amor que estava procurando
Não poderia encontrá-lo, nem no mundo, nem nas pessoas,
O amor que estava procurando era o que estava em meu coração,
Muitos costumam dizer amor próprio,
Mas eu decidi chamá-lo de reconhecimento das cores de minha alma.
Eu quero viver. Eu quero sorrir.
Eu quero andar e ser livre por aí.
Eu quero amar. Eu quero sentir
o vento, o sol, a chuva e o frio.
“Vaidade das vaidades – diz o Eclesiastes –,
vaidade das vaidades, tudo é vaidade!”/
Que proveito tira o ser humano de todo o trabalho
com o qual se afadiga debaixo do sol?/
Uma geração passa, outra vem,
e a terra continua sempre a mesma./
O sol se levanta, o sol se põe
e se apressa para voltar a seu lugar, onde renasce./
O vento gira para o sul e dobra para o norte;
passando ao redor de todas as coisas,
ele prossegue e volta aos seus rodeios./
Todos os rios correm para o mar,
e o mar contudo não transborda;
para o lugar de onde saíram
voltam os rios, no seu percurso./
Todas as coisas são difíceis
e não se pode explicá-las com palavras.
A vista não se cansa de ver,
nem o ouvido se farta de ouvir./
O que foi, é isto mesmo que será.
E o que foi feito, é isto mesmo que vai ser feito:/
não há nada de novo debaixo do sol.
Uma coisa da qual se diz: “Eis aqui algo de novo”,
ela já nos precedeu, nos séculos que houve antes de nós./
Não há memória dos tempos antigos.
E, quanto àqueles que vierem depois,
tampouco deles haverá memória junto
aos que vierem por último.
Meu conselheiro é o vento
Com ele ando à conversar
Ainda que nada fale
Está sempre à me alcançar
Sempre me faz refletir
Em minhas lembranças imergir
Este mesmo vento sempre sopra
Trazendo consigo amargura
De tal forma, vai e volta
Sendo para mim, ares de tortura.
Antes de Nós
Antes de nós nos mesmos arvoredos
Passou o vento, quando havia vento,
E as folhas não falavam
De outro modo do que hoje.
Passamos e agitamo-nos debalde.
Não fazemos mais ruído no que existe
Do que as folhas das árvores
Ou os passos do vento.
SE O PESO DAS PALAVRAS QUE VIERAM EM SUA DIREÇÃO QUE TRAVANCO UM DESANIMO CAPAZ DE FAZER SEUS SENTIDOS MORRER, OLHE EM SUA VOLTA E ESCUTE A VOZ DO VENTO. E OUÇA TUDO QUE DE MAIS BELO QUE VOCÊ JÁ OUVIU ...
Quando o corpo envelhece é nessa transição que a alma rejuvenesce para um novo despertar. Não tema a morte, a vida é centelha divina e estará sempre acesa, apenas oscila essa chama com o sopro do vento (ciclo) no tempo... mas saibas tu, que nesse instante é Deus que boceja para que um novo despertar se recrie e abre os braços de amor esperando por ti. Vida e Morte são um eterno despertar todos os dias.
"Minha alma é como um pastor,
Conhece o vento e o sol
E anda pela mão das Estações". (O guardador de rebanhos)
"(...)O vento vem vindo de longe,/a noite se curva de frio;/debaixo da água vai morrendo/meu sonho, dentro de um navio... (...)".
(do poema "canção", do livro 'Obra poética' - Pág 18, - J. Aguilar, 1958.)
Esperar no tempo é o mesmo que tentar tocar o vento... Portanto, não espere, ouça em silêncio o tic tac dos ponteiros do relógio da vida, respire fundo e voe o mais alto que puder e abra as asas de tua sina...