Vento
"As estrelas sussurram seus segredos ao vento, que os espalha pela noite, criando uma sinfonia celestial de mistério e encanto".
SINFONIA DO VENTO
Quando passa nas árvores
Parece uma melodia
As folhas gargalhando
No raiar do dia.
Passarinho voa apressado
Com medo do vento levar
Borboleta fecha as asas
Deixa o vento passar.
Coruja olha espantada
Abre o bico devagar
Se o vento já passou
Logo começa a gritar.
Desperta os filhotinhos
No frescor do fim da tarde
Saem para caçar em silêncio
Sem fazer nenhum alarde.
Autoria Irá Rodrigues.
GUARDADOS
Sépia era a
paisagem quando
o vento arrastou
flores e sonhos
Daquele vento
trago na boca
o gosto
na palma das mãos
o perfume
E na alma,
insistentes pássaros
querendo voar.
Helena da Rosa
O vento acaricia o rosto e a travessia se torna mais leve
quando percebemos que somos movidos por sonhos.
Sonhos que nascem em nós, sonhos que concretizamos
sonhos perdidos no horizonte e outros que ainda vivem em nós.
Em meio aos sonhos, vozes distantes (tão presentes!) misturam-se ao vento e nos transportam às tardes de riso, alegria e amor
Crescemos! E não há mais volta: apenas lembranças. Buscamos atalhos para estancarmos feridas expostas pela lâmina do tempo
e, atônitos vimos o tempo, célere, a engolir paisagens e pessoas...
Mas sabemos que nosso destino é caminhar, extrairmos da jornada
tudo de bom que ela possa nos oferecer e tendo a certeza de que, aprendizes, fizemos o nosso melhor.
Então eu saí saí com um só pensamento Navegar por onde o vento me levar
Deslizando nas maiores ondas que a vida apresentar a mim
Sai!
Deixei lá as tristezas desamor e incertezas
Trouxe na mala a amizade os aprendizados e a saudade
Saudade dos momentos felizes de trabalho suor sorrisos fáceis e verdadeiros
Dá comida boa que alimentava o corpo e a alma
Saudade do abraço gostoso da fala alta e do café à vontade
A vontade que dá é de estar lá de novo
Falando minhas bobagens só para ver o sorriso no rosto do povo
Que pena que hoje não é outrora
Vou tentar seguir em frente carregar o que foi bom na mente
E focar em viver o agora.
Só posso agradecer e seguir...
Ela é como o vento ..
Aventureira... solta..livre e leve...
Vai onde quer, sabe o que quer.. ninguém a prende, ninguém comanda ela...
Mulher de atitude, de força, de garra...
Gênio forte, temperamento forte... pulso firme, emoção a flor da pele...
Bonita por natureza, de alma leve, passarinho, borboleta...
Sorriso fácil, doce e meiga...
Ela é o jardim inteiro, céu de estrelas...
O paraíso em pessoa... imensidão, oceano ..intensa da cabeça aos pés...
Nos cantos virtuais
Não sou um espetáculo a ser analisado e controlado, Sou livre como o vento, meu destino é traçado. As redes sociais são apenas um vislumbre do meu ser, Não me resumo a filtros e poses para você ver.
Em plena angústia aos solavancos do destino...
Sigo e pergunto ao vento e à rua onde anda você...
E por detrás de cada esquina
e por detrás de cada vulto...
O vento traz a voz de um a voz de outro, mas não traz a sua...
Ouço gritos ao longe...
Que a madrugada recolheu as vozes...
Senti dentro de mim o tempo a criar silêncio...
Já não sonho...
Meus sonhos tornaram-se poeira no tempo...
Perdi a vaidade...
Amei sua partida...
Mas agora sofro...
Pela sua ausência...
A ver no mundo seco a dura e seca realidade...
Pensei coisas profundas...
Onde deixaste a marca dos teus pés...
Não quero ser quem sou...
Se não for contigo...
Já sou entrado em anos...
E tanto sinto...
No coração não sinto pesar tanto...
De inda puro sonhar...
Te espero...
Me dê uma e outra vez...
O seu olhar...
Te espero...
Sandro Paschoal Nogueira
Além das Ondas
Em horizontes distantes, busco abrigo,
O vento sopra, acariciando o mar,
Entre lembranças e suspiros antigos,
Um vazio que persiste em me acompanhar.
Planos tecidos com fios de ilusão,
Olhares compartilhados na mesma direção,
No silêncio, o eco daquela conexão,
Um sentimento etéreo, uma eterna recordação.
Os passos do tempo, em descompasso,
Deixando marcas de saudade e desalento,
Mas em cada brisa que toca meu rosto,
Encontro força para seguir adiante, no momento.
Cuidar de mim, em meio às lembranças,
Encontrar a paz no abraço do horizonte,
Uma ausência silente que enlaça esperanças,
Enquanto a vida segue seu curso, passo a passo, monte a monte.
Assim, nas entrelinhas desse poema escrito,
A dor de uma perda, palavras não ditas,
Aos olhos sensíveis, o significado é descoberto,
Uma história de amor eterno, onde a presença se agita.
Remorso
Um longo detrimento
Tão lento quanto o vento
Carente de sentimento
Deixando até algum sofrimento
Que não é coisa de momento
Nunca deixou-me isento
De todo o arrependimento
Que fez de mim detento
De meu próprio lamento.
Cada palavra sua é melodia suave,
Que embala meu coração com afeto,
Como um verso que o vento traz e leva,
Neste poema que é só nosso, repleto.
No balanço das ondas que vão e vêm,
Encontro a paz do amor que floresce,
Nos gestos ternos, no carinho que vem,
Nossos corações, unidos, se fortalecem.
"Como folhas levadas pelo vento, as palavras que proferi ontem se dissiparam no vasto universo, perdendo sua relevância. O que antes parecia certo, agora se transforma em aprendizado, lembrando-me da impermanência da vida e da constante evolução do meu ser."
Assim como o vento leva as palavras para longe, as ideias que um dia foram tão convictas podem se dissipar no universo do nosso entendimento. É na constante busca por crescimento e sabedoria que nos permitimos evoluir, reavaliando e dando espaço para novas percepções que moldam nossa jornada rumo à compreensão mais profunda da vida.
Revoluções são como as portas podres que caem ao vento bravio, quando eclodem a vontade do povo já de muito suprimida, submerge abruptamente e de forma rápida demolindo o autoritarismo
Ontem eu te vi, e o vento sussurrou segredos sobre o que poderia ter sido, enquanto as sombras do passado ganhavam vida mais uma vez.
“A verdade é que somos apenas poeira esperando o dia que o vento nos soprará, a história nos esconderá, o anonimato nos fará mais um, porém, de toda renúncia viver a tua paz é o unico motivo que nos faz resistir.”