Vento
"Enquanto as árvores se entregam à dança frenética do vento, o silêncio da noite ecoa sussurros de lugares distantes e tempos remotos."
"Sob o manto do silêncio noturno, o vento narra contos de terras longinquas e eras passadas, entrelaçando-os à dança das árvores."
"Frases não são palavras jogadas aleatoriamente ao vento por uma mente ociosa. São uma extração de partículas pivotais, inerentes a um conjunto de pensamentos, subjetivos a um leque de reflexões, mescladas a uma ótica hermenêutica, e intrínsecas a uma exegese cabal."
Quando a morte me alcançar, acredite que estarei sempre com você. Porque serei o vento que lhe beija todas as manhãs quando o sol se levantar; E a noite, a brisa que caminha junto a luz prateada do luar...
No verão o sol brilha intensamente e as plantas crescem.
No outono o vento desfolha as árvores e as paisagens ficam cinza.
No inverno chuvas, frio, gelo e neve fazem as plantas ficarem ociosas.
Mas com a chegada da primavera a vida renasce e as cores voltam a prevalecer.
Assim são as nossas vidas, passamos também por várias estações que fazem a gente crescer, termos paciência, prudência, resignação, renascimento, esperança, paz, tristeza, alegria e felicidade.
Como a natureza, vamos fazer a transformação de tudo aquilo que nós queremos mudar.
Por que a natureza faz a dela com perfeição.
Vai passar, o tempo e o vento vão levar embora este inimigo invisível, e o que ficará é a certeza de todos que estão passando por este caos, é que a solidariedade e a união nos fazem fortes diante de qualquer adversidade, e que a felicidade está nos detalhes da vida, é só ouvir e sentir o vento, o mar, o barulho das cachoeiras, os cantos dos pássaros, os sorrisos das crianças, a gratidão a amizade e o amor por nossas famílias e amigos, que nos leva a ter esperança, fé, saúde e paz.
O importante na vida é buscar a felicidade em coisas simples que fazem a gente sorrir todos os dias...
O que realmente importa na vida é ser feliz.
De quem é esta pele
que cobre a minha mão
como uma luva?
Que vento é este
que sopra sem soprar
encrespando a sensível superfície?
Por fora a alheia casca
dentro a polpa
e a distância entre as duas
que me atropela.
Pensei entrar na velhice
por inteiro
como um barco
ou um cavalo.
Mas me surpreendo
jovem velha e madura
ao mesmo tempo.
E ainda aprendo a viver
enquanto avanço
na rota em cujo fim
a vida
colide com a morte.
Como as coisas boas são poucas, cabem em nossas mãos fechadas, com carinho. O resto faz o vento e as chuvas o serviço de arrastar para longe.
saia lá fora, olhe como o céu está lindo, sinta o vento, ouça os passarinhos cantando, olhe ao seu redor, abrace sua mãe/pai, viva hoje, ame hoje. O tempo não espera, quando se vê já é sexta-feira, já são 18:00, já se foi mais um ano. Viva o hoje!
Na busca do aplauso alheio, a própria essência se desfaz, como pétalas ao vento, perdida na ânsia de reconhecimento.
Panapaná
Essas borboletas têm mania
de carregar o verão nas asas.
Se vestem de vento e claridade,
vão aonde a cor inventa o ar.
Gosto delas porque sabem
se miudarem no céu — só ou em bando —
como se o céu fosse coisa de brincar.
Coleciono-as em álbuns soltos.
Ali, no meio do sol,
são mais tintas que matéria,
mais riso do que bicho:
elas são coisa e não são.
Dizem que vivem pouco
— mas pouco pra quê?
Pousam na eternidade das manhãs,
ficam suspensas no que não dura,
deixando rastros de voo
que só o invisível sabe ver.
E eu as celebro com meu olhar ralo,
que aprende, com elas,
a gastar a vida
no que não sobra.
Pareidolia
Nas nuvens, um coelho,
feito de vento e migalha de céu.
A natureza inventa vida onde há silêncio,
e a mente, danada, faz enxergar.
Eu vejo contornos que nem existem,
ou talvez existam, porque os inventei.
Minha sina é dar nome às coisas que ainda não sei o que são
e bordar sentidos no que vi.
Um galho seco me acenou — ou talvez fosse um braço.
Ao lado, a bananeira, com dentes amarelos, sorriu.
As coisas criam sentidos quando alguém as olha sem pressa.
Dia desses, vi teu rosto numa poça d’água,
um rosto de luz, desses que não têm peso.
A poça ria de mim com suas bordas de lama,
igualzinho tu faria se me visse fantasiar.
E eu, feito criança, ri de volta.
Seria loucura, ou só o mundo brincando de ser?
Tudo acaba virando o que o olhar quer.
" Se o pensamento Sentasse nas asas do vento, ele poderia viajar o mundo inteiro em poucos instantes; e se ele observasse bem as pessoas e as suas ações, ele voltaria para casa como sábio."
"Não abra as janelas esperando que o vento traga amor; porque o proprietário do sentimento foi jogado fora da porta da frente; O amor torna-se um peregrino, ou apenas uma visita; Isso acontece quando a ingratidão faz seu caminho."
Wagne Calixto ✍️📖
"Eu sou como uma velha árvore à espera de que o vento levante minhas palavras como folhas de fôlego e levem-nas para terras distantes, porque eu insisto na crença de que podem fertilizar alguma terra".
Wagne Calixto✍️📖
**Voo de Encontro**
Voa, minha ave, sem hesitar,
Nas asas do vento, por sobre o mar.
Em cada rastro que o céu vai pintando,
Em algum lugar, sei, estarás pousando.
Em ti permaneço, inquebrantável laço,
No voo mais alto, no mais belo espaço.
Mesmo na solidão, sinto-te aqui:
É só olhar o céu que me lembro de ti.
Quando te vi, um sonho despertou,
Na luz do teu olhar, meu mundo se iluminou.
Mas seguiste adiante, voaste sem mim,
Em jardins distantes, onde eu findo e começo, enfim.
Anjo, meu anjo tão amado e preciso,
Entre as flores achaste teu paraíso.
E enquanto dormes em brando repouso,
Espero o dia de ver teus olhos sedosos.
O verdadeiro amor, paciente e fiel,
Espera, persiste, além do véu.
Na promessa de um reencontro, sob a luz da manhã,
Voa, minha ave, até que o amor nos una, amanhã.
Carta de Amor
Amar-te é como abraçar o vento:
sinto-te na pele, mas não te retenho,
és liberdade que escapa aos dedos,
o reflexo distante de um sonho alheio.
Não te culpo por não seres minha,
nem por fazer das minhas mãos vazio.
Se amar é doar sem medida,
então sou oceano, tu és o rio.
As canções que escrevi pra ti,
de rascunho ao papel final,
não esperam ser ouvidas,
mas sabem que amor é ritual.
É raro, como lua cheia no silêncio,
abdicar-me do desejo e da razão.
Entregar-te a solidão com vista pro mar,
ou amar-te sob a luz fria do luar.
Quem ama espera sem pedir,
não para colher, mas para ser raiz.
Amar-te é aceitar o vazio,
e encontrar sentido onde ninguém quis.
Se não podes amar-me igual,
não há dívida, não há cobrança.
Eu sou vento e tu és asa,
a liberdade, em mim, descansa.